A empresa aérea estatal, South African Airways (SAA) apresentou um comunicado nesta segunda feira (28) informando que conseguiu um aporte financeiro para escapar da falência.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
A SAA durante anos foi assolada por problemas de corrupção e desperdício e precisou de pacotes de auxílio do governo para cobrir os prejuízos contabilizados na maior parte dos últimos dez anos. No último ano entrou no no processo de proteção contra credores — uma alternativa à falência. Veja a nota na íntegra de seu conselho de administração:
“Conclusão do processo de aporte financeiro inicial da SAA. (Post Commencement Funding PCF).
Os profissionais responsáveis pelo plano de reestruturação da South African Airways, apoiados pelo Departamento de Empresas Públicas (DPE) e pelo Tesouro Nacional (NT) da África do Sul, conseguiram obter o montante, para processo de aporte financeiro inicial da SAA (PCF), necessário para atender os requisitos de liquidez de curto prazo da companhia aérea para o período, até a publicação e adoção do plano de reestruturação (business rescue). Este plano é exigido nos termos da Seção 150 da Lei das Empresas da África do Sul e é de responsabilidade dos profissionais (practitioners) designados para a restruturação.
O avanço na obtenção dos fundos vem como parte do processo de reestruturação, iniciado em 5 de dezembro de 2019, tendo como parceiros bancos comerciais locais que forneceram o PCF inicial de R2 bilhões, em soma das obrigações existentes. As discussões realizadas com as instituições financeiras foram frutíferas tendo o Banco de Desenvolvimento da África Austral oferecido a próxima parcela do PCF, no valor total de R3,5 bilhões, com uma retirada imediata de R2 bilhões. Além disso, o financiamento para a fase de reestruturação após a adoção do plano está sendo considerado pelos potenciais financiadores.
A reestruturação da SAA proporcionará uma oportunidade para o desenvolvimento de uma companhia aérea sustentável, competitiva e eficiente, mantendo o objetivo do governo de ter um parceiro estratégico no negócio, resultando na preservação de empregos sempre que possível. A SAA é um ativo estratégico essencial que precisa ser posicionado para fornecer conectividade confiável aos mercados da África do Sul, do continente africano e também para atender rotas internacionais especificas. As partes interessadas na companhia aérea agora devem ter o conforto de que o processo de reestruturação segue em uma base significativamente mais sólida e que os passageiros, as agências de viagens e as companhias aéreas parceiras podem continuar a efetuar suas reservas na SAA com confiança.