Colheita da uva deve passar de 800 mil toneladas no RS, aponta Uvibra

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As previsões de colheita da Uva no Rio Grande do Sul podem ultrapassar as 800 mil toneladas este ano, segundo a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


Segundo o instituto, as condições de estiagem, combinadas com grande amplitude térmica diária, de dias quentes e noites frias, ocorridas no final da primavera e início do verão, não anteciparam o ciclo e foram muito favoráveis para a quantidade e a qualidade enológica das uvas precoces.

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Para o presidente Uvibra, Deunir Argenta, ter uma grande safra e de qualidade é um alento para um setor que viu seus estoques praticamente desaparecerem diante do excelente desempenho de vendas em 2020 em razão da pandemia. “As pessoas ficaram mais em casa, mudando hábitos de consumo. A alta do dólar também ajudou, fazendo com que o brasileiro degustasse e descobrisse o vinho brasileiro, aprovando a experiência, tanto pela qualidade, quanto pelo bom preço”, avalia. Argenta também destaca o problema da falta de garrafas que vem se agravando ano a ano. “Se já enfrentávamos este problema com uma safra menor, nosso grande desafio será resolver esta situação, uma vez que o consumo per capita subiu no ano passado”.

A safra gaúcha em números

Em nota, a Uvibra informa que dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 122 vivem do cultivo da uva, e não apenas os já conhecidos, como Bento Gonçalves, Garibaldi ou Caxias do Sul.  “Menos de um quinto deste grupo, ou seja, 22, produzem apenas variedades viníferas. Outras 34 cidades mesclam as áreas com uvas viníferas e americanas, e a grande maioria, 66 delas, se dedicam ao cultivo exclusivo das uvas americanas”, os são do Cadastro Vinícola do Estado do Rio Grande do Sul (SISDEVIN/DAS).

Viníferas

A aposta única nas viníferas está distribuída por diversas regiões em pequenas cidades, como André da Rocha, Bagé, Candiota, Canela, Dom Pedrito, Hulha Negra, Itaara, Itaqui, Lavras do Sul, Mariana Pimentel, Muitos Capões, Passo do Sobrado, Pedras Altas, Pinheiro Machado, Piratini, Quaraí, Rosário do Sul, Santana do Livramento, São Borja, São João do Polesine, São Sepé e Uruguaiana. Neste caso, a maior representatividade está em Santana do Livramento com 10% de toda produção de uvas viníferas do Estado, chegando a 6,9 mil toneladas no ano passado.

Considerando os municípios que cultivam viníferas e americanas, o maior produtor de uvas é Flores da Cunha com um total de 84 mil toneladas em 2020, seguido por Bento Gonçalves com 73 mil toneladas e Farroupilha com 50 mil toneladas. Entretanto, o maior produtor de uvas viníferas é Bento Gonçalves com 12 mil toneladas.

Das 735 mil toneladas de uvas colhidas em 2020 (IBGE) no Rio Grande do Sul, sendo 502 mil toneladas industrializadas, por cerca de 15 mil famílias, 86% são de variedades americanas. Das 34 castas cultivadas (21 tintas, 12 brancas e uma rosé), o grande destaque fica com as tintas Isabel e Bordô, amplamente usadas para a elaboração de suco de uva.

Quanto à viníferas, o cenário amplia para 78 variedades, sendo 38 tintas, 38 brancas e duas rosés. A maior produção é de Moscato Branco e Chardonnay, além das tintas Merlot e Cabernet Sauvignon. Castas como Garganega, Moscato Rosado e Itália (Pirovano 65) não ultrapassam mil quilos. Toda essa produção é processada por 614 vinícolas no Rio Grande do Sul, segundos dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em todo o Brasil, são 831 vinícolas.

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