Hotel Boutique Quebra-Noz integrado às araucárias de Campos do Jordão

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As duas noites no Hotel Boutique QuebraNoz em Campos do Jordão foram insuficientes para conhecer todos os detalhes, a história e as pessoas que estão juntando hospedagem, natureza e amorosidade em um só lugar. 
por Paulo Atzingen*

O hotel fica a poucos metros da Praça do Capivari, coração de Campos do Jordão e está mergulhado em meio a araucárias centenárias e muito verde. Essa experiência foi ampliada e traduzida na entrevista exclusiva que fiz com Sidney Isidro, sócio-diretor do Quebra-Noz, confira:

Sustentabilidade em três dimensões

Inaugurado em 2019, o hotel já trouxe em seu projeto inicial a preocupação com tecnologias mais eficientes do ponto de vista de geração de energia. Segundo Isidro, ele investe em geração energética por meio de reaproveitamento de água de chuva para atingir em breve uma auto-suficiência.

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“A sustentabilidade foi um partido muito importante para a gente desde o começo. Eu digo que a gente tem sustentabilidade em três dimensões: Sustentabilidade ambiental, porque nós respeitamos desde as curvas do terreno, implantamos o hotel inteiro sem retirar uma árvore, muito embora tenhamos licença, pelo contrário, colocamos mais árvores do que já existia”, explica.

Harmonia entre estrutura e natureza (Crédito: divulgação)

Extrapolar muros

No quesito sustentabilidade social, Sidney adianta que o hotel acolhe a Orquestra Filarmônica de Campos do Jordão, os músicos locais e uma série de iniciativas do poder público com viés cultural e turístico. “Acho que somos a única galeria de Campos do Jordão a incentivar as Mostras de Arte. Ano passado, abrigamos aqui uma mostra muito famosa de Campos de Jordão que é a “Crio, Exponho, Existo”. Para Isidro, como executivo, não basta criar empregos formais (o hotel tem 60 funcionários diretos), é preciso extrapolar os muros do empreendimento.

Quebra-Noz Hotel
Sidney Isidro, sócio-diretor do Quebra-Noz (Crédito: Juneo Videira – DT)

Vacância

O terceiro viés sustentável, explica Isidro, é o econômico. “Uma empresa tem que parar de pé, do ponto de vista econômico. Trazer eventos corporativos, por exemplo, é uma das questões para corrigir a curva de vacância, sazonalidade”, explica. O executivo defende a tese de que as oscilações nas taxas de ocupação não afetam apenas o negócio hoteleiro, mas toda a cidade e por tabela, a população. “A maior prejudicada é a população porque ela sofre com a taxa de ocupação.  A camareira ganha 10 vezes menos na temporada do que ganha no resto do ano. Como corrigir uma curva dessa de ocupação?”, questiona. Segundo ele, trazer eventos corporativos para Campos do Jordão em períodos tradicionalmente de baixa temporada seria uma saída para equalizar o problema. “O turismo corporativo e de eventos é uma das estratégias pra gente corrigir a vacância”, explica.

Loft presidencial (Crédito: divulgação)

Interação com a natureza

Piscinas em pedras naturais, roseira cinquentenária, pinhas e pinhões, frutos da araucária espalhados pelos gramados bem cuidados, oferecem um salto profundo à essência das pessoas que buscam a re-conexão com a natureza. A nova tendência do mundo empresarial também acordou para isso e segue esse caminho:

“A gente percebe que as empresas têm essa demanda, tem essa deficiência de um espaço,  um espaço com mais experiência que seja muito mais produtivo, que incentive a troca, a inspiração. A gente sabe que esses grupos executivos procuram mais isso. Eu sei por experiência própria, já que tive minha carreira toda como executivo e quando a gente fazia uma reunião estratégica com a natureza a produtividade era muito melhor”, revela Isidro.

Quebra-Noz Hotel
Todo o hotel absorve eventos, sejam corporativos ou de lazer (Crédito: divulgação)

Área para Eventos

A área para eventos é o hotel inteiro, brinca Sidney em resposta a uma pergunta óbvia. “Mas temos sim, dois auditórios, um para 200 pessoas e outro para 100, além de várias salas de reuniões e espaços para encontros, festas, eventos etc.”, enumera. Os jardins do Hotel Quebra-Noz Boutique também são citados na relação: “A gente pode fazer reuniões numa mesa redonda, no meio das araucárias e aproveitar para abraçar a árvore”, adianta.

Por que Quebra-Noz?

Isidro finaliza com o começo. Quando adquiriu o terreno com o imóvel remanescente o nome Quebra-Noz aparecia em um azulejo acompanhado do desenho de dois pequenos esquilos. “Esse azulejinho é da época e a gente quis preservar, já que tinha dois esquilinhos em cima todo destruído já. O nome tava dado. Eu falei: Bom, a propriedade já tem esse nome, nós não vamos mudar. Ela já está aqui há mais de cinquenta anos”, rememora.

Isidro foi atrás de um artesão em Campos do Jordão e encomendou a ele um molde de gesso que foi fundido em bronze e está na entrada do restaurante do hotel. É o mesmo artesão que fez a peça de madeira há cinquenta anos.

Quebra-Noz
Razão do nome e do símbolo Quebra-Noz (Crédito das fotos: Simone Barros e Juneo Videira)

“Tinha uns esquilinhos em madeira toda deformada em cima do muro; eu encontrei o artesão, ele fez de novo esses esquilinhos; aquele antigo eu levei pra São Paulo. Fizemos um molde de gesso e fundimos ele em bronze. Ele está lá na entrada do restaurante. Esse, o seu José, o artesão, ele fez com 18 anos e aquele ele fez com 88. É outra beleza. Por isso que nosso símbolo é o esquilo, por isso que nosso nome é Quebra-Noz”, desvenda.

Passado, presente e futuro, conforto, bom gosto e natureza em um endereço só.

Confira o álbum:

SERVIÇO:

QUEBRA-NOZ HOTEL BOUTIQUE

Rua Arnola, 100 Capivari – Campos do Jordão – SP

CEP: 12460-000 – telefone – (12) 3663-4889

COMO CHEGAR?


*Paulo Atzingen e Juneo Videira viajaram a Campos do Jordão a convite da Associação Cozinha da Mantiqueira

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