Marcos J. T. Oliveira, repórter especial do DT
Um projeto muito elogiado na nova estrutura da 44ª Expo ABAV foi a Vila do Saber. As arenas receberam muitas palestras durante o primeiro dia e uma delas foi um debate sobre os legados dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos – realizados recentemente no Rio de Janeiro. Grandes nomes do turismo foram convidados para contarem suas experiências institucionais. Foram eles: Edmar Bull, presidente da Abav Nacional (moderador), Vinicius Lummertz, presidente da Embratur, Nilo Sergio Felix, presidente da Secretaria de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, Manuel da Gama, presidente do FOHB, Jun Yamamoto, diretor de Planejamento e Gestão Estratégica do Ministério do Turismo, e Paulo Kakinoff, presidente da Gol Linhas Aéreas.
Bull iniciou os trabalhos e já lançando perguntas aos painelistas e todos, logo na abertura das falas, foram categóricos quanto a dois pontos: os elogios à boa organização dos jogos e o retorno em mídia que o Rio de Janeiro ganhou durante o período. “Não temos como não comemorar. Mesmo com todos os problemas internos e externos, as imagens foram muito positivas. Foram mais de 5 bilhões de pessoas acompanhando, ou seja, não existem campanhas ao redor do mundo que seja mais assertiva que uma Olimpíadas”, pontuou Nilo Sergio Felix no início de sua intervenção.
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Paulo Kakinoff frisou que as companhias aéreas fizeram seu trabalho. “Nosso trabalho foi estratégico para permitir que o público viesse celebrar. Os Jogos Olímpicos cumpriram seu papel: retratar a cidade e o Rio de Janeiro foi muito bem promovido”, disse o presidente da Gol.
Manuel Gama apresentou uma temática um pouco delicada quando se fala de oferta hoteleira. “A superoferta está aí e temos que encarar de frente. O Rio de Janeiro pulou de 29 para 58 mil leitos, sem contar as vagas ofertadas pelo AirBnB. Aliás a empresa foi patrocinadora da Rio 2016. Agora temos que achar um ponto de equilíbrio sem que haja bônus ou ônus para nenhum dos dois lados”, disse o presidente do FOHB. Ele pontuou que o Rio de janeiro necessita de um marketing agressivo para pelo menos nos próximos dois anos estar acima do break even para que em dois anos o mercado reaja e volte às taxas normais.
“Tínhamos que percorrer morro acima! Estávamos com a crise política e econômica no auge, uma má vontade de muitos setores, a imprensa nacional e internacional querendo noticias tudo o que era negativo, ou seja, um azedume tremendo. Vencemos tudo isso. Temos agora que avaliar os resultados e planejar o pós-evento”, destacou Vinicius Lummertz, presidente da Embratur.
Jun Yamamoto, do Ministério do Turismo, apresentou alguns números positivos. “Estamos no caminho certo. Em um comparativo com as três últimas olimpíadas, o número de turistas chegou a 1,7 milhões. Os dados dos visitantes no Rio chegam a 1,4 milhões. Além disso, 550 mil pessoas transitaram pelas instalações da Casa Brasil no Boulervard Olímpico. São dados muito positivos”, disse o diretor de Planejamento e Gestão Estratégica do MTur.
“Estamos indo na direção certa e temos que continuar trabalhando a imagem do País de maneira uniforme e integrada, principalmente entre governo e iniciativa privada”, instou Jun.