Recentemente, uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o setor de turismo já conseguiu recriar, a partir de maio de 2021, 290 mil vagas de emprego, destacando-se bares e restaurantes (+220,5 mil) e serviços de hospedagem (+61,2 mil).

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A pesquisa mostrou também que desde maio do ano passado, os saldos mensais entre admissões e desligamentos se mostraram positivos. A expectativa da entidade é que, com a manutenção do ritmo de atividades e duas altas temporadas, o setor gere até o fim deste ano 193,6 mil vagas, encerrando 2022 com a abertura líquida de 258,1 mil postos formais de trabalho. As atividades turísticas, finalmente, estão próximas de igualar o faturamento pré-pandemia, e não podemos permitir que esses números voltem a recuar.

Os dados são impressionantes e vibram o entusiasmo na retomada do turismo. Mas, com o aumento de casos de Covid-19, algumas cidades brasileiras voltaram a obrigar ou recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados, o que é uma medida necessária e que deve ser respeitada por todos os brasileiros para que o cenário vivido em 2019 não volte a acontecer.

“A expectativa é que o setor gere até o fim deste ano 193,6 mil vagas, encerrando 2022 com a abertura líquida de 258,1 mil postos formais de trabalho”.

Fato é que, as pessoas estão ávidas por viajar. Portanto, vão priorizar os estabelecimentos que adotem proteções para evitar a contaminação. Diante disso, acredito que a implementação de medidas são suficientes e as pessoas continuarão a seguir com a imunização por que querem viajar. É muito importante incentivarmos isso, não só para manter nosso setor de pé, mas para preservar a saúde do nosso país.

Portanto, eu não acredito que o aumento de casos de Covid impacte na recuperação do turismo. É claro que algumas cidades e alguns destinos turísticos estão retomando as precauções, como por exemplo o uso de máscaras em ambientes fechados e reiterando também a proteção em transportes públicos, o que é extremamente positivo. Esta postura, inclusive, denota que o governo está atento à saúde pública e às demandas regionais.

Mas como entidade representante do turismo brasileiro, acredito que devemos incentivar que as pessoas tomem as doses completas, respeitem as proteções adicionais programadas no Plano Nacional de Imunização e que, ao viajarem, optem por locais abertos e que grupos mais frágeis como idosos e crianças reforcem os cuidados neste momento. Retroceder, para nós, não é uma opção. Seguiremos sempre em busca de adaptações e recomeços.

*Alexandre Sampaio é presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).