Em 2019 a Cripta da Catedral da Sé completa 100 anos. Produzida pelo Ministério da Cidadania e pelo Estúdio Centro, com o patrocínio da Sabesp e do Governo do Estado de São Paulo, a “Série Concertos 100 Anos da Cripta da Catedral da Sé” traz 30 apresentações reunindo grandes nomes e revelações da música instrumental e do canto coral brasileiros.
EDIÇÃO DO DIÁRIO e agências.
Os eventos serão todos gratuitos, com concertos na própria cripta e em outros locais de acesso restrito da catedral (como os salões do piano e do coro). “Será uma oportunidade inédita de paulistanos e turistas apreciarem esses locais ao som de repertórios que destacarão obras da música clássica e popular brasileira e internacional em formações tão diversas como piano solo, madrigais, canto gregoriano e até o diálogo do beatbox com estilos mais ligados ao clássico”, afirma Camilo Cassoli, Diretor Geral do Projeto.
Veja também as mais lidas do DT
A partir da história da Cripta, serão destacados repertórios que relacionarão diversos momentos históricos da cidade de São Paulo a partir da Praça da Sé e de sua Catedral. Ganharão destaque especial os povos que compõem a cidade, com a presença de grupos de suas diversas origens. “É muito significativo que a Catedral receba e apoie eventos como esse, que valoriza sua história, a história da cidade e de seus cidadãos, aproximando todos à nossa igreja e ao Centro de São Paulo”,afirma Luiz Eduardo Baronto, cura da Catedral da Sé.
Os concertos acontecem aos sábados, às 16 horas, e serão todos gratuitos (com entre 80 e 120 lugares cada, a depender do local onde serão realizados). Todos terão em média uma hora de duração, com transmissão ao vivo pela internet. A programação irá de Julho de 2019 a Março de 2020. A programação da série, conteúdos exclusivos e a íntegra dos concertos já realizados poderão ser acessadas nas redes do projeto: instagram/concertoscripta,facebook/concertoscripta.
A apresentação de estreia (06/07) será com o violonista Alessandro Penezzi, vencedor (em parceria com Yamandu Costa) do prêmio de Melhor Disco Instrumental Brasileiro de 2018 no Prêmio da Música Brasileira. Além de peças próprias para o violão solo, Penezzi apresentará obras de grandes nomes ligados ao violão paulista como Garoto, Paulinho Nogueira e Antônio Rago. Complementando o programa: “A Catedral”, de Agustín Barrios, e “Sons de Carrilhão”, de João Pernambuco: ícones do repertório mundial do instrumento que poderão ficar ainda mais interessantes no contexto da apresentação na Cripta.
Na semana seguinte (13/7), na sala do piano, será a vez do grupo Brazu Quintê se apresentar. Com peças autorais inspiradas na cultura brasileira regional. o grupo tem como marca uma inusitada união da formação de câmara com a guitarra.
Já sábado dia 20/7, será a vez do Madrigal Encanto: com um repertório com obras de Anton Brukner, John Rutter, Marlos Nobre, Dorival Caymmi e outros, apresentadas na Cripta. Até desses, estão confirmados nomes como os pianistas Laércio de Freitas, Clara Sverner e Fábio Caramuru, os duos de Maiara Moraes (flauta) / Salomão Soares (piano), os trios Caixa Cubo e Retrato Brasileiro, os madrigais Le Nuove Musiche e Encanto, além de dezenas de outras atrações.
Os 30 concertos relacionarão 4 linhas temáticas principais: “Uma praça e suas camadas” (com repertórios e sonoridades explorando diferentes momentos da praça da Sé e do desenvolvimento da Cidade de São Paulo: desde quando ali havia a Mata Atlântica até hoje, com os desafios para o presente e o futuro); “Povos de São Paulo” (com grupos e solistas das diversas origens que formaram a cidade, a começar pelas matrizes indígena, européia e africana, chegando até os imigrantes mais recentes); “4 Elementos” (abordando repertórios ligados a Água, Ar, Terra e Fogo, e como esses se relacionam com a arquitetura e a história da Catedral); “Espaço e Tempo na Música Sacra” (com a execução de peças de diferentes épocas e estilos explorando sonoridades diversas dos espaços da Catedral da Sé).