A cidade de Fortaleza vem sofrendo uma onda de ataques a ônibus e prédios públicos que tiveram início na última sexta-feira (27). Esses ataques provocaram incêndio total ou parcial de 16 ônibus da frota do transporte público, além de tiros e materiais explosivos arremessados contra prédios públicos e privados.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
Segundo o governo municipal, essas ações representam uma represália de uma facção criminosa pela morte de três bandidos, que trocaram tiros com policiais em Amontada, no interior do Ceará, na quinta-feira (26), um dia antes da sequência de crimes. O DIÁRIO conversou com o secretário de Turismo de Fortaleza, Régis Medeiros e, segundo o executivo, a violência é fato, mas descarta uma guerra civil ou desdobramentos que possam afetar o fluxo turístico da capital cearense.
“Essa questão (do incêndio) dos ônibus foi uma ação pontual em represália à ação da polícia em combate a essas facções criminosas, que estão espalhadas por todo o Brasil e não só em Fortaleza. Foi uma represália, pois estão acuados pelo trabalho e investimentos em segurança pública que o governo estadual vem fazendo”, disse Régis ao DIÁRIO. E o secretário completa: “A repercussão ganha esse tamanho nacional, como se estivéssemos em uma guerra civil, mas está longe disso”, ponderou Medeiros.
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Área turística
Ainda segundo Medeiros, a área turística, compreendida como a Avenida Beira Mar, Praia do Futuro e Praia de Iracema, onde efetivamente há circulação de turistas, não há problema nenhum. “Os ataques são em áreas distantes do centro turístico, longe da orla e longe dos hotéis. Infelizmente são guerras entre as gangues, represálias, e os alvos são sempre os ônibus, exatamente para criar esse pânico, esse terror”, lamenta o secretário.
“O governo do estado do Ceará está investindo muito em segurança, no aparato da polícia, em carros, equipamentos, em inteligência, em helicópteros”. Ele finaliza lembrando que está sendo instalado um centro integrado de inteligência da polícia civil e militar em Fortaleza.