Tabuleiro do Acarajé traz o dendê para o coração de São Paulo

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Da Série Jesuíno Pascoal

por Mary Ellen Aquino


 
Entre os séculos VII e XIX os árabes levaram à África Ocidental o tradicional bolinho falafel (originalmente de grão de bico), que foi posteriormente adaptado com feijão fradinho.  Da África para a Bahia foi um pulo. Lá foi recheado com vatapá, caruru, camarão, vinagrete, pimenta e dendê.
Como todos sabem, muito da rica culinária brasileira foi trazida pelos africanos escravizados; o acarajé, principalmente, é comida para oferenda aos orixás no candomblé originário da Mama Negra.

Há sete anos as baianas radicadas em São Paulo, Miri e Fátima de Castro, fundaram o Tabuleiro do Acarajé

Há sete anos as baianas radicadas em São Paulo, Miri e Fátima de Castro, emplacaram o Tabuleiro do Acarajé, no Bairro de Santa Cecília, uma veia gastronômica próxima ao coração da cidade. Lá tem a pipoca de dendê, caipirinhas de umbu e seriguela preparadas com rapadura embaladas na colher longa, por Ronaldo de Castro, irmão das donas do Tabuleiro.
O Acarajé é o carro-chefe da casa

Comidas coloridas pelo tempero nas sextas-feiras na religião africana são consideradas desrespeitosas aos orixás, então a casa não abre. Mas as quartas-feiras sempre tem uma banda de choro, bem agradável.
O cuscuz de tapioca com leite condensado merece todos os adjetivos que elevam a casa próxima à excelência, mas estrela do endereço é o acarajé bem apetitoso. A pimenta é bem preparada pelas artistas da terra de Jorge Amado e na medida certa para os paladares mais sensíveis. O espaço não tem mesas e o público jovem se espalha pelas calçadas e uma arquibancada instalada no local.
O cuscuz de tapioca com leite condensado merece todos os adjetivos que elevam a casa próxima à excelência

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SERVIÇO:

EndereçoR. Jesuíno Pascoal, 30 – Santa Cecilia, São Paulo – SP, 01224-050

Horário

seg.-sex. 18:00–21:00
sáb. 13:00–17:00
dom. Fechado
Telefone(11) 96534-3931
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MARY ELLEN AQUINO – ARTE, GASTRONOMIA E TURISMO
Mary é bacharel em Artes Cênicas pelo centro Universitário Barão de Mauá; atriz e produtora tem uma percepção gustativa refinada. Cresceu em um ambiente familiar predominantemente feminino, primeiramente com a mãe, chefe de cozinha, depois com as tias e a madrasta, que a inspiraram e a apuraram para a arte de analisar pratos e degustar as manifestações da arte. Mary Ellen é autora das seguintes peças teatrais: “O Ruído das Teresas”, ‘A Agulha que fere” e da biografia “Sinatra – O homem que sabia amar”. Responde pela coluna Ronda dos Sabores do DT.
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