Segmento de viagens corporativas cresce 144% em fevereiro, mas ainda é 34% menor que em 2021

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Duramente afetado pela pandemia, o segmento de viagens corporativas começa a se recuperar. Em fevereiro de 2022 o faturamento dos setores ligados às viagens corporativas foi de R$ 5,4 bilhões, segundo levantamento feito pela FecomercioSP em parceria com a ALAGEV. Porém, o faturamento atual está quase R$ 3 bilhões menor que o de 2020, ou seja, 34,6% abaixo.

EDIÇÃO DO DT com Agências


Dados do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC) realizado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV), revelam que no mês de fevereiro o faturamento dos setores ligados às viagens corporativas somou R$ 5,4 bilhões, o que implica em um crescimento da ordem de 143,7% de crescimento em relação ao mesmo período de 2021, quando o valor foi de R$ 2,2 bilhões, ou seja, 34,6% menor.

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Segundo o levantamento, esse resultado expressivo tem duas explicações. A primeira é a retomada da economia com a vacinação avançada e do menor receio da população e das empresas em realizar deslocamentos pelo país. Por mais que o cenário no mês tenha sido, em parte, impactado pela variante Ômicron, não houve restrições relevantes e a oferta de serviços manteve-se em alta.

A segunda explicação é pela base fraca de comparação. Neste período de 2021, o país vivia a segunda onda da pandemia do coronavírus, com recordes de mortes e restrições significativas das atividades, sobretudo a de eventos. A oferta de serviços, como transporte aéreo e meios de hospedagem, ainda estava longe de regressar a patamares razoáveis.

Com isso, o dado do mês é muito positivo, mas deve também ser contextualizado com o cenário pré-pandemia. Se comparado a fevereiro de 2020, último mês antes da primeira onda do coronavírus, o faturamento atual está quase R$ 3 bilhões menor, ou seja, 34,6% abaixo.

Próximos meses serão decisivos para as viagens corporativas

De acordo com o Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), os próximos meses serão decisivos, pois ainda existem obstáculos que afetam as decisões das viagens corporativas e de lazer, como é o caso do preço das passagens. Preços de passagens altos tendem a se refletir em menos viagens, afetando toda a cadeia do turismo. A tendência é que, a conjuntura econômica de inflação e juros altos esfrie os negócios, implicando em um ritmo menor do que o esperado meses atrás.

Na opinião de Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da ALAGEV, “mesmo com diversos desafios e um longo caminho para a efetiva recuperação, estamos observando uma retomada confiante. Esses dados mostram que as empresas estão retornando os seus investimentos em eventos e viagens, o que favorece o desempenho das áreas de transporte aéreo, locação de veículos e meios de hospedagem, entre outros. Vale ressaltar também que o nosso setor tem um peso importante no aumento das oportunidades de emprego”.

Mesmo com obstáculos apontados no levantamento, Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, também acredita no caminho da recuperação. Segundo ela, “as estratégias que estimulem mais viagens de negócios ou que combinem negócios e lazer podem ajudar na recuperação dos índices de ocupação; a diversificação nos serviços e a oferta de conectividade (internet de qualidade) podem também ajudar especialmente na atração de profissionais autônomos que buscam ampliar a sua área de atuação”.

Para acessar o conteúdo completo do estudo, acesse este link.

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