Hong Kong decidiu impor medidas mais rígidas contra a covid-19 pela primeira vez em mais de um ano, anunciou nesta quarta-feira a chefe do governo local, Carrie Lam. As restrições são uma resposta ao crescente número de casos da variante ômicron.
Nikkey Asia – Hong Kong
O governo local determinou que restaurantes deixem de receber clientes a partir de 18h e cancelará eventos de grande escala. Bares, parques temáticos, academias e outros 12 tipos de estabelecimentos serão fechados por duas semanas a partir de sexta-feira.
“Hong Kong está enfrentando uma situação que se deteriora rapidamente. Isso pode afetar a segurança do público e também desperdiçar nossos esforços contra a epidemia. É por isso que estamos fazendo isso”, disse Lam a jornalistas após uma reunião de emergência com consultores do governo.
Voos vindos da Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Filipinas, Índia, Paquistão e Reino Unido serão proibidos de chegar ao país a partir de sábado
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O governo também cancelou o Cyclothon, um grande evento de ciclismo, e fechou a Disneylândia de Hong Kong e outros parques temáticos. Boates, spas e karaokês também deixarão de funcionar pelas próximas duas semanas.
As medidas mais duras ocorrem em um momento em que a cidade enfrenta um “surto terrível”, segundo Lam. O primeiro caso de transmissão local da ômicron foi confirmado ontem pelas autoridades de saúde. Trata-se de um homem não vacinado, que não viajou para fora da ilha, e desenvolveu sintomas da doença.
Hong Kong manteve uma estratégia de “covid zero”, como a adotada pela China, e ficou quase três meses sem registrar um caso de transmissão local do coronavírus com medidas severas de quarentena.
Autoridades de saúde também pediram ao governo que exija o certificado de vacinação. Com isso, moradores não vacinados não terão permissão para entrar em restaurantes e outros estabelecimentos a partir do final de fevereiro. Até agora, quase 70% da população de Hong Kong já tomou as duas doses da vacina.