Campeão de notificações de casos suspeitos de microcefalia, malformação relacionada ao vírus Zika, Pernambuco vai receber, na capital Recife, cerca de 2 mil turistas uruguaios para o jogo Brasil x Uruguai, que ocorre na sexta-feira (25), na Arena Pernambuco, às 21h45. O jogo é de eliminação para a Copa do Mundo da Rússia 2018.
Durante a apresentação do Plano de Ação de Governo para o evento, o secretário estadual de Turismo, Felipe Carreras, disse que as notícias sobre o vírus Zika não intimidaram os turistas estrangeiros. “Dos jogos realizados no Nordeste – tem um no Ceará e outro na Bahia – Pernambuco está recebendo o maior número de turistas estrangeiros. Quase 5% do público é uruguaio, 2 mil visitantes”, comemora. Os 44.730 ingressos que estavam disponíveis se esgotaram.
Para prevenir casos de arboviroses (dengue, chikungunya e zika) transmitidas pelo Aedes aegypti, a secretaria de saúde informou que, desde o dia 15 de março, houve reforço nas ações de controle do mosquito na Arena Pernambuco, nos hotéis das delegações e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e também na área hoteleira como um todo, com aplicação de larvicida e eliminação de focos de água parada. No dia do jogo vão ser distribuídos 50 mil sachês de repelente doados por uma empresa para o evento.
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Além da torcida do Uruguai, Pernambuco também vai receber pessoas de outros estados do Nordeste para ver o jogo. Dezesseis por cento do público é de nordestinos. Os pernambucanos ocupam 56% das cadeiras da Arena e 23% é formada por grupos cujo número de ingressos não permite à CBF identificar a origem. O estado calcula que pelo menos 7% desse restante venham de outros estados do Brasil.
A expectativa do governo é que os turistas movimentem mais de R$ 10 milhões. O estado vai receber cerca de 8 mil visitantes para assistir a partida, que acabam aproveitando para conhecer outras atrações – e movimentam a economia local. A secretaria calcula que os turistas estrangeiros fiquem, em média, 7 dias no Recife, enquanto os brasileiros de fora, devem ficar 4 dias em média.
Segundo o secretário Felipe Carreras, o turismo tem crescido no estado, a despeito do vírus Zika. “Fernando de Noronha está com a melhor ocupação da sua história. A gente tem tido resultado muito favorável. Essa questão cambial tem favorecido o turismo interno. O brasileiro está viajando mais dentro do Brasil, o nordestino dentro do Nordeste, o pernambucano viajando dentro do seu próprio estado. Também estamos recebendo mais turistas internacionais, na medida em que a sua moeda vale mais dentro do Brasil, e o turismo tem sido um capítulo especial desse cenário de crise, se transformando em um cenário de oportunidade para os pernambucanos”, avalia. (Agência Brasil)