Onde está o Turismo na pauta dos programas de governo dos elegíveis em 2014?
Tenho refletido muito sobre essa questão e estou na busca de respostas, porém compartilho com todos que até o momento o vácuo existente nessa demanda tem gerado uma certa desesperança com o rumo do turismo nacional.
O blá-blá tão eloqüente nos discursos dos políticos tradicionais e padronizados, sequer tem se expandido para o mercado do turismo, fato que demonstra, mais uma vez, total desalento e desvalorização de um setor econômico que vem apresentando significativas de taxas e crescimento, mesmo quanto o panorama demonstra estar em outra direção.
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Um Turismo vigoroso e relevante se faz sobretudo, por meio de uma gestão compartilhada entre iniciativa privada e pública, no qual ambos identifiquem que o mesmo é estratégico e deve receber estudos e orientações que possibilitem seu pleno desenvolvimento, de forma sustentável e socializadora.
O papel até então, apenas tem sido cumprido por parte desse todo, ou seja, a iniciativa privada, com sua seriedade e esforços incontestáveis, representa a mola propulsora de toda a cadeia produtiva do turismo, tendo muitas vezes que ultrapassar empecilhos que o próprio parceiro público desconectado impõe, nos deixando menos competitivos e com um custo que assusta até os mais abastados.
"Convoco a todos que labutam na área, para que possamos realizar um lobby coerente e determinado junto aos principais candidatos tanto da esfera nacional quanto estadual" |
Se apesar de tudo, os números do mercado turístico brasileiros não são vexatórios, pelo contrário, são considerados por muitos, excepcionais, com todo o descaso recebido, dá para imaginar ou projetar que se realmente estivéssemos inseridos na pauta das discussões políticas, sem fusões e negociações de cargos, em mãos de conchavos partidários ou em alguns casos, simplesmente com escolhas no melhor estilo “ tô nem aí”.
Convoco a todos que labutam na área, para que possamos realizar um lobby coerente e determinado junto aos principais candidatos tanto da esfera nacional quanto estadual para que não haja mais uma vez omissão ou desprezo por uma área cujo potencial todos sabemos que existe e há muito merece ser tratada com muito mais consideração, prestígio, profissionalismo e acima de tudo dignidade!
Por um Turismo estratégico e não meramente coadjuvante, precisamos despertar àqueles que hoje são as opções disponíveis… mesmo que para isso tenhamos que usar de baldes de água fria com gelo, com consciência é calor, para não desperdiçar um bem que já falta em muitas cidades brasileiras… mas esse assunto é para outro artigo…
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* Andréa Nakane labuta há mais de 23 anos no mercado turístico, é sócia-proprietária da empresa Mestres da Hospitalidade e docente das Universidades Anhembi Morumbi e Metodista.