RETRÔ 2018 – Publicado dia 22 de outubro
O diretor de Núcleo da Fagga | GL events Exhibitions, Marcelo Marino, atendeu a reportagem do DIÁRIO DO TURISMO durante a Adventure Sports Fair, que aconteceu de 19 a 21 de outubro na São Paulo Expo, na zona sul da capital paulista.
REDAÇÃO DO DIÁRIO (Imagens em 360º: Eric Afonso)
Embora mais enxuta em relação aos anos anteriores, a feira guarda a essência dos encontros, do olho no olho, da experiência e, segundo Marcelo, as empresas não deixaram de participar dos eventos, apenas participam de forma mais otimizada. “Os eventos e feiras não estão perdendo sua força, muito pelo contrário, haja visto que a média de público, visitantes dos eventos em geral, vêm crescendo de 2016 para cá”, disse Marino na entrevista concedida ao editor do DT, jornalista Paulo Atzingen. Acompanhe abaixo a entrevista completa:
DIÁRIO – Como você tem analisado essa queda no número de eventos e feiras especialmente em São Paulo?
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MARCELO MARINO – Os eventos não vêm perdendo o seu valor, muito pelo contrário. Eu acredito que passamos por um processo, as empresas não deixaram de estar presentes nos eventos. Elas mantêm a sua presença, porém de uma forma mais otimizada. Atingimos um ápice no mercado de eventos, em meados de 2012 e 2013, e acredito que aos poucos vamos retomar. As empresas encontraram uma metragem quadrada condizente com a realidade dos eventos e sua própria realidade. Os eventos e feiras não estão perdendo sua força, muito pelo contrário, haja visto que a média de público, visitante dos eventos em geral, vêm crescendo de 2016 para cá. Então é algo que vale sempre uma análise. Acredito que esse seja o ponto.
Mergulhe na Adventure Sports Fair com imagens 360º:
DIÁRIO – O processo de digitalização não tem afetado as feiras?
MARCELO MARINO – A gente ainda passa por uma era da digitalização, acho que ainda vêm muitas consequências… positivas e negativas… No entanto, feira de negócios, eventos de uma forma em geral, eles acabam tendo mais valor nesse sentido. Por quê? Porque, cada vez mais, estamos nos distanciando do mundo real. O evento acaba tendo mais valor, porque é aquele momento único, que você tem o olho no olho, de adquirir experiências… O propósito de uma feira é que o público saia melhor do que quando entrou. Então, eu acredito que o valor se torna ainda maior diante de toda essa transformação, essa mutação que a gente vem tendo da galera digital.
DIÁRIO – Falando especificadamente da Adventure Sports Fair. Você acredita que a feira venha se fortalecer, considerando o potencial que o Brasil tem em turismo de aventura e esportes radicais?
MARCELO MARINO – Eu vou apresentar um número que é de suma importância. Dentro do turismo no Brasil, o turismo de aventura é o que mais cresce*. Se olharmos o quanto que ele representa para o turismo geral, ainda é um percentual baixo. Porém, ele é o que mais cresce. Por quê? Porque, como eu disse, o processo da digitalização tem ajudado. O contato com a natureza acaba tendo mais valor. E o Brasil, ele ainda não explora, na minha opinião, todos os seus aspectos naturais da maneira como deveria. Mas o Adventure é justamente uma plataforma para que isso aconteça.
DIÁRIO – Por quê?
MARCELO MARINO – Porque a gente consegue misturar em um ambiente como esse, a experiência, as atrações : tanque de mergulho, tanque de remada, arvorismo, rappel. A gente proporciona para o público uma experiência…. Eventualmente isso desperta o interesse… buscar destinos que tenham algo relacionado àquela experiência. Então, eu acho que diante disso… o que uma feira como a Adventure Sports Fair tem como proposta é exatamente isso. Trazer esse lado da experiência, fazendo o público participar do tanque de mergulho, conhecer um destino de forma mais profunda, ter acesso a equipamentos, acessórios… É bem isso. O grande diferencial do Adventure é justamente a experiência que a gente consegue trazer através das atrações.
* Dados do Travel Leaders Group e da Adventure Travel Trade Association (ATTA) apontam que o mercado global de turismo de aventura representa atualmente US$ 683 bilhões em negócios. Considerando que em 2013 o valor estimado foi de US$ 375 bilhões, nota-se que é um setor em potencial crescimento.