Rubiana Turelli, gerente de mercado Brasil do Valle Nevado (Chile), revelou um pouco sobre seu trabalho de promoção do destino. Confira a entrevista completa
Marcos J T. Oliveira, repórter freelancer do DIÁRIO
Localizado a cerca de 60km de Santiago (Chile) a partir do aeroporto, o Valle Nevado Ski Resort é formado pelos hotéis – Tres Puntas, Puerta del Sol e Valle Nevado -, além de seis restaurantes, seis bares e pubs, 44 pistas para esqui ou snowboard, 17 teleféricos, lojas e apartamentos residenciais. Para oferecer essa gama de detalhes aos operadores brasileiros está Rubiana Turelli, gerente de mercado Brasil do Valle Nevado.
Rubiana é graduada em Turismo e com pós-graduação em Marketing. A executiva está há nove anos no segmento de turismo e tem passagens por nomes de peso, como Varig e Tam Viagens. Ela conversou com o DIÁRIO e contou alguns dados da estação e como é o relacionamento com os segmentos de venda e comercial.
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DIÁRIO: Como está a marca Valle Nevado no Brasil, atualmente?
Rubiana Turelli: Posso afirmar que é a estação querida dos brasileiros. Quando se fala em neve, muitos no Brasil já associam a experiência com Valle Nevado. A Argentina tem algumas estações de esqui e há muitos anos, muitos brasileiros viajavam para lá em quantidade, mas, hoje, acho que houve uma migração. O Chile, na última década, teve o papel de reverter e fez um apelo muito grande. Revelando-se como um destino múltiplo que combina vários climas e paisagens, além de mesclar estabilidade financeira e oferta turística de excelência. Isso tudo fez com o que o número de brasileiros aumentasse. E nesse contexto, o Valle Nevado associou-se ao destino para promover seus diferenciais.
DIÁRIO: Fale um pouco sobre o perfil dos brasileiros que frequentam a estação. E o Brasil está em qual posição na lista dos países emissores?
Rubiana Turelli: É bastante diversificado, tanto para brasileiros quanto para visitantes de outros países. Os turistas do Brasil que chegam ao Valle Nevado podem ser divididos em dois grandes grupos os que que visitam uma vez e retornam no ano seguinte para mais pernoites e outros que vão para conhecer usando um ski day. Estes últimos, são os visitantes que estão no Chile conhecendo Santiago e combinam um dia para conhecerem a Cordilheira dos Andes e a neve. Além destes dois perfis, destaco os esquiadores profissionais, estes também costumam ficar de três a quatro noites na estação. O Brasil já é o país que mais envia turistas internacionais (cerca de 60%).
DIÁRIO: Que ações estão implementando aqui para fomentar a ida do brasileiro e em infraestrutura?
Rubiana Turelli: Planejamos campanhas com bandeiras de cartões de crédito. Em 2016, fechamos uma parceria com o banco Itaú e este ano com a Mastercard. Além disso, incrementamos uma parceria comercial com empreendimentos no Deserto do Atacama e no Vale do Colchagua (regiões do Chile), assim, o visitante do Valle Nevado pode combinar alguns dias a mais pelo Chile e com desconto. Outra novidade em termos de infraestrutura é a renovação do Bar Lounge e do restaurante Don Giovani.
DIÁRIO: Como é vender a neve, a experiência para quem nunca esquiou? O agente e operador precisam de capacitação constante?
Rubiana Turelli: O ski tem muitos detalhes. Oferecer a experiência para quem não conhece é um momento fundamental da venda, pois é nesse momento que o profissional de turismo precisa entender. Geralmente a venda acontece através de operadores e tem muito detalhamento. São tarifas, equipamentos, roupas especiais, entre outros itens. Por mais conhecimento que tenham, os profissionais, temos que estar constantemente realizando capacitações. Cada estação tem suas especificidades, preços e temporadas de neves distintas, isso faz com que nosso trabalho seja durante o ano inteiro