Por Marcos Junior T. Oliveira, repórter especial do DT*
Um destino que encanta a todos os marinheiros de primeira viagem, e também àqueles que não curtem praia, é Pipa, no litoral do Rio Grande do Norte. Distante apenas 85 quilômetros de Natal e 130 de João Pessoa, o balneário faz jus à excelente fama, atraindo turistas de todos os continentes. É um dos cinco destinos mais visitados do Estado e do Nordeste. O DIÁRIO esteve por lá durante o Fest Bossa & Jazz e conseguiu captar a essência iniciada nos anos 70, quando viajantes jovens, mochileiros de capitais nordestinas e turistas estrangeiros chegavam por lá em busca de aventura.
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De lá para cá, muita coisa mudou. O turista encontra a antiga vila de pescadores transformada em uma minicidade charmosa – com infraestrutura hoteleira, gastronômica, de comércio e serviços -, que não perdeu o ar rústico. Na verdade, Pipa é um distrito do município de Tibal do Sul. Os finais de semana comuns e prolongados são concorridos e as praias estão sempre lotadas, mas organizadas.
A diversidade cultural é uma marca de Pipa. São muitos becos que desembocam na famosa Avenida Baía dos Golfinhos. Todos reúnem um mix de bistrôs, cafés, galeria de arte, estúdios, bares, baladas. Por ser um caldeirão efervescente são encontrados muitos estilos artísticos: pintura, escultura, artesanato, grafismos, pedras preciosas e semipreciosas, moda praia, rendas e bordados.
Já que o destaque é a natureza, o turismo de aventura e de sol e praia, não se esqueça de manter a bateria da câmera fotográfica carregada ou leve um carregador na mochila. Durante a estada é possível agendar passeios de barco, mergulho com golfinhos, buggy, caiaque, cavalo, surf, kitesurfe, sandboard entre outros.
A Praia do Amor com formato de coração é o point dos surfistas. Junto dela destacam-se as praias da Cacimbinha, Boia e do Giz, todas perfeitas para os amantes de boas ondas. Na Praia do Curral existe uma pequena baía de águas quentes e paradas. A Praia das Minas é quase deserta com areia fofa e ondas tranquilas, além de ter a maior incidência de desova de tartarugas marinhas do Estado. Na Praia do Madeiro, depois de encarar a subida escada acima, o prêmio é ver tudo aquilo do alto.
Gastronomia e boa hospedagem
Uma característica original observada pelo DIÁRIO foi a variedade gastronômica existente por lá. Caminhar é um passeio pela culinária regional (carnes e temperos, sanduíches, tapioca, sucos, drinques coloridos) à internacional – comida japonesa, francesa, italiana, mexicana, portuguesa, frutos do mar, crepes, fast food etc. São muitas opções para todos os bolsos e gostos. A infraestrutura hoteleira não fica para trás. Existem empreendimentos desde hostels, hotéis boutiques, resorts e pousadas.
Mirante do Chapadão e Pôr do sol
Um cenário natural obrigatório para quem desembarca em Pipa é o Chapadão. Não é nada menos que falésias, ou seja, paredões vermelhos cobertos de vegetação que margeiam as praias da região. Algumas chegam a ter 60 metros de altura. O pôr do sol visto desde o Chapadão é um cenário premiado que leva o visitante a confirmar que sua ida à Pipa valeu à pena. Outro lugar clássico para passar o fim de tarde no destino são as dunas da praia de Cacimbinha.
Pipa está distante de Natal apenas 72 km. Saindo de Natal pela BR-101, no sentido do Litoral Sul até Goianinha. De lá, pega-se a RN-003 até Tibau do Sul. Apesar de ser tranquila a viagem entre a capital potiguar e Pipa é tranquila, o trecho entre Goianinha é bastante apertado e com vias mal-conservadas. A recomendação que o DIÁRIO faz é que são necessários mais de três dias para apreciar as belezas naturais, o charme, a rusticidade, as atividades e a badalação do vilarejo.
*O repórter viajou a convite da TAM