“Tanto o setor hoteleiro, quanto o de alimentação fora do lar vêm buscando alternativas para compensar as perdas causadas pela pandemia. E o resultado está aí no levantamento do IBGE e nas projeções da CNC”, afirma o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) Alexandre Sampaio
Edição do DIÁRIO com agências
Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a receita do setor de serviços cresceu 1,1% entre junho e julho de 2021.
O resultado mensal veio próximo à expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) – que projetava uma variação de 1,2%.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado houve uma variação de +17,8% – taxa influenciada pela baixa base comparativa decorrente do início da flexibilização da quarentena após a primeira onda de contaminação da população.
“Tanto o setor hoteleiro, quanto o de alimentação fora do lar vêm buscando alternativas para compensar as perdas causadas pela pandemia. E o resultado está aí no levantamento do IBGE e nas projeções da CNC”, afirma o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) Alexandre Sampaio.
O IBGE aponta que a flexibilização do isolamento social e as queda no número de contaminações e mortes causadas pela Covid-19 têm viabilizado a retomada dos serviços de alojamento e alimentação (+42,3% em relação a março deste ano).
Para Sampaio, hotéis, bares e restaurantes têm reagido dentro do esperado, mas a expectativa é de que com os feriados do Dia de Nossa Senhora da Aparecida (12 de outubro) e Finados (2 de novembro), e principalmente com as festas de fim de ano, haja um aumento considerável pela procura destes serviços.
As perdas mensais de receitas recuaram pelo quarto mês consecutivo, aponta o presidente da FBHA, que destaca os impactos da pandemia no turismo. “Em julho, as atividades turísticas somaram R$ 17,4 bilhões em perdas e operavam, em média, com 63% da sua capacidade de geração de receitas, segundo levantamento realizado pela CNC. Pelas contas da entidade, o setor já acumula perda de R$ 413,1 bilhões desde o início da crise”.
Os estados de São Paulo (R$ 171,6 bilhões) e do Rio de Janeiro (R$ 50,2 bilhões), principais focos da Covid-19 no Brasil, concentram mais da metade (54%) da perda nacional de receitas com serviços turísticos desde o início da pandemia.
Pela primeira vez desde o início da pandemia, as atividades turísticas acumulam mais admissões (1,061 milhão) do que desligamentos de funcionários (1,018 milhão), de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Sampaio considera que assuntos como a exigência da vacina para frequentar restaurantes e hotéis e a nova formatação de delivery no Brasil também contribuem para a retomada turística.