segunda-feira, junho 30, 2025
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Turistas estrangeiros são alvos de fraudes milionárias em Copacabana e Ipanema

Cinco homens foram presos em flagrante em uma operação conjunta da Polícia Civil e Militar nas praias da zona sul do Rio de Janeiro. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, publicada na última sexta-feira (27), os suspeitos, que se passavam por ambulantes, utilizavam maquininhas de cartão com telas propositalmente danificadas para aplicar golpes financeiros em turistas — a maioria estrangeiros.

As fraudes incluíam cobranças absurdas, como R$ 20 mil por uma caipirinha, R$ 7 mil por uma sunga e até R$ 1.000 por um maço de cigarros. As maquininhas adulteradas, com telas foscas ou arranhadas, dificultavam a visualização dos valores cobrados, facilitando a ação criminosa nas movimentadas praias de Copacabana e Ipanema.

Além das extorsões, os falsos ambulantes também comercializavam drogas e cigarros eletrônicos na orla. Os cinco presos estavam ligados a um grupo maior, com ao menos 20 integrantes, que atuava entre os postos 8 e 9, em Ipanema, e da avenida Princesa Isabel ao Posto 3, em Copacabana. De acordo com a polícia, os envolvidos mantinham relações com traficantes da comunidade Vila Kennedy, na zona oeste do Rio, que teriam se infiltrado na zona sul para ampliar suas fontes de lucro.

“Os suspeitos vinham sendo monitorados por imagens feitas por drone, demonstrando que praticavam tráfico de drogas e outros crimes na Praia de Copacabana”, explicou a delegada Patrícia Alemany, titular da Deat (Delegacia de Apoio ao Turismo). Ela acrescentou que a divisão dos lucros obtidos ainda está sendo investigada: “Em geral, o dinheiro é dividido entre os integrantes do grupo, mas estamos apurando se parte dos valores vai direto para o tráfico de drogas”.

Durante a operação, batizada de Praia Limpa, foram mobilizados 20 agentes e câmeras do 19º BPM. Todos os presos tinham antecedentes criminais e foram autuados por tráfico de drogas, estelionato, associação para o tráfico e contrabando de cigarros eletrônicos. Celulares, dinheiro em espécie, substâncias entorpecentes e outros objetos foram apreendidos.

Paralelamente, outro caso recente também chamou atenção. No início de junho, um ambulante foi preso em Copacabana após cobrar US$ 191 (cerca de R$ 1.000) por duas espigas de milho de um casal de turistas da República Dominicana. Inicialmente, o valor pedido foi de R$ 300, reduzido para R$ 60 após protestos — mas, ao realizar o pagamento com uma maquininha emprestada, o casal percebeu o golpe ao checar o aplicativo bancário.

Embora este caso não tenha ligação direta com a operação Praia Limpa, ele faz parte de um conjunto de investigações conduzidas pela polícia sobre fraudes e abusos cometidos contra turistas nas praias cariocas.(REDAÇÃO com Folha de São Paulo)

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