Paulo Kendzerski, presidente do Instituto da Transformação Digital proferiu a palestra O Impacto da Maturidade Digital na Hotelaria na manhã desta quarta-feira (14), no 32º Encatho, em Florianópolis.
Por Paulo Atzingen (De Florianópolis)*
Kendzerski falou para um auditório lotado de pequenos e médios hoteleiros e sobre sua especialidade: alfabetização digital.
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Em um estudo recente aplicado por seu instituto em 110 meios de hospedagem no Rio Grande do Sul, envolvendo hotéis, pousadas, motéis e hostels, o resultado foi surpreendente. Ele apresentou parte de seu diagnóstico a uma plateia atenta:
“Em tempos de revolução tecnológica é ainda significativo o número de hotéis que não utilizam as ferramentas disponíveis, em sua maioria gratuítas”, afirmou Paulo.
Em sua pesquisa, ficou evidente alguns indicativos que demonstram a falta de percepção digital. Na apresentação de um gráfico dos hotéis estudados (80 no total), 30% desses hotéis não utilizam ferramentas do Google Analytics, 75% não utilizam certificado digital e 50% das empresas estudadas não aparecem na primeira página de busca do Google.
“Não existe, na maioria das empresas analisadas, uma liderança com poder de decisão que detenha esse conhecimento e possa definir os rumos de um projeto de Transformação Digital eficiente”, afirmou.
Análise dos hotéis gaúchos, todos possuem ranking de Maturidade Digital muito ruim
Ranking ruim
“Os hotéis do Rio Grande do Sul, todos possuem ranking de Maturidade Digital muito ruim. Isso pode ser compreensível em outros segmentos do mercado, mas não em uma área tão dependente do ambiente digital como o de Hotelaria”, afirmou.
“Dos 80 hotéis analisados, somente um respondeu o contato seja pelo site ou pelas redes sociais, em até 04 horas”, alertou.
Kendzerski fez um alerta aos profissionais presentes: “É preciso se criar uma mentalidade digital no negócio. Esse grau de maturidade se alcança através da mudança do conceito. Ainda tem muita gente que diz ser digital, mas ainda é analógico”, brincou.
No bojo das metamorfoses que o mundo atravessa, inclusive em relação às leis e à cultura do trabalho, Paulo lembrou que a mentalidade de muitas empresas ainda está arraigada ao passado analógico. “Aquela frase de quem engorda o boi é o olho do dono está ultrapassada. É preciso ter pessoas criativas, talentosas que estejam envolvidas no processo de construção da marca. Caso contrário, estaremos contratando apenas empregados, presos a um modelo econômico do passado,” proferiu.
Serviço:
ENCATHO & EXPROTEL
13 a 15 de agosto
CentroSul – Florianópolis
Entrada Gratuita
Informações: www.encatho.com.br | 3222-8492
ABIH-SC
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*O jornalista viajou a convite do Encatho