Numa concorrida palestra, com público atento e muitas pessoas acomodadas do lado de fora do local da apresentação, que durou mais de uma hora, o ex-treinador das seleções brasileira – masculina e feminina – de vôlei, Bernardinho passou o recado com maestria. Celebrizado nas quadras do Brasil e do mundo usou de muita técnica e analogia para transmitir insights motivacionais para o sucesso nos empreendimentos.
No espaço Motel Experience, montado dentro da 59ª. Equipotel, a palestra “Superação, Resiliência, Metas e Trabalho em Equipe”, foi um dos pontos alto do segundo dia do evento, que se estende até a próxima 6ª. feira, no SP Expo, em São Paulo. O treinador de 63 anos, nascido Bernardo Rocha de Rezende, no Rio, se vale da experiência extraída das quadras e de títulos para, numa analogia bastante objetiva, instruir empresas a como lidar com seus times internos e com o mercado em que atuam.
“Nada substitui a capacitação”, indica Bernardinho, para quem o bom líder precisa estar apto a identificar gargalos e aferir com precisão pontos fortes e fracos de cada integrante da equipe.
“Nada substitui a capacitação”, indica Bernardinho, para quem o bom líder precisa estar apto a identificar gargalos e aferir com precisão pontos fortes e fracos de cada integrante da equipe. Características fundamentais, no meio corporativo, de acordo com ele, são: humildade – ter consciência da interdependência entre as pessoas na empresa, além de reconhecer uma boa ou má escalação do time e a outra faceta assinalada por ele é a coragem – não a ausência do medo, mas o domínio para lidar com situações extremas e de risco no meio corporativo. E nesse sentido, de como lidar com a insegurança ele arrisca a sugestão “vá com medo mesmo, mas vá extremamente preparado”. Aprender com as derrotas, mas, no entanto, assumir responsabilidade sobre elas é outra máxima que compõe o receituário do ex-treinador de vôlei.
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Paixão como combustível
Mas quais os combustíveis para movimentar pessoas nas empresas, em cenários nervosos e competitivos. Para Bernardinho, paixão e disciplina turbinam carreiras e empreendimentos, da mesma forma que a área de desconforto auto desafia cada integrante do time e produz grandes resultados.
No estilo de quem muitas vezes teve que se exaltar para transformar ânimo e e técnica em plena partida, Bernardinho assinala que “só não perde quem não joga”. Convicto de que foco, força e fé no trabalho são essenciais para o bom resultado e alcance das metas, acrescenta um último quesito, a necessidade de festa – para comemorar cada vitória.
É autor dos livros Bernardinho – Cartas a um jovem atleta – Determinação e Talento: O caminho da Vitória e Transformando Suor em Ouro. Em 11 de janeiro de 2017, foi anunciada a sua saída da Seleção Brasileira de voleibol masculino após um ciclo de 16 anos, sendo substituído por Renan Dal Zotto.