O livro “Cidadela” se destaca por ter sido escrito por Saint-Exupéry mas não foi terminado por ele. Reconhecido como sua obra póstuma, “Cidadela” foi esboçado desde 1936, mas grande parte de seu conteúdo foi elaborado paralelamente aos últimos livros publicados quando o autor era vivo, como: “Terra dos Homens”, “Piloto de Guerra”, e “O Pequeno Príncipe”. Reunidas em um só livro, as folhas escritas em vários anos por Saint-Exupéry formam um grande conjunto de reflexões sobre a vida e sua trajetória em meio ao que o autor vivia em cada época.
Cidadela de Saint-Exupéry
“Cidadela”, foi publicado 4 anos depois de sua morte, em 1948, onde o autor queria apresentar uma obra profunda, filosófica, sobre a relação do homem com Deus (uma vez que ele era muito espiritualizado), a condição humana, e até o sentido da vida. Quem organizou os manuscritos de Cidadela foi Nelly de Voguë, grande amiga e também sua primeira biógrafa.
E analisando essa frase especial em seu livro, propomos uma reflexão: Você com certeza já conheceu uma pessoa orgulhosa, que dificilmente dá o braço a torcer e admite estar errada em alguma situação. São pessoas que veem essa atitude de reconhecer o próprio erro como uma fraqueza, preferindo estarem com a razão do que preservar uma amizade ou evitar uma briga.
Sem muito extremismo, às vezes acontece até conosco em situações simples, que por vergonha de admitir o próprio erro, preferimos encobrir. Mas essa atitude, acaba nos inibindo de aprender com os próprios erros, e entender que ser humilde e reconhecer alguma coisa nunca é sinal de fraqueza, mas de força.
Quando somos limpos de coração, recebemos o melhor em troca. Quando você comete um deslize no trabalho, por exemplo, é muito melhor que seu supervisor saiba por você do que pelo cliente, é sinal de confiança e de que você está fazendo o seu melhor, jogando limpo para receber em troca.
Sempre que pensar que errar é uma vergonha, lembre-se que o melhor que você pode fazer é aprender com ele.
Em outra perspectiva, também precisamos ser humildes em aceitar ajuda ou compartilhar nossos conhecimentos com os outros, ao invés de guardar só para si. O que nos marca nesse mundo é a troca com o outro, um carinho, uma experiência, mas pra isso é necessário estarmos dispostos em oferecer algo. Outra frase de Saint-Exupéry diz que “quanto mais de dá, mais se tem”, mas só podemos dar aquilo que recebemos, e isso se trata de amor, respeito, valores. Não podemos nos humilhar por um amor que não é nosso, se fosse, seria dado de bom grado. Quando entendemos isso o mundo fica muito mais simples. O que você tem oferecido ao mundo?
Crédito: José Augusto Cavalcanti Wanderley
Colaborou: Nicole B. Vieira da Rocha Santos.