Valorização do franco suíço tem gerado danos ao turismo do país

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O presidente do principal grupo hoteleiro da Suíça pediu uma mobilização para reverter os danos que a valorização do franco suíço tem gerado à indústria turística do país.

O Banco Central suíço abruptamente abandonou a política de paridade e limite da moeda local ante o euro em janeiro do ano passado, fazendo com que a cotação disparasse.

A instituição repetidamente defendeu sua decisão de descartar uma política que era dita como insustentável, mas a medida aumentou o custo dos bens produzidos no país e fez com que o número de turistas caísse.

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“É hora de agir”, disse Casimir Platzer, presidente da Gastro Suisse, grupo de hotéis e restaurantes, em um artigo opinativo publicado no jornal “Schweiz am Sonntag”. “É urgentemente necessário convocar uma cúpula do turismo”.

Nos dois primeiros meses deste ano, o número de pernoites no país caiu 3,9%, na medida em que a valorização do franco desencorajou turistas a passar as férias de inverno nos Alpes suíços.

No ano passado, um levantamento do Fórum Econômico Mundial apontou o país como o mais caro do mundo para visitar.

“Parece que os sinos do alarme não foram ouvidos”, escreveu Platzer, citando “perdas em massa” causadas pelo franco suíço forte demais.

“Talvez porque a situação não é a mesma em todos os lugares. As cidades têm prosperado, mas turistas estão ficando longe das áreas montanhosas”, disse.

Enquanto turistas europeus em geral esquiam ou fazem trilhas nos Alpes, visitantes asiáticos geralmente fazem apenas passeios de um dia para as montanhas, segundo Platzer. O número de europeus em visita a essas regiões caiu até 40%, causando uma significativa queda de receitas para os negócios locais.

“As consequências do franco suíço forte [são] empreendimentos e empregos prejudicados”, disse. “A hora de fazer análises passou. Ações concretas são necessárias”, acrescentou, sem detalhar que medidas deveriam ser tomadas por uma cúpula do turismo. (Reuters)

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