Parques Temáticos: um Negócio que não é Brincadeira

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por Andrea Nakane*

Em meio a triste, mas já previsível notícia de falência do parque de diversão Hopi Hari, localizado cerca de 70 km da capital de São Paulo, na região de Vinhedos, após negativa ao pedido de recuperação judicial do empreendimento brasileiro, foi anunciado com muita visibilidade à inauguração do maior parque temático indoor do mundo, em Dubai.

Trata-se do IMG Worlds of Adventure. Com 140 mil metros quadrados de atrações, entre elas dinossauros animados, montanhas-russas, super-heróis da Marvel e personagens do canal Cartoon Network.

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O negócio de entretenimento e lazer no século XXI ganha uma projeção valorativa de um pilar considerado essencial à vida moderna, razão que se justifica crescentes investimentos na área.

Os parques temáticos inseridos nesse mercado movimentam cifras bilionárias e tem entre seus ícones a gestão norte-americana, responsável por uma nova concepção e estruturação do negócio, a partir do final da década de 50, quando inovou o conceito de parque de diversão para parques temáticos modernos com a criação da Disneylândia (Disneyland) por Walt Disney, na Califórnia (EUA), em 1955. A Disneylândia foi o primeiro parque temático mundial.

Segundo o levantamento realizado pelo site TripAdvisor  em 2014, o Brasil configura-se entre os dez países que possuem em seu território, os maiores parques do mundo com o Beto Carrero World – considerado o maior complexo multi-temático de entretenimento da América Latina, situado em 14 milhões de metros quadrados do aprazível balneário de Penha, localizado na costa norte de Santa Catarina, aproximadamente distante 20 minutos do aeroporto de Navegantes.

É necessário ter uma visão sistêmica do negócio do entretenimento, investimentos constantes em manutenção, busca pela inovação sempre e uma real valorização do capital humano

É necessário ter uma visão sistêmica do negócio do entretenimento, investimentos constantes em manutenção, busca pela inovação sempre e uma real valorização do capital humano, sobretudo, por meio de treinamentos e capacitações que provoquem nesses atores, que diretamente estarão em contato com o público-visitante, o dom da hospitalidade e clima de bem estar, o que irá gerar satisfação e felicidade.

Walt Disney já dizia: “você pode sonhar, criar, desenhar e construir o local mais maravilhoso desse mundo, mas pessoas são necessárias para fazer do sonho uma realidade.”.

E esse patrimônio muitas vezes é deixado de lado ou até mesmo renegado. O que acarretará perdas incalculáveis futuramente.

Que novos IMG Worlds of Adventure surjam e que antigos Hopi Hari não voltem a acontecer, afinal a fantasia e brincadeira são para os visitantes, no backstage e na gestão do negócio é muito trabalho real, emanado de seriedade e profissionalismo.

*Andrea Nakane é educadora e diretora do Instituto Mestres da Hospitalidade

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