O Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar tem como principal objetivo gerar dados para subsidiar planos de conservação da anta (Tapirus terrestris), da queixada (Tayassu pecari) e da onça-pintada (Panthera onca). A expectativa é que as atividades em campo comecem no ano que vem.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
O Programa surgiu da necessidade de uma agenda integrada para monitoramento e conservação de grandes mamíferos. Isso porque o resultado de 15 anos de pesquisa na região indicou que a maior presença dessas espécies está em locais mais elevados e remotos, deixando muitas áreas de floresta demograficamente vazias de grandes mamíferos, inclusive em Unidades de Conservação.
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Para desenvolver o trabalho, o Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar atua em quatro frentes de ação: Monitoramento em larga escala. São 17 mil km² de atuação nos estados de São Paulo e Paraná, com coleta de dados de maneira científica e sistemática; o Planejamento de Conservação, para apoiar os tomadores de decisão nas ações de proteção e manejo; a Sensibilização, para gerar mais conhecimento e valorização da fauna da Mata Atlântica por toda a sociedade e, por fim, a Rede de Monitoramento.
O programa é uma iniciativa idealizada por pesquisadores do Instituto Manacá e do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC). Atualmente, a Rede de Monitoramento, conta com cerca de 20 membros, que contribuirão com levantamento de dados, equipes e outros recursos.
“Essas espécies são essenciais para o equilíbrio do ecossistema e, uma vez que a floresta esteja saudável, continuará fornecendo os serviços ecossistêmicos que garantem o bem-estar e qualidade de vida da sociedade, principalmente a disponibilidade hídrica e a regulação do clima” nos conta Bianca Ingberman, doutora em Ecologia e Conservação pela UFPR e pesquisadora do IPeC.