Nome de destaque na luta pelo Turismo no Brasil, Alexandre Sampaio recebeu a reportagem do Diário do Turismo durante o 30º Festuris Gramado
Por Hugo Massahiro Okada, repórter freelancer do Diário do Turismo
Alexandre Sampaio é um dos nomes de maior destaque no Turismo brasileiro. Não a toa, sempre ocupa um lugar de honra na abertura de importantes eventos do setor como a Abav-Expo e o Festuris Gramado, realizado no último final de semana no Serra Park, em Gramado (RS). O Diário do Turismo preparou algumas perguntas para o executivo, que demonstra boas expectativas para o segmento com a chegada do novo presidente. Confira.
Diário do Turismo – Para começar, gostaríamos que compartilhasse suas expectativas para o mercado do Turismo na região Sul do Brasil.
Alexandre Sampaio – Na verdade nós temos boas expectativas face aos governadores eleitos recentemente. Santa Catarina tem um governador eleito pelo mesmo partido do novo presidente; o Rio Grande do Sul tem um governador reeleito com uma gestão bem avaliada no que tange ao Turismo, com destaque para a cidade de Pelotas; e eventualmente o Paraná tem um DNA muito interessante porque o vice-governador é oriundo da Fecomércio Paraná, sendo um homem voltado para o Turismo. Dessa forma, acho que os três Estados estão muito bem representados, além da gestão de um presidente que entende que o Turismo deve ter importância preponderante nos próximos quatro anos e já manifestou isso a partir do documento que nós (CNC e entidades patronais) entregamos, então acho que o Turismo terá papel relevante não apenas na região Sul como em todo o Brasil.
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DT – Como o senhor avalia a performance do Turismo na região Sul?
Sampaio – Na verdade existe uma variação muito grande do que você pode definir como performance. Empregabilidade, gestão de desenvolvimento, entre outros tópicos. O Sul têm ilhas de excelência como Gramado que é um case de sucesso sul-americano e de referência mundial, com o Turismo resolvido com profissionalismo, dedicação da comunidade empresarial junto com a população e política com consciência da significância do que o setor pode fazer pela região. Também existem outros elementos como a proximidade com os argentinos, um mercado emissor para as praias catarinenses na temporada de verão, o turismo histórico e o de negócios com o fomento do setor agrícola do Rio Grande do Sul. Eu diria que o Rio Grande do Sul sofreu com a crise mas obteve resultados expressivos nesses últimos quatro anos.
Novo governo: como fica o Turismo?
DT – O senhor acredita que neste novo governo a pasta do Turismo deve se fortalecer, perdendo a pecha de ser constantemente “posta de lado” pelos governos anteriores?
Sampaio – A manifestação sob a forma de uma carta nossa para o presidente na qual grande parte do trade se mostrou favorável pelo mantenimento do ministro, foi necessária pelo fato de que “quem não grita não é notado”. Isso pode ser evidenciado pela bancada do agronegócio. A manifestação uníssona e firme de que o movimento do Turismo é um movimento que deve ser notado pelos governantes, apesar do entendimento da importância do setor por parte do presidente eleito manifestado diversas vezes, visa a concentração daquela parte que foi inicialmente anunciada como integração nacional cidades e turistas. Ou seja, fizemos ali um manifesto de que o turismo quer ser preponderante num secretaria ali dentro se esse for o desenho final. Reconheço que o ministro Lummertz está fazendo um belo trabalho e que ele é altamente capacitado para assumir este cargo, mas não temos esperança de que o Turismo possa ser singular na Esplanada dos Ministérios. Acredito na união com algumas especificações, como a Cultura e Esportes, que poderiam ser muito boas. Resumindo, achamos que o Turismo pode ter um papel preponderante para desempenhar no próximo governo, vamos esperar pelo melhor desenho que concilie a redução do custo operacional do Governo com a expressão cabal administrativa do Turismo.
O Diário do Turismo viajou a Gramado a convite da organização do Festuris Gramado.