Sim ou Não?: um basta à procrastinação!

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CONSELHO EDITORIAL DO DT

O dia a dia de cada um de nós, não importa o ramo em que se atua, pede decisões. O modus enrolandi, prática antiga e uma espécie de traço cultural do brasileiro, transformou-se em expediente que trava, paralisa e compromete o andamento dos processos, da finalização de algo.

Esse comportamento foi e tem sido crucial nas relações entre as empresas e agora, potencializado pela impessoalidade dos recursos digitais.

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A indecisão (sistemática e deliberada) de que falamos tem nada a ver com zelo, cautela ou necessidade de reflexão justificável. Trata-se, sim, de submeter o outro a esperas intermináveis e exaustivas, onde o tempo, nosso ativo fugaz e precioso, vaza pelo vão dos dedos. No fundo, procrastinar implica em cozinhar o interlocutor em banho-maria, em flagrante desapreço a negociações em curso.

Do ponto de vista do papel dos gestores de empresas, que analisam propostas e conduzem negociações, empurrar com barriga revela indiferença e nenhum compromisso com a transparência. Talvez revele, também, despreparo para a função, porque lhe falta coragem para dizer não e segurança de dizer sim.

Ou seja: gestor tíbio, frouxo e avesso à própria prerrogativa de decidir. A somatória de indecisões sucessivas, mesmo que relativas a pequenos eventos, pode configurar um desastre. Contamina o papel dos subordinados, que muitas vezes são industriados para reproduzir a ditadura do talvez.

No trabalho cotidiano de fazer a roda girar DIÁRIO DO TURISMO girar, os efeitos desse comportamento amplificam, em muito, a taxa de stress. Um jornal como o nosso, diário, se faz com prontidão e ritmo. Mesmo as chamadas notícias frias têm timing. São tonificadas e ganham vida quando editadas e publicadas no contexto oportuno. Se a fonte procrastina, um abraço!

Essa reflexão alcança o espaço inovador e desconcertante das startups, tão contemporâneas, tão atuais, fincadas no espírito da criatividade, prosperam à base de tomadas de decisão. Startups bem sucedidas são avessas à pressa, mas cultivam a rapidez. Sabem, muito bem, que chegar na frente não se confunde com correr atrás.

Nas startaps as decisões são rápidas: alguém tem uma ideia, que vira um anteprojeto, que vira um projeto e precisa de aporte financeiro para se colocar o ovo em pé. Startups buscam sinal verde, mas estão preparadas para o vermelho. Porém, o amarelo é impraticável.

No âmbito das empresas indecisões fecham as portas, desestimulam. Em um momento de retomada como este é preciso mais assertividade, vontade. Ou Sim, ou Não! Afinal, a melhor decisão, não importa o caso, é aquele que se toma. E a vida segue.

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