Em 2018, 510 mil brasileiros embarcaram em navios de cruzeiros dentro e fora do país, número quase 15% maior do que em 2017. É o que mostra um estudo anual da Cruise Lines International Association (CLIA), que traça o perfil de cruzeiristas em todo o mundo, com métricas diferentes das utilizadas pela CLIA Brasil, que traz dados por temporada (novembro a abril).
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
Está claro que muitos brasileiros gostam de viver experiências sobre as águas e de aproveitar o que um cruzeiro oferece de melhor: aliar custo, benefício, segurança e muito entretenimento em um mesmo produto. Mas para onde esse meio milhão de pessoas navegou no ano passado? Em primeiro lugar aparece a própria costa brasileira, que também mensura roteiros pela América do Sul, com 315 mil viajantes, 13% a mais que no período anterior.
Mas quando falamos de destinos internacionais, o Caribe é o preferido dos brasileiros, com 111 mil cruzeiristas, o que representa um crescimento de 7%. Muitos fatores contribuem para isso, entre eles a diversidade de destinos da costa caribenha. De Barbados à Jamaica, de St. Lucia às Bahamas, de Guadalupe à Trinidad e Tobago, são oferecidos roteiros que permitem que as pessoas cheguem a muitos lugares paradisíacos que estão próximos, mas que viajando isoladamente custariam muito mais ou teriam que ser conhecidos em viagens diferentes.
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Em seguida, a Europa mostra que é querida pelos brasileiros, não apenas pelos ares, mas também pelos mares, recebendo quase 49 mil cruzeiristas do Brasil, distribuídos entre roteiros pelo Mediterrâneo Central e Ocidental (21 mil pessoas), Leste do Mediterrâneo, (17 mil cruzeiristas), países Bálticos, (5 mil brasileiros) e Norte da Europa (6 mil pessoas).
Cruzeiros de Travessia
Vale destacar os cruzeiros de Travessia, que foram escolhidos por mais de 22 mil pessoas. Eles acontecem a cada início ou término de temporada, quando os navios saem do destino atual e seguem rotas que atravessam oceanos, como as dos antigos transatlânticos, para chegar no local onde começará um novo período de navegação. Essa viagem, que é mais longa, pode ser muito vantajosa para os turistas que querem conhecer diversos lugares com excelente custo-benefício, além de ser possível fazer apenas alguns trechos desses roteiros, com possibilidades de embarque em diferentes cantos do mundo.
O estudo ainda traz África e Oriente Médio, que, juntos, receberam 4,5 mil brasileiros pelo mar, além do Alasca, que foi procurado por quase 3 mil cruzeiristas do Brasil. Esses números, que apresentam uma crescente nos dois últimos anos, vão ao encontro de um recente estudo, também da CLIA (Cruise Line International Association), que traz a procura por destinos exóticos e menos acessíveis como uma tendência para este ano.
Para finalizar, foi traçado um breve perfil desses viajantes, que mostra que a idade média entre os cruzeiristas brasileiros é de 44 anos, e que essas pessoas optaram por viagens com duração de 7 dias, na maior parte das vezes.