Pesquisa aponta aumento do desejo dos brasileiros em se mudar do país

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Uma pesquisa recente realizada com mais de 500 brasileiros aponta que aproximadamente 53% dos consultados afirmaram já ter considerado a ideia de morar em outros países no ano seguinte.

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


Ouça: Karen V. Ordones, fundadora da Tutor.id,

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O estudo feito pela Toluna Insigths, aponta que desses, 56.42% afirmaram que o desejo cresceu diante do enfrentamento da crise do coronavírus no Brasil. Mesmo já tendo uma vida um pouco mais estruturada e consolidada, os que mais desejam deixar o país são brasileiros na faixa etária entre 35 e 54 anos (37.83%). Desde o início da pandemia, o Brasil já ultrapassou a marca de 12 mil mortos pelo COVID-19 e hoje ainda considera medidas de lockdown.

No entanto, a insatisfação com a situação atual não pode ser considerada como uma motivação isolada e que justifica completamente a mudança. Em perguntas voltadas àqueles que trabalham nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia ou Matemática (STEM), existem fatores que influenciam a tomada de decisão. Segurança pública e baixa taxa de criminalidade (58.09%) está como a principal razão que impulsiona a mudança, seguida de oportunidades de trabalho em alta tecnologia (45.59%)  e bom sistema de saúde (41.91%).

Países sonhados

Nos últimos anos, a Estônia tem se tornado um dos principais destinos de muitos brasileiros que procuram por melhores condições de vida, trabalho e educação para os filhos. Segundo dados fornecidos pela embaixada do Brasil em Tallinn, no final de abril o país abrigava 332 brasileiros, marcando um crescimento de 95% nos últimos 5 anos. Além disso, 50.9% dos que migraram para o país tem entre 31 e 40 anos de idade, faixa etária similar aos brasileiros que mais desejam mudar do país, como apresentado pelos números na pesquisa.

Em relação ao combate ao coronavírus, o país adotou medidas rápidas e que ajudaram a conter a contaminação por meio da conscientização. Além de monitorar professores e alunos que viajaram para outros países com casos suspeitos, o governo da Estônia decidiu cancelar as aulas presenciais e continuar proporcionando ferramentas e plataformas – que já eram utilizadas – para o ensino a distância. O país também trabalhou em soluções tecnológicas, como a criação de um chatbot para prevenção de fake news e orientações de conduta neste período, e criando também hackatons para criar soluções inovadoras para combater a crise. A Estônia atingiu o pico da doença em 26 de março, apresentando uma queda constante desde então.

A segurança é um valor bastante perceptível para os que residem na Estônia. Priscila Portes, brasileira e professora de inglês em uma escola pública estoniana, comentou um pouco sobre essa questão. “Viver na Estônia é muito incrível em termos de qualidade de vida. No país como um todo eu me sinto muito tranquila e segura, de verdade. É óbvio que você sempre tem que ter um certo cuidado, mas posso andar tranquilamente à noite pela rua sem me preocupar”.

Já para Karen V. Ordones, também brasileira e fundadora da Tutor.id, existem pontos bastante positivos nas áreas de trabalho. “Trabalhar em uma startup na Estônia é participar de uma estrutura horizontal. Além disso, tem a questão da pouca burocracia: demora uns 20 minutos preenchendo uma ficha na internet, é tudo feito online. Depois para estruturar o business, existe uma organização do governo chamada Startup Estonia que disponibiliza uma coletânea de documentos para o ecossistema de startups, o que é muito bom”.

Serviço: 

Hoje, a iniciativa Work in Estonia colabora com milhares de empresas empregadoras, posicionando o país como o 3º com maior número de startups per capita. Bastante procurado por brasileiros, o site da iniciativa apresenta um fluxo de 25 mil usuários, sendo o  Brasil o quarto país que mais originou visitas.  

 

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