por Reginaldo Marinho*
Ao alvorecer, a minha casa é invadida pelo canto das graúnas, representadas pelo Assum Preto, do hino do Nordeste, imortalizado pela voz de Luiz Gonzaga. Elas voam entre a cumeeira da maçonaria e a frondosa mangueira do jardim de Heraldo Barbosa – num raio inferior a 30 metros de minha janela. Envolvido por essa sinfonia e as emoções ativadas pela música tão maravilhosa, resolvi lhe convidar para entrar no clima de Lençóis, da Chapada Diamantina
Heraldo é o guru do turismo de Lençóis, ex-secretário municipal de Turismo por 14 anos e líder do grupo que promoveu o tombamento da cidade pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan, há 47 anos.
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Hotel Canto das Águas
Inauguro essa coluna inspirado no próprio título. Ao apresentar os Cantos da Bahia, vou começar pelos cantos de cá. O Hotel Canto das Águas, um quatro estrelas na antiga denominação da Embratur, harmoniza itens de bom gosto, que atende às exigências de um público sofisticado e com a sensibilidade de quem é apaixonado pela natureza e pelas aventuras que a Chapada Diamantina oferece. A composição conceitual aplicada ao hotel: sustentabilidade, arquitetura, ambientação, culinária e a qualidade dos serviços formataram o passaporte para integrar o elenco dos hotéis constituídos pela Associação de Hotéis Roteiros de Charme.
Situado no centro da cidade à margem esquerda do Rio Lençóis, cujo leito rochoso em declive acentua a melodia que a água executa em contato com as rochas. É um som que acalma e te envolve num ambiente de profundo contato com a natureza, pelo canto das águas, no próprio hotel.
O Canto das Águas tem 43 apartamentos, entre os quais três são suítes Diamante; são todas diferentes e a maior delas, com 90 m², tem piscina privativa aquecida, com hidromassagem e outros mimos para satisfazer aos mais exigentes turistas e a quem se disponha a pagar R$ 2.500,00 a diária.
Hotel-Galeria
O equipamento tem a configuração de hotel-galeria definida pela presença marcante de obras de arte. Elas estão distribuídas por todos os cantos do hotel, inclusive nos apartamentos e suítes. Remi Ruzicka, artista suíço que escolheu Lençóis para viver e difundir a sua arte na produção de gradis de ferro, mesas, cadeiras e outros objetos de uso doméstico ou comercial. Tudo de muito bom gosto. Tem cerâmicas de JC, de Silvia Lopes e Cecília Menezes; azulejos de Alcino Caetano; pinturas e aquarelas de Luiz Raimundo Coelho e mosaicos de Eliezer Nobre.
O pessoal que movimenta o mercado de arte de Salvador sugere que as obras do hotel devam sair para exposições, mas o proprietário ainda pensa em abrir o hotel a visitação eventual para o público residente desfrutar desse patrimônio artístico. Mais um sonho do Catan.
Catan, proprietário e realizador desse sonho, que também é musicista – ele é um violonista rigoroso – recorda com saudade que os seus primeiros hóspedes foram Carlinhos Brown e Tony Mola, in memoriam, que vieram passar a Semana santa de 1987.
Ele lembra com orgulho que após viajar por dois anos, pela França, às vezes colhendo uvas para fortalecer o orçamento, chegou a Lençóis, em 1985, trazendo ainda mil dólares para comprar um sitiozinho, num lugar que lhe agradasse, resolveu adquirir o terreno do hotel com esse dinheiro. É um exemplo de sucesso que devemos aplaudir.
ENTRE EM CONTATO:
*Hotel Canto das Águas*
Av. Sr. dos Passos, 1 – Centro, Lençóis – BA, 46960-000, Brasil
+ 55 (75) 3334-1154 | reservacanto@lencois.com.br
https://www.lencois.com.br/
*Reginaldo Marinho é jornalista e colaborador do DIÁRIO no Estado da Bahia
LENÇÓIS
Na charmosa Capital da Chapada,
a riqueza não é mais o diamante,
mas é a sua fascinante natureza
com a sua paisagem exuberante.
A Chapada Diamantina é linda,
não tem palavra para descrever.
Sua arquitetura é a obra de arte
que a natureza não pôde fazer.
Os morros fazem esculturas,
o som vem das cachoeiras,
o tesouro fica nas cavernas
com verdes vales de palmeiras.
Autor: Sebastião Santos Silva da Bahia
LENÇÓIS
Na charmosa Capital da Chapada,
a riqueza não é mais o diamante,
mas é a sua fascinante natureza
com a sua paisagem exuberante.
A Chapada Diamantina é linda,
não tem palavra para descrever.
Sua arquitetura é a obra de arte
que a natureza não pôde fazer.
Os morros fazem esculturas,
o som vem das cachoeiras,
o tesouro fica nas cavernas
com verdes vales de palmeiras.
Nessa terra de aventura,
o divertido é caminhar.
Mas pode navegar no Marimbus
ou ir ao Paraguaçu para banhar.
Autor: Sebastião Santos Silva da Bahia