Aéreas ajustam capacidade frente à queda na demanda

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Diante da queda na demanda por viagens aéreas, as companhias nacionais têm ajustado sua capacidade ao reduzir o tamanho de suas frotas. A Azul deve entregar 20 aeronaves até meados do ano e a Avianca tem buscado cancelar a chegada dos aviões, após encomenda feita para renovar sua frota. Enquanto tentam executar medidas para minimizar o efeito da crise, representantes do setor também exigem mudanças no sistema regulatório e tarifário, em direção a uma padronização das normas brasileiras às regras internacionais.

O presidente da Avianca Brasil, José Efromovich, afirmou que as companhias, por terem planejamento de médio prazo, não conseguem ajustar a oferta de maneira imediata. No caso da Avianca, foi feito um pedido em 2015 para renovar a frota, mas a ideia agora é devolver aeronaves para evitar uma oferta excessiva.

O executivo apontou ainda que a retração não significa uma oportunidade de crescimento de concorrentes. Para ele, a redução de capacidade prejudica todas as empresas do setor.

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A Azul também tem reduzido a oferta e deve diminuir sua frota em 20 aeronaves até meados de 2016. O presidente da companhia, Antonoaldo Neves, afirmou que um dos principais fatores que tem pesado nas aéreas é a alta do dólar, que afeta os custos das companhias. No entanto, ele disse acreditar que ainda há potencial de crescimento no País, principalmente em viagens para turismo. Para o executivo, o setor teve crescimento no passado recente pelo boom do consumo e pelo aumento da renda per capita da população. Agora o momento é de expandir pela eficiência operacional.

Para que esse potencial seja concretizado e as companhias ganhem competitividade, representantes do setor defendem mudanças tarifárias e regulatórias que levem o País para um padrão semelhante ao internacional. O presidente da Azul citou que houve uma elevação de 72% na tarifa de navegação e que a companhia gasta por mês R$ 30 milhões com essa conta. Ao mesmo tempo, muitos dos encargos, de equipamentos, por exemplo, continuam a residir sobre a companhia, e não a concessionária do aeroporto.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz, criticou as diferentes alíquotas de ICMS pelos Estados no País e o sistema de tarifas de conexão, além dos custos de bagagens. Para o executivo, essas questões acabam trazendo distorções no mercado, uma vez que as despesas são distribuídas por todos os consumidores, mesmo entre aqueles, por exemplo, que não fazem conexões ou que carregam uma bagagem mínima. (Estadão Conteúdo)

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