Investigadores atribuem ao ministro a prática dos crimes de falsidade ideológica, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa
POR REDAÇÃO
Nesta sexta-feira (4) a Polícia Federal indiciou o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio por suspeita de envolvimento no esquema de candidaturas laranjas do PSL em 2018. Na ocasião, Marcelo era o presidente do PSL em Minas Gerais.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, Marcelo Álvaro Antônio comandou um esquema de desvio de recursos públicos por meio de candidaturas femininas nas eleições de 2018. O caso foi revelado em fevereiro deste ano pelo jornal Folha de S.P.
Veja também as mais lidas do DT
Segundo o jornal, o comando nacional do PSL repassou 279 mil reais para financiar a candidatura de candidatas do partido, cujos desempenhos nas eleições foram considerados insignificantes. Como presidente do PSL mineiro, Marcelo tinha o poder de escolher as candidaturas e repassar os valores.
No dia 13 de maio, em depoimento à PF em Belo Horizonte dentro Inquérito que apura o suposto esquema de candidaturas laranjas do PSL, a Deputada Federal Alê Silva (PSL-MG) afirmou “que identificou irregularidade nas contas das candidaturas e que o dinheiro teria sido repassado para empresas de propriedade de assessores do ministro”.
Nesta sexta (4), o ministro foi indiciado pela prática dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa. Se confirmados os crimes, a pena de reclusão pode chegar a três anos.
A sua permanência nas pasta foi assegurada há pouco pelo presidente Bolsonaro por meio do seu porta-voz Otávio Rêgo Barros, que declarou que o presidente aguardará o desenrolar do processo para definir o futuro do ministro.
Agora, caberá agora ao Ministério Público decidir se irá denunciar o ministro. Se denunciar, Marcelo Álvaro Antônio responderá a processo como réu.
Em nota, o Ministério do Turismo afirma que “o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ainda não foi notificado oficialmente da decisão, mas reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá”.
O texto ainda diz que, “assim como vem declarando desde o início da investigação, que teve como base uma campanha difamatória e mentirosa, o ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018. Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência. ”