Turismo em Brotas (SP) registra crescimento duas vezes maior que a média mundial

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A cidade de Brotas, no interior paulista, celebra a boa fase do turismo

Edição do DIÁRIO

O turismo de Brotas cresceu, em 2018, duas vezes mais que a média mundial. A quantidade de atividades realizadas no município (visitação de cachoeiras, rafting, boia-cross, trilhas, off road, canionismo, entre outras, além da hospedagem) aumentou 13,8% na comparação com 2017.

O número foi possível de quantificar graças ao voucher – pulseirinha usada pelo turista com as funções de controlar o número de visitantes e evitar a sonegação de impostos. No total, em 2018, foram utilizados 227.060 vouchers contra 199.466 em 2017. Como incide imposto sobre toda a atividade turística, a Prefeitura de Brotas também arrecadou 12% mais com o ISSQN Turístico: R$ 1.039 milhão em 2018 contra R$ 928 mil em 2017. No mundo, de acordo com o último levantamento Organização Mundial do Turismo (OMT), o turismo cresceu 6% no ano passado, na comparação com 2017. Ainda não foram divulgados dados específicos do turismo no Brasil, mas na América do Sul, aumentou 3,2% no ano passado.

Trata-se do segundo ano consecutivo que o turismo de Brotas tem desempenho positivo significativo, de duas casas decimais, na comparação com o período anterior, mesmo com a economia brasileira praticamente estagnada. De 2016 para 2017, a atividade turística em Brotas cresceu 15%. “O crescimento do turismo em Brotas representa mais empregos, maior renda e mais dinheiro nos cofres públicos, que é usado para melhorar e ampliar a infraestrutura para o turismo e também para custear educação e saúde dos brotenses”, enumera Fabio Pontes, secretário de Turismo.

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Ano a ano, o turismo torna-se a atividade econômica mais relevante em Brotas, já à frente do agronegócio. O setor responde por cerca de 25% dos empregos diretos no município, com carteira assinada, além dos temporários e indiretos. “Neste último mês de dezembro, que foi excelente, meios de hospedagem, ecoparques, operadoras de turismo de aventura e atrativos turísticos praticamente dobraram o número de colaboradores para atender a demanda. Entre o Natal e o fim de janeiro, a ocupação hoteleira ficou na casa dos 95%, o que é um índice excelente”, conta Pontes.

Pontes lembra que o turismo é considerada a atividade com maior potencial de distribuição de renda – atualmente, calcula-se que pode movimentar até 571 setores da economia. “Por isso, aqui em Brotas, o poder público e a iniciativa privada seguem investindo no turismo, com destaque para melhoria da infraestrutura, ampliação de atrativos e preservação do meio ambiente. Criamos calendário anual de eventos turísticos, reaproximamos os empresários do poder público, atualizamos o plano diretor de turismo e lançamos novos eventos como produtos turísticos. E investimentos em divulgação. Além de termos assessoria de imprensa exclusiva para o turismo, em 2018 elaboramos o plano de marketing do turismo de Brotas”, explica.

Novos empreendimentos estão sendo implantados em Brotas, ampliando o leque de opções para os turistas. No ano passado, entraram em operação seis novos atrativos: balonismo, caiaque duplo, ponte suspensa com vista para a cachoeira considerada a mais bonita do Estado de São Paulo, uma nova modalidade de tirolesa, em curvas, um centro de compras e uma piscina semiolímpica de borda infinita com vista para o vale Jacaré-Pepira dentro de um ecoparque.

Pioneirismo

Brotas foi a primeira cidade do Brasil a criar uma lei específica de turismo de aventura e natureza e que inspirou o Ministério do Turismo e a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) a implantar a normalização do turismo de aventura e ecoturismo no Brasil, através do Programa Aventura Segura. Em julho de 2014, veio o reconhecimento oficial do destino turístico, com elevação de Brotas à categoria de Estância Turística.

Em 2015, entrou em vigor a Lei do Voucher Turístico, uma pulserinha de papel colorida usada pelo turista para controlar o número de visitantes em cada atividade e, assim, não ultrapassar o limite definido no estudo de impacto ambiental, e evitar a sonegação de impostos sobre a atividade turística. Apesar do voucher ser obrigatório para toda e qualquer atividade turística, através dele não é possível mensurar o número de visitantes. Mas a estimativa da Secretaria de Turismo, com base nos números totais do setor, é que em 2018 tenha ultrapassado 300 mil turistas.

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