Pouco mais de um mês após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, microempreendedores começam a sentir ainda mais os efeitos da pandemia. Para evitar aglomerações e a possibilidade de o vírus se espalhar mais rapidamente, governadores e prefeitos restringiram a circulação de pessoas e o funcionamento do comércio em shoppings, lojas de rua e salões de beleza, por exemplo.
Agência do Rádio com EDIÇÃO DO DIÁRIO
Depois de o Governo Federal anunciar um financiamento para socorrer pequenas e médias empresas (saiba mais, abaixo) a expectativa agora é de que novas medidas ocorram para ajudar os microempreendedores individuais (Mei), e as microempresas, como a de Francielson.
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De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), são 9,7 milhões de Meis e 7,5 milhões de microempresas, o que totaliza cerca de 17,2 milhões de micronegócios, em todo o país.
Enquanto o governo não anuncia algum programa para esse setor, Alexandre Arci, economista, diz que o momento é de reflexão. Ele aconselha trabalhadores, famílias e empresários a reverem o orçamento e se prepararem para momentos de crise, como este causado pela pandemia do coronavírus.
“O cidadão brasileiro e mundial tem que se preocupar com educação financeira, em sempre ter uma reserva de emergência, se preocupar em não ter dentro do orçamento desperdício. Tem que tem um fundo de emergência para que atravesse momentos como esse, caso ocorram, como menos trauma, menos risco e menos dor”.
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Os decretos que proíbem aglomerações e o funcionamento de diversos estabelecimentos não afetam, apenas, os comerciantes que tiveram de fechar as portas. A pandemia do novo coronavírus prejudica, também, os chamados serviços essenciais, como aqueles do ramo de alimentação.
Para tentar diminuir o impacto na economia brasileira, o Banco Central anunciou, na última sexta-feira (27), uma linha de crédito emergencial de R$ 40 bilhões para que pequenas e médias empresas consigam quitar as folhas de pagamento pelos próximos dois meses.
O programa se destina exclusivamente para pagar o salário dos funcionários das empresas que faturam entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões de reais e tem, como contrapartida, a exigência de que o empresário que fizer o empréstimo não demita o funcionário no período de dois meses. O programa é limitado a dois salários mínimos mensais por funcionário, hoje equivalente a R$ 2.090.
A expectativa do governo federal é de que a medida beneficie 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores.