sexta-feira, abril 18, 2025
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Carina Bendeck, da Preferred: ‘Não padronizamos, deixamos o hotel ser ele mesmo’

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No mercado hoteleiro desde o ano 2000, a portenha Carina Bendeck iniciou suas atividades de consultora prestando serviços na implantação do primeiro hotel internacional em Punta del Este, de bandeira Clarion, da Choice Hotels. Dois anos depois, já em seu país, Argentina, iniciou sua consultoria de incorporações comerciais e hoteleiras, comprando e vendendo hotéis para vários clientes. Em 2010 foi gerente de operações do novo projeto do Sheraton Four Points em Colônia, no Uruguai. Carina trabalhou para Philippe Starck (um dos mais famosos e criativos designers da atualidade) e há oito meses está no grupo Preferred no cargo de diretora regional para o Brasil e Argentina. O DIÁRIO a entrevistou, acompanhe:

DIÁRIO – Qual o modelo de negócio da Preferred?
CARINA BENDECK –
A Preferred é uma rede hoteleira, mas com um conceito bem diferente das redes típicas. Somos definidos como soft branding, ou “marca leve” , isso quer dizer que nós nos associamos a hotéis independentes e empreendimentos regionais pequenos e os auxiliamos a entrar no mercado internacional, ajudando-os a um novo posicionamento no mercado, em toda a distribuição de vendas internacionais através de feiras, articulação com operadoras, agências etc.  Somos especialistas no mercado corporativo e junto ao consumidor final de luxo.  Um hoteleiro independente não conseguiria fazer tudo isso por conta própria, principalmente essa parte de posicionar a rede hoteleira no mercado internacional, porque o custo é absurdo.  Nesse sentido, o hoteleiro consegue duas coisas; manter sua identidade, sua independência administrativa, por um baixo custo de investimento. Além disso, não temos as mesmas exigências contratuais, estéticas e operacionais que tem uma rede tradicional. Esse é o nosso diferencial, nos adaptamos a cada cliente, não é uma coisa padronizada, deixamos o hotel e o hoteleiro serem ele mesmo.

DIÁRIO – Mas então, quais são os critérios para se integrar ao seleto mundo de hotéis da Preferred?
CARINA
– Nós temos várias marcas, então os critérios variam em relação às marcas. Primeiro e principal; qualidade de serviço para os clientes. Somos conhecidos no mundo inteiro por isso, por dar serviço de qualidade. Segundo, os aspectos físicos, que variam segundo a marca, mas tem que ser hotéis bem construídos, bem feitos, bem decorados, bem localizados, tem que ter camas confortáveis, a gente tem todo um programa de qualidade. Não levamos em conta o conceito “estrelas”. Temos um conceito diferente das estrelas, a gente divide os hotéis pelo style e conceito, ou seja, um hotel de cidade para o executivo médio, que está bem localizado, bem lindo, mas sem ser luxuoso, então a gente chama de um conceito inteligente de negócio. Talvez um hotel boutique no meio da Amazônia, de 20 quartos, um Preferred boutique, a gente se diferencia em termos de conceito, mas sempre primando e valorizando a qualidade e serviço. A rede se divide nos seguintes conceitos: Preferred Hotels & Resorts, o Preferred Boutique, o Summit Hotels & Resorts, o Sterling Hotels, o Steling Design e o Summit Serviced Residences

DIÁRIO – A Preferred tem uma central de reserva, ou são os próprios hotéis que fazem isso? 
CARINA
– Tem sim. A gente trabalha junto com o hotel no sistema de reservas, então o hotel pode ter seu sistema, sua forma de atender as reservas, pelo telefone, pelo site deles, e a gente também tem na nossa. Uma grande vantagem que temos é o nosso relacionamento com as agências, então o nível de reservas que a gente recebe mediante a American Express, a Calson, por exemplo, em tudo isso vai o nosso nome, porque (acreditamos) somos parceiros preferidos dessas empresas. Antes desses agentes e operadores ligarem pro hotel, eles ligam para gente. Mas fazemos toda uma gestão integral das reservas, tanto por central de reservas por voz, quanto por internet, por sistema GDS (Sistema de Distribuição Global) 

Casa Grande Hotel Resort & Spa (Guarujá), Royal Palm Plaza (Campinas), Miramar Hotel Windsor (Rio de Janeiro e Tivoli 
Ecoresort Praia do Forte (Bahia) são alguns dos hotéis da Preferred na América do Sul 

DIÁRIO – Qual o diferencial do hóspede Preferred argentino e brasileiro?
CARINA
– São duas nacionalidades bem diferentes, porém o hóspede Preferred já tem um nível de sofisticação que vai apagando as diferenças que teria como hóspede normal. Um hóspede, digamos, padrão argentino e um padrão brasileiro são bem diferentes;  o argentino, por exemplo, reclama de tudo, se ele achou algo que não gostou, não tem problema em se queixar, ligar e xingar, tudo dentro do seu direito de hóspede. O brasileiro não, ele é do tipo que aceita muito mais tranquilamente, é agradecido, contemporiza. O argentino é bem mais americano no sentido de não tolerar atraso, quer que tudo funcione bem (apesar de que no país, atualmente, nada esteja funcionando bem), mas ele insiste nisso. 

No que se refere à preferências de quarto, nossa rede na Preferred, o Brasil, se não estou errada, é o terceiro pais em termos de reservas de suítes de luxo em toda a Preferred. A gente tem um Vip desk, que é pra atender só o cliente que quer esse tipo de quartos. Percebemos que o brasileiro gasta bastante, ele tem um tendência de olhar, dar mais importância para a média da diária, ele procura algo alto, e não se importa em pagar, já o argentino é bem mais econômico. 

Outra coisa interessante é que o brasileiro agora está sendo um pouco mais sofisticado que antes, em termos de escolha, do tipo de hotel, eles agora querem uma experiência mais personalizada, algo mais sofisticado, não é mais porque “Sheraton é bom”, eles querem algo ainda mais chique. E o argentino já vem fazendo isso faz tempo, só que ele não tem dinheiro como tem o brasileiro. 

Outra coisa interessante do brasileiro é que sua estadia média é mais longa, eles ficam mais tempo no hotel e gastam mais. Em termos de comida, o argentino, por exemplo, não exigem um café da manhã suculento, um café e um croissant já é o suficiente para ele. Já o brasileiro quer um banquete. Como rede, sabemos dessas diferenças culturais. No geral, o hóspede Preferred, no mundo inteiro, é um hóspede sofisticado que espera e exige qualidade no serviço.

Serviço: https://preferredhotelgroup.com/preferred

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A Editoria ENTREVISTA NO TERRAÇO acontece quinzenalmente no restaurante Terraço Itália

Serra Gaúcha realiza 4º Congresso Latino Americano de Enoturismo

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Em outubro deste ano, acontece a 4ª edição do Congresso Latino Americano de Enoturismo com o tema “O composto da oferta Enoturística”. O evento envolverá cinco municípios; Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha e Garibaldi, e tem o objetivo de discutir os fatores e segmentos que influem na competitividade e sustentabilidade da oferta enoturística.

A novidade desta edição são as visitas técnicas guiadas a roteiros enoturísticos, a serem realizadas nos três dias de evento. A ideia é gerar debates e proporcionar novas experiências aos participantes, que terão contato com a vivência da cultura do vinho na Serra Gaúcha.

O quadro de palestras contará com painéis que abrangem toda a cadeia do enoturismo, desde a produção do vinho até sua promoção. Dentro dessa proposta, os painéis contarão com palestrantes da Europa e América Latina, com o objetivo de debater as práticas do setor no velho e novo mundo.

O Congresso tem início às 8h30min do dia 8 no Hotel Villa Michelon, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, com o credenciamento. Às 10h iniciam as visitas guiadas. Às 19h, também no hotel, ocorre a solenidade de abertura. Após, o técnico de Promoção e Inspeção da Agência Galega de Desenvolvimento Rural (Agader) e gerente da Fundação Comarcal do Salnés, o espanhol Manuel Soliño Bermúdez, realiza a primeira palestra do evento. Ao término, será servido um coquetel.

Serviço
4º Congresso Latino Americano de Enoturismo
De 8 a 10 de outubro, em Bento Gonçalves – RS
Programação não confirmada
Inscrições à partir da segundo quinzena de julho

AV

Smiles firma acordo comercial com Cielo

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A líder em soluções de pagamentos eletrônicos na América Latina – Cielo, firmou acordo com a Smiles, uma das principais empresas brasileiras de programas de fidelização na última quinta-feira (3).

O acordo comercial irá disponibilizar aos varejistas nas máquinas da Cielo o acúmulo, resgate e a consulta de milhas do programa de fidelidade Smiles, que abrange um universo potencial de mais de 1,4 milhão de estabelecimentos credenciados à Cielo e distribuídos em todo o país.

BENEFÍCIOS – A iniciativa permite ampliar a penetração do Smiles em todos os setores do varejo. Para o cliente da Cielo, a principal vantagem é aumentar a frequência, o ticket médio e a fidelização de seus consumidores. 

Além disso, ao usufruir da plataforma tecnológica da credenciadora, o acordo irá simplificar o processo de utilização do Smiles, já que o consumidor poderá, no ato do pagamento, acumular milhas automaticamente.
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UTILIZAÇÂO – A partir do segundo semestre de 2014, a Cielo iniciará o processo de credenciamento dos varejistas que aceitarem fazer parte do programa. Nos estabelecimentos credenciados, os clientes Smiles, ao realizarem o pagamento na máquina da Cielo em qualquer modalidade – crédito, débito ou voucher, com qualquer cartão -, terão o acúmulo de milhas de forma automática. 

Além disso, também será possível consultar o saldo de milhas e resgatá-las por produtos e/ou serviços, mediante o uso da senha do programa. 

Para quem não é cliente Smiles será necessário primeiro cadastrar-se no site: www.smiles.com.br

Por LI*

 

Três perguntas para CAROLINA CORREIA, diretora de marketing do Club Med

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Pensar em diferentes formas de fidelizar, atrair e integrar o novo perfil de hóspedes tem sido a principal preocupação dos complexos hoteleiros do Brasil, afinal, hoje em dia, a soma dos fatores custo-benefício, serviços e entretenimento são decisivos para uma compra. 

O Club Med Rio das Pedras, reconhecido nacionalmente por entreter toda a família e contar com atividades para todas as idades, também está de olho nas novas tendências. O DIÁRIO conversou com a diretora de marketing do Club Med para a América Latina, Carolina Correia que contou sobre a parceria com a Coca Cola e os novos projetos do complexo.

DIÁRIO – Para o Club Med qual a importância de agregar novos parceiros ao seu core?

CAROLINA CORREIA – Temos como característica sermos uma empresa pioneira e inovadora. A parceria com a Coca Cola, soma nossos valores de mercado, por isso a importância de estar sempre inovando e agregando valor ao nosso negócio. 

O Village de Rio das Pedras é um destino bastante familiar, e como estratégia de inovação buscamos um espaço dedicado aos adolescentes, visto que os nossos hóspedes crianças estão crescendo e não havia um local dedicado para essa ‘galerinha’.

Tanto o Club Med como a Coca Cola têm em comum em sua filosofia a felicidade, então a união das marcas foi muito natural para este projeto. Criamos um espaço moderno e dinâmico, que vai proporcionar maior integração no Village a partir de julho.

DIÁRIO – Qual é a expectativa da parceria e público alvo principal?

CAROLINA CORREIA – O público alvo deste espaço especial são os adolescentes de 11 a 17 anos. Lá, os jovens poderão exercer sua criatividade e estimular seu lado musical. Nosso objetivo é fazer dali um ponto de encontros dos jovens, onde eles possam inclusive fazer novas amizades.

‘Através da parceria com a Coca-Cola, iremos oferecer mais uma opção e mais uma atração exclusiva para nossos hóspedes. O espaço Teen está sendo desenvolvido especialmente para criar um point para os adolescentes, uma geração altamente conectada’, conta a executiva.

DIÁRIO – Quais são as projeções de crescimento durante o 2º semestre? Quais ações serão realizadas?

CAROLINA CORREIA – Faremos investimentos nos Villages, em especial em Rio das Pedras nos espaços como o centro de convenções, a piscina calma, os quartos, o espaço Coca-Cola Teen e alguns outros ambientes. Nosso outro foco também serão as ações de divulgação dos nossos destinos de ‘ski’, novo esporte sensação entre os brasileiros. 

Nossa expectativa é de crescermos em 5% as vendas no nosso segundo semestre fiscal (que termina em outubro), comparado a 2013.

SERVIÇO

www.clubmed.com.br

 

Associações discutem sobre o turismo nos parques nacionais

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Parques e unidades de conservação estão entre os principais patrimônios do Brasil. Ainda pouco aproveitados em comparação com o seu potencial, não por acaso o assunto está entre os principais temas de trabalho da ABETA (Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura). 

Com apoio do deputado federal Renato Molling, presidente da Comissão de Turismo da Câmara, na última quarta-feira (2/7) foi realizada uma audiência pública na casa com o objetivo de debater o turismo praticado nos parques nacionais e os seus principais problemas.
 
Além da participação do presidente da entidade, Douglas Simões, o encontro contou com a presença de Wilken José Souto Oliveira, diretor do Ministério do Turismo, Fábio de Jesus, coordenador do ICMBio, Schamberlaen Silvestre, prefeito de Cambará do Sul, e Ana Luisa Mancini da Riva, presidente do Instituto Semeia, além de outros deputados federais.
 
 
PARQUES – Com objetivo de conseguir a ampliação do orçamento destinado a parques e unidades de conservação de todo o país, a ABETA e outras entidades como Instituto Semeia, ABAV e Braztoa estão trabalhando em conjunto na campanha ‘Parques Pedem Socorro’. 

As discussões foram iniciadas em maio, na Adventure Sports Fair, e contam com o apoio da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados.

Por LI*

Turismo acessí­vel é tema na ABAV-SP

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Com o tema ‘Acessibilidade no Turismo’ o próximo curso da ABAV-SP será ministrado na próxima segunda-feira (07) por Fátima Estephan, consultora de turismo acessível. 
Com público-alvo voltado para todos os profissionais do turismo, o curso tem como objetivo a introdução e os conhecimentos básicos sobre este novo mercado em ascensão, com ênfase no atendimento.

O conteúdo abordará a análise de aspectos relevantes na venda de serviços para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, as estatísticas referentes às pessoas com deficiência, além de indicar o perfil do profissional para o mercado voltado à diversidade e a prática profissional de um agente de viagens com foco na acessibilidade. 

Fátima irá falar também sobre a pró-atividade no atendimento de um cliente com deficiência, como fazer abordagem através de particularidades e necessidades de cuidados especiais e a prospecção de clientes com deficiência e/ou mobilidade reduzida.

SERVIÇO

Data: 07 de julho (segunda-feira)
Horário: 18h30 às 22h30
Local: ABAV-SP – Av. Dr. Vieira de Carvalho, 115 – 8º andar, Centro – Metrô República
Investimento: estudantes e associados ABAV-SP, Abeta, Abracorp, Aviesp, Braztoa e Sindetur-SP – R$ 107 / não associados – R$ 137

Informações: (11) 2626-8389 ou evelyn@abavsp.com.br

Por LI*

SWISS lança promoção relâmpago para 40 destinos na Europa

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A partir dessa sexta-feira (04) até segunda (07), a companhia aérea Swiss terá tarifa promocional para vendas de 40 destinos na Europa. O preço por pessoa em classe econômica varia a partir de US$ 649 (ida e volta). A promoção da SWISS também inclui São Paulo-Tel Aviv com valores a partir de US$ 749.  A viagem deverá iniciar entre 22 de julho e 10 de agosto de 2014.

Além do preço atrativo, a facilidade do pagamento parcelado em 10 vezes sem juros é mais uma vantagem oferecida pela SWISS para qualquer tarifa adquirida no mês de julho, não importando o período da viagem.

No Brasil, a SWISS oferece voos diários entre São Paulo e Zurique a bordo do Airbus 340-300. Swiss International Air Lines (SWISS) é uma companhia aérea suíça, atende a 84 destinos em 40 países a partir de Zurique, Basel e Genebra e transporta cerca de 16 milhões de passageiros por ano com uma frota de 91 aeronaves.

AV

Holanda tem aumento de 182% em busca de passagens para o Brasil

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O Skyscanner – empresa global em pesquisa online de passagens aéreas, hospedagem e aluguel de carros, divulga novo levantamento de buscas de passagens aéreas para o Brasil, na etapa final da Copa do Mundo.

De olho na boa campanha que a seleção da Holanda vem fazendo na Copa, a busca feita por holandeses que querem acompanhar o time de perto aumentou em 182% nos últimos dias. 

Em segundo lugar, estão os costarriquenhos com aumento de 141% em buscas de passagens aéreas para o Brasil e, na terceira colocação está a Bélgica com 106%.

A confiança no resultado positivo de seus times no mundial também aumentou para os alemães (55%), franceses (11%), colombianos (5%) e até os argentinos, que mesmo sendo vizinhos do Brasil, procuraram 11% mais passagens aéreas para acompanhar as etapas finais do campeonato.

Veja quais são os países que estão nas quartas de finais e buscam passagens para o Brasil:

Por LI*

Abracorp firma parceria com GRU Airport

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A Abracorp e o GRU Airport (Aeroporto Internacional de Guarulhos) estão formatando serviços adicionais para oferecer conforto, privacidade e comodidade na experiência de viagem do cliente corporativo.

Em visita ao GRU Airport, os representantes da Abracorp conheceram os novos serviços de atendimento VIP disponibilizados pela GRU Airport, tendo como foco o viajante de negócios e as novas estruturas de check-in, embarque e desembarque. Disponibilizando instalações funcionais e bem decoradas, as salas VIP são uma atração à parte no aeroporto.

“Produtos formatados sob medida estarão, muito em breve, à disposição dos clientes, agregando mais valor aos serviços prestados pelas associadas à Abracorp”, garantem Gervasio Tanabe, diretor-executivo da entidade, e Claudio Caratsch, coordenador da Sala VIP & Cerimonial da GRU Airport. As áreas de tecnologia já estão alinhando as plataformas para a disponibilização destes serviços.

AV

Argentinos vestem Brasí­lia de azul e branco para jogo deste sábado

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Aos poucos, a capital federal vai adquirindo tons de azul de branco, cores da seleção argentina, que disputará amanhã (5) a terceira  partida das quartas de final da Copa do Mundo, contra a Bélgica, As duas primeiras serão hoje (4): Alemanha e França, às 13h, no Maracanã, no Rio de Janeiro, e Brasil e Colômbia, às 17h, no Castelão, em Fortaleza. cada vez mais presentes.

Animados, os torcedores argentinos chegam a Brasília e já ocupam a área preparada pelo governo do Distrito Federal para que acampem e deixem seus carros e motorhomes em segurança.

A Granja do Torto, a cerca de 12 quilômetros do Estádio Mané Garrincha, palco do jogo de amanhã, ganhou ares de uma típica arquibancada do estádio La Bombonera, em Buenos Aires, do Boca Juniors,  principais clubes da Argentina. Os veículos estacionados estão enfeitados com bandeiras personalizadas, como se cada carro trouxesse uma pequena torcida organizada.

Um dos veículos chama a atenção. É o El Carnavalito, um ônibus Mercedes-Benz 1974, decorado especialmente para a Copa do Mundo. Um adesivo acima do para-brisa traz seu nome e as bandeiras do Brasil e da Argentina. El Carnavalito trouxe a Brasília o comerciante argentino Elias Sarrouf, de 28 anos, junto com mais quatro amigos, moradores da província de Jujuy. Viajar pelo Brasil em um veículo de 40 anos, “que está andando muito bem”, foi a forma de extrair o máximo de uma experiência de Copa do Mundo, disse Sarrouf.

“É impressionante viver o dia a dia de um Mundial. Em cada lugar, em cada cidade visitada, trataram-nos muito bem. As pessoas no Brasil são muito acolhedoras, somos irmãos sul-americanos. A vivência que estamos tendo é muito linda”, destacou o comerciante. O cansaço da viagem está estampado no rosto de cada um, mas falar de futebol é combustível suficiente para manter o ânimo de todos.

“Vou torcer pelo Brasil contra a Colômbia e no próximo jogo também. Eu quero uma final com vocês. Nós queremos, mas vocês, não! Vocês têm medo de um maracanazo!”, provocou Elias, com bom humor, referindo-se à partida final da Copa de 1950, disputada no Maracanã. Naquela final, o Brasil, que precisava de um empate para ficar com o título, perdeu do Uruguai nos minutos finais. O episódio ficou conhecido como Maracanaço.

“Ambos estamos jogando mal, Brasil e Argentina. Mas queremos que seja esta a final”, disse o também comerciante Alejandro Garnacho, de 50 anos. Então, um de seus companheiros de viagem, sentado ao lado, entrou na conversa. “Eles não querem. Têm medo”, afirmou, com certo rancor na voz.

Garnacho veio de Buenos Aires com sete amigos para assistir às partidas da seleção argentina em São Paulo, com vitória sobre a Suíça na prorrogação, e deste sábado em Brasília. Já na cidade, a corrida do grupo de amigos é outra: conseguir ingressos. “Para este jogo, ainda faltam três ingressos. Somos oito, mas só temos cinco ingressos”. Ele, que até então conversava sem muito interesse, olha para o repórter, cheio de esperança. “Tem algum para vender?”.

Xavier Stanco, de 35 anos, programou-se com mais antecedência. Comprou as entradas pelo site da Fifa, em novembro do ano passado, pagando R$ 180 por partida. Morador de Buenos Aires, Stanco chegou a Brasília com um amigo em uma caminhonete. Nela, eles dormem e cozinham em um pequeno fogão instalado na carroceria. Esta foi a forma encontrada para economizar o máximo de dinheiro possível.

“Viemos de carro porque era mais barato. O carro serve como transporte, hotel e cozinha também. Vamos ao supermercado e, com cerca de R$ 10, compramos um frango, um macarrão…”, explicou. O torcedor argentino contou com a ajuda dos brasileiros, que lhes deram feijoada quando foram a Belo Horizonte.

Com ingresso, ou não, Xavier Stanco, Alejandro Garnacho, Elias Sarrouf e seus parceiros de viagem têm algo em comum: todos tiveram que economizar bastante para essa maratona sobre rodas no país da Copa. Stanco junta dinheiro há um ano e Garnacho, há três. Sarrouf foi além. “Estamos economizando desde que soubemos que o Brasil seria a sede do Mundial. E a verdade é que viemos com o dinheiro contado. Os ingressos são muito caros, principalmente na revenda. Com o preço de dois ingressos na revenda, dá para comprar um carro usado na Argentina.”

A grande distância entre as cidades-sede da Copa, o preço dos ingressos e a necessidade de se manter durante o período na estrada são obstáculos agravados pela crise na economia do país vizinho. “Custa caro vir ao Brasil porque o peso [moeda argentina] não vale muito. Um real vale 5 pesos”, afirmou Stanco. “Os preços no Brasil são altos, se formos converter em pesos, mas temos que fechar os olhos e pronto. Estamos aqui, é o que importa. Com o pouco que temos, gastemos ou não, é o que temos aqui”, disse Sarrouf.

E é a bordo de El Carnavalito que Sarrouf e seus amigos torcem para que o time liderado por Messi volte ao Rio de Janeiro, desta vez para disputar a final da Copa. Eles reconhecem, porém, que, perdendo ou ganhando nos gramados, a experiência de todos os torcedores estradeiros no Brasil será única e para sempre.