A GOL Linhas Aéreas, anunciou o resultado consolidado do quarto trimestre de 2019 (4T19). A receita líquida atingiu R$3,8 bilhões, a maior já registrada pela Companhia, um crescimento de 18,8% em relação ao 4T18. No ano de 2019, a receita líquida chegou a R$13,9 bilhões, um aumento de 21,5% comparativamente a 2018. A projeção de receita líquida para 2020 é de aproximadamente R$15,4 bilhões.
EDIÇÃO DO DIÁRIO
A margem EBITDA alcançou 38,5% no 4T19, aumento de 22,2 p.p. na comparação trimestral. No ano de 2019, a margem EBITDA foi de 31,5%, um crescimento de 11,5 p.p. na comparação anual. A projeção para 2020 para margem EBITDA é da ordem de 30%.
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Devido ao forte controle de custos, e gestão da capacidade e yields, a Companhia obteve lucro operacional pelo 14º trimestre consecutivo. A demanda no 4T19 permitiu que a GOL atingisse margem EBIT recorrente de 26,5%, a maior desde 2004. O lucro operacional (EBIT) recorrente foi de R$1.006,3 milhões no trimestre e R$2.645,0 milhões em 2019, R$830,0 milhões e R$1.601,1 milhões superior em relação ao 4T18 e à 2018, respectivamente.
A margem líquida ajustada de 9,1% no 4T19 representa um aumento de 20,1 p.p. na comparação trimestral. No ano de 2019, a margem líquida ajustada foi de 4,7%, um crescimento de 12,0 p.p. na comparação anual.
A Receita por Passageiro-Quilômetro Transportado (RPK) aumentou 5,5%, totalizando 10,8 bilhões no 4T19, impulsionada pelo crescimento de 8,0% no número de Clientes transportados, enquanto a expansão em Assento Quilometro Ofertado (ASK) foi de 6,0%.
A Companhia transportou aproximadamente 9,7 milhões de Clientes no trimestre, crescimento de 8,0% comparado com o mesmo período do ano anterior, com um market share doméstico de 38%, segundo dados da ANAC. De acordo com a Abracorp, 38% dos passageiros do segmento corporativo viajaram pela GOL, o que faz da empresa a líder em vendas e em bilhetes emitidos nas TMCs associadas à entidade. R$617,1 milhões de dívida foram amortizados, e R$102,4 milhões de ações foram recompradas no trimestre.
Destaques do 4T19
Fortes indicadores operacionais: Passageiros-Quilômetro Transportados (RPK) aumentou 5,5%, totalizando 10,8 bilhões no 4T19, impulsionada pelo crescimento de 8,0% no número de passageiros transportados, enquanto a evolução em Assentos-Quilômetro Oferecidos (ASK) foi de 6,0%. A forte demanda de Clientes e o gerenciamento dinâmico de receitas permitiu à GOL compensar os incrementos nos custos unitários operacionais. A Companhia atingiu os seguintes indicadores:
(i)Yield médio por passageiro de 33,17 centavos (R$), um aumento de 13,8% na comparação trimestral;
(ii)Taxa de ocupação média de 81,5%, uma redução de 0,4 p.p. comparativamente ao 4T18;
(iii)Média de utilização de aeronaves de 12,2 horas/dia, incremento de 6,1% na comparação trimestral; e
(iv)Regularidade de 99,2% no 4T19, aumento de 0,6 p.p. de acordo com a Infraero e dados fornecidos pelos principais aeroportos.
Receita recorde: A receita líquida atingiu R$3,8 bilhões, a maior já registrada pela Companhia, com um crescimento de 18,8% em relação ao 4T18. A GOL transportou 9,7 milhões de Clientes no trimestre, sendo 9,2 milhões no mercado doméstico (+9,5% em relação ao 4T18) e 0,5 milhão no internacional. A Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (RASK) foi de 28,69 centavos (R$), aumento de 12,1% em relação ao 4T18. A Receita de Passageiros Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (PRASK) passou para 27,04 centavos (R$), um incremento de 13,3% em relação ao 4T18.
Custos controlados: O custo unitário baseado no Custo por Assento Quilômetro Ofertado (CASK), excluindo despesas não recorrentes, reduziu em 12,8%, passando de 24,19 centavos (R$) no 4T18 para 21,10 centavos (R$) no 4T19, parcialmente impactado pela queda no preço do combustível aeronáutico em aproximadamente 17% e pela redução de 2% do consumo de combustível por hora voada. Custos com combustível por ASK caíram 15,6%, principalmente devido à diminuição nos impostos sobre o querosene de aviação. O CASK ex-combustível, excluindo despesas não recorrentes, apresentaram um decréscimo de 11,1%, essencialmente por conta de melhor produtividade (eficiência operacional, utilização das aeronaves e aumento no ASK) e pela redução de gastos com manutenção dos aviões em função do menor volume de devoluções no 4T19, em parte compensados por:
i.Um aumento de 32,6% na depreciação decorrente da inclusão de 16 aeronaves na frota e a redução da vida depreciável de manutenção de motores e de grandes componentes capitalizados; e
ii.Um incremento de 23,8% na despesa com pessoal, principalmente devido a um aumento na alíquota de impostos federais sobre folha de pagamento para 20%, e à contratação e ao treinamento de 819 novos Colaboradores motivado pela expansão das operações, lançamento de rotas e de bases.
A GOL tem os menores custos unitários nos seus mercados.
Margens saudáveis: Devido ao forte controle de custos, gestão responsável da capacidade e administração inteligente dos yields, a Companhia obteve lucro operacional pelo 14o trimestre consecutivo. A demanda no 4T19 permitiu que a GOL atingisse margem EBIT de 26,5%, a maior da Companhia desde 2004. O lucro operacional (EBIT) ajustado foi de R$1.006,3 milhões no trimestre e R$2.645,0 milhões em 2019, R$830,0 milhões e R$1.601,1 milhões superior em relação ao 4T18 e 2018, respectivamente. A margem EBITDA chegou a 38,5% no período, aumento de 22,2 p.p. na comparação trimestral.
Fortalecimento do balanço: A GOL apresentou geração de caixa operacional levemente superior a R$1,0 bilhão no trimestre. A liquidez total atingiu R$4,3 bilhões, R$238,4 milhões acima em comparação a 30 de setembro de 2019 e R$1,3 bilhão no que se refere a 31 de dezembro de 2018. A GOL efetuou pagamentos de principal de dívidas e arrendamento em um montante de R$617,1 milhões no 4T19. As receitas de variações cambiais e monetárias no trimestre totalizaram R$372,4 milhões. A relação dívida líquida (excluindo os Bônus Perpétuos e Exchangeable Notes) sobre EBITDA UDM foi de 2,4x em 31 de dezembro de 2019.
Comentários da Administração
Em 2019, a GOL alcançou diversos marcos significativos na sua estratégia de negócios para ser a Primeira Companhia Aérea para Todos, e expandir a rede doméstica e internacional.
A forte demanda de Clientes, especialmente no segmento corporativo, combinada com a disciplina de capacidade, permitiu que a Companhia obtivesse excelentes resultados operacionais no 4T19.
“Gostaria de agradecer, particularmente, a todos os nossos Colaboradores pela dedicação e engajamento que, em condições desafiadoras de mercado, atenderam às demandas dos Clientes no Brasil e no exterior, de maneira ágil, eficiente e segura”, afirma Paulo Kakinoff, presidente da GOL.
A GOL transportou quase 10 milhões de Clientes no 4T19, 8,0% acima do apurado no 4T18.
Apesar dos diversos desafios operacionais enfrentados, tais como a paralisação temporária do 737 MAX 8 e a manutenção não programada do pickle fork de certos NGs, a GOL apresentou um ano com resultados acima do esperado. Foram registradas receitas recordes e altas margens, com geração de caixa operacional superior a R$1,0 bilhão no trimestre, além da implementação de um programa de recompra de ações de R$102 milhões e de melhoria nas classificações de crédito da Companhia.
A receita líquida aumentou 18,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, registrando o recorde trimestral de R$3,8 bilhões. Atualmente, as tendências de receita e reservas de Clientes permanecem fortes, e a Companhia espera que o RASK do primeiro trimestre cresça de 4% a 6% em comparação ao 1T19. A GOL se mantém na liderança de menor custo unitário na América do Sul pelo 19.o ano consecutivo.
Mesmo com a paralisação temporária do 737 MAX 8, a flexibilidade do plano de frota da GOL possibilitou atender a todos os mercados com alto índice de utilização das aeronaves, que alcançaram 12,2 horas no trimestre.
A malha aérea da GOL conta com ampla conectividade aos principais mercados, o que tem permitido criar uma maior capilaridade para rotas corporativas e redução de sua etapa média. Isso, aliado à utilização intensiva de data analytics e foco em personalização do Cliente, vem proporcionando o melhor posicionamento da Companhia na captura do crescimento econômico. Com base na mais recente previsão da Boeing, o retorno do 737 MAX deve acontecer no início do segundo semestre de 2020, após a aprovação dos órgãos reguladores competentes.
No início do quarto trimestre de 2019, 14 aeronaves 737 NGs foram colocadas em manutenção não planejada, em cumprimento à Diretriz de Aeronavegabilidade emitida pela FAA. O processo foi 100% finalizado no final de dezembro, e os aviões retornaram à frota, graças ao engajamento e atuação tempestiva do time da GOL Aerotech, a nova unidade de negócios da Companhia, criada em novembro de 2019.
No trimestre, a GOL expandiu o alcance nos mercados regionais no Brasil, incluindo operações em mais três bases: Araçatuba (SP), Cabo Frio (RJ) e Sinop (MT). Adicionalmente, foram aprimoradas parcerias com operadoras, acrescentando 22 novos destinos aos Clientes.
A GOL é a maior operadora regional do Brasil, medida por ASKs. Os novos destinos fortalecem a malha geral da empresa, aumentam a conectividade e reduzem a exposição da Companhia a mercados altamente competitivos.
Em continuidade ao seu plano de expansão internacional, a GOL iniciou voos regulares entre São Paulo e Lima (PER). No período foi inaugurada também a rota semanal Manaus-Orlando (EUA) e a sazonal Porto Alegre-Punta del Este (URU). No final de dezembro, a GOL comemorou os 15 anos de operação na Argentina, para onde foram transportados mais de 12 milhões de Clientes com 77 voos semanais.
No quarto trimestre, foi renovada a parceria estratégica com a Air France-KLM pelos próximos cinco anos, aliança que já possibilitou o transporte de mais de um milhão de Clientes. Hoje, a oferta da GOL cobre mais que 99% da demanda entre Brasil e Europa, e um em cada quatro passageiros da Air France-KLM realiza suas conexões com a GOL. Também foi assinado um novo codeshare com a Avianca Holdings, que contempla 60 destinos nacionais e 16 internacionais da GOL em 11 países, e 26 da Avianca na Colômbia e outros 50 na América e Europa.
Em novembro de 2019, a GOL Aerotech foi formalmente lançada como uma nova unidade de negócios que alavanca a expertise da GOL para fornecer manutenção, reparo e revisão de aeronaves e componentes para terceiros. Isso propicia uma nova fonte de receita, e reduz os custos para a Companhia. Com 760 funcionários e mais de 600.000 horas de disponibilidade por ano, a GOL Aerotech está qualificada para executar serviços de manutenção para quatro modelos da Boeing: as famílias 737 Classic, 737 Next Generation, 737 MAX e a 767. A Aviation Capital Group (ACG) e a Dubai Aerospace estão entre os primeiros Clientes. Para 2020, espera-se uma receita de R$140 milhões com a GOL Aerotech.
Em fevereiro de 2020 foi anunciado um novo acordo de codeshare com a American Airlines. Os voos serão operados também através dos hubs da GOL em São Paulo (GRU), Rio de Janeiro (GIG), Brasília (BSB) e Fortaleza (FOR), e estes se adicionarão aos atuais voos regulares da Companhia para Miami e Orlando.
“Por meio do fortalecimento dessas alianças, reafirmamos o plano de expansão tanto no Brasil quanto internacionalmente. Nosso compartilhamento de voos com a Air France-KLM abrange mais de 18 países, incluindo 66 cidades na Europa e acima de 30 localidades brasileiras. Adicionalmente, o recém anunciado codeshare com a American Airlines oferecerá a maior quantidade de voos diários entre a América do Sul e os EUA do que qualquer outra parceria aérea, duplicando o número de assentos que disponibilizamos neste mercado, conectando os passageiros da GOL para mais de 30 destinos norte-americanos”, completou Kakinoff.
Ainda em fevereiro de 2020, a GOL anunciou a celebração de contratos de sale and leaseback de 11 aeronaves Boeing 737 Next Generation (NG) com a Carlyle Aviation. Essa transação reduzirá a dívida líquida da Companhia em aproximadamente R$500 milhões, composta por uma diminuição de R$130 milhões no endividamento e um aumento de R$370 milhões na liquidez de caixa. Posteriormente, a empresa planeja utilizar cerca de R$330 milhões desses recursos para resgatar o montante disponível de suas Senior Notes de 8,875% com vencimento em 2022.
A receita de gerenciamento de ativos e a redução na despesa de juros contribuirão com mais de R$420 milhões no lucro da Companhia em 2020, e melhorará os indicadores de crédito da GOL, diminuindo a relação dívida líquida/EBITDA em 0,2x, e incrementará a relação EBITDA/despesa de juros líquidos em 0,5x. Os resultados auferidos nesta transação demonstram a consistência de valor de mercado da aeronave Boeing 737 e a criação contínua de valor aos acionistas da GOL.
Experiência do Cliente
O perfil e a diversidade dos Clientes da GOL garantem o diferencial de liderança nesses dois mercados, e reforçam o compromisso da Companhia em ser a melhor empresa aérea para viajar, trabalhar e investir.
Ainda em 2019, a GOL atingiu o recorde histórico de vendas na Black Friday, com volumes acima de 450 mil bilhetes adquiridos e cerca de R$120 milhões acumulados em apenas um dia, com uma comercialização no período promocional totalizando mais de R$250 milhões. Isso representa um aumento de 50% de negócios adicionais em comparação à Black Friday de 2018.
“Os ótimos resultados atingidos nas vendas reforçam nosso propósito de sermos A Primeira Companhia Aérea Para Todos, oferecendo a melhor experiência para o Cliente em termos de produtos e serviços, com o mais baixo custo do mercado”, comentou Kakinoff.
O Net Promoter Score (NPS) trimestral da GOL sinaliza a combinação vencedora do produto best-in-market e o elevado engajamento da equipe de atendimento ao Cliente da GOL. Pelo terceiro ano consecutivo, a GOL conquistou o prêmio Top of Mind, do Instituto Datafolha, como a Companhia aérea mais lembrada e preferida pelos brasileiros, e pela sexta vez foi reconhecida pela premiação Empresas da Década da revista Consumidor Moderno, sendo a única aérea entre as vencedoras.
“Estes reconhecimentos são resultado de inovações contínuas em todos os nossos produtos e serviços, e refletem nossa proximidade com os Clientes no seu dia a dia”, complementou Kakinoff.
Sustentabilidade
A GOL busca ser uma referência mundial na transformação da aviação ao patamar mais sustentável. Para isso, procura ativamente aumentar sua sustentabilidade por meio da adoção de novas tecnologias que reduzem o consumo de combustível e as emissões de GEE. Como parte dessa estratégia, a Companhia opera uma frota padronizada, e está migrando para as aeronaves 737 MAX 8, que consomem 15% menos combustível comparativamente às aeronaves 737-800 NG.
Desde 2016, a GOL aderiu voluntariamente à Coalizão de Liderança em Preços de Carbono (CPLC), uma iniciativa global para precificar adequadamente o carbono para mitigar as mudanças climáticas e “descarbonizar” a economia, fazendo parte do Índice ICO2. Além disso, integra o Below50, que reúne entidades que se comprometem a utilizarem combustível renovável que reduza as emissões de GEE em 50% ou mais, se comparado ao combustível fóssil equivalente.
A Companhia reporta informações ESG relevantes para investidores de acordo com o padrão Sustainability Accounting Standards Board (“SASB”) para o setor aéreo (TR0201).
Mais informações: http://www.voegol.com.br