Novas concessões de aeroportos só sairão após reestruturação da Infraero

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A Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República retomará este ano a política de concessões que transferiu a operação de seis grandes aeroportos brasileiros à iniciativa privada. Mas só o fará após a reestruturação da Infraero. O ministro Eliseu Padilha afirma que conceder outros aeroportos administrados pela empresa a operadores privados, neste momento, inviabilizaria a gestão dos terminais que se mantivessem sob sua gestão.

Segundo a SAC, o ministro pretende reestruturar a Infraero este ano. As concessões podem ser retomadas durante ou em seguida à reestruturação. Nove aeroportos devem ser concedidos, mas o ministro só adianta os de Porto Alegre (Salgado Filho), Florianópolis (Hercílio Luz) e Salvador (Luiz Eduardo Magalhães).

“Precisamos fazer a reengenharia da empresa. Já discutimos com o Ministério do Planejamento e vamos submeter nossa proposta à decisão da presidenta”, afirma o ministro, informando que devem ser criadas três subsidiárias: Infraero Serviços, Infraero Participações e Navegação Aérea. O ministro também apresentou na última terça-feira (17) à diretoria da Infraero o plano de reestruturação da empresa.

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A empresa perdeu 54% de sua receita após as concessões de seis aeroportos – Guarulhos, Viracopos, Brasília, Galeão, Confins e São Gonçalo do Amarante. Juntos, os seis movimentaram 97 milhões de passageiros em 2014. Assim, a Infraero passou a administrar os 60 terminais sob sua responsabilidade com os 46% de receita que lhe restaram. Juntos, esses 60 aeroportos movimentaram 112 milhões de passageiros no ano passado, 15 milhões a mais do que os seis concedidos.

Padilha espera que, uma vez reestruturada, a empresa se reequilibre ainda este ano e, no máximo em dois anos, volte a ser lucrativa e readquira a capacidade de investimento de 2012, quando fechou o ano com R$ 4 bilhões de arrecadação. Desde então, precisa de socorro financeiro do governo federal para investimentos, embora custeie a si própria. O ministro acredita que a empresa conseguirá reaver a capacidade de investimento anterior às concessões. (Secretaria de Aviação Civil)

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