Amazônia ganha hotel de vanguarda em sustentabilidade, a ser inaugurado em 2023

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Com abertura prevista para 2023, o hotel Mirante do Madadá começa a ser construído em área de preservação no médio Rio Negro, no coração do Amazonas, frente ao segundo maior arquipélago fluvial do mundo, o Parque Nacional de Anavilhanas, que contempla cerca de 400 ilhas de floresta virgem e biodiversidade abundante, entre samaúmas e castanheiras gigantes, jacarés-açu e botos-cor-de-rosa.

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


O local será base de uma operação de ecoturismo que pretende elevar a experiência amazônica a um outro nível – a começar pelo design do projeto, cujos materiais, elementos e tecnologia assimilam da natureza as soluções para trazer um modelo integrado de forma simbiótica ao ecossistema natural e cultural da região, não disruptivo, para vivenciar a maior floresta tropical do mundo.

Idealizado por Marko Brajovic, um dos expoentes da biomimética na arquitetura e autor de projetos internacionais inspirados na interconexão do ser humano com o meio ambiente, o Mirante do Madadá foi baseado em elementos naturais e culturais da região, costurando signos, texturas e materiais. As estruturas que compõem o complexo Madadá se assemelham a sementes e se espalham de forma orgânica pela topografia da área, respeitando a mata nativa. Leves, visualmente permeáveis e confortáveis, o projeto dos módulos arquitetônicos buscou equilibrar as relações entre espaços abertos e fechados, superfícies e vedação, interior e exterior, potencializando a experiência de estar neste local privilegiado.

A entrada para o complexo é feita a partir da Casa Coletiva, aberta de um lado para o rio, onde é possível apreciar o nascer do sol, e do outro para a floresta. Contempla recepção, concierge, bar, restaurante, serviços, lounge, espaços expositivos e a piscina de borda infinita. Passarelas conectam a principal construção das doze acomodações que trazem a assinatura de interiores da arquiteta Marília Pellegrini, e distribuem os caminhos entre toda a extensão do hotel, até o ponto mais longe na mata: a Casa de Cura, espaço inspirado na formato da flor Vitória-régia, por sua característica de mudar de coloração e sua importância mitológica nas culturas ancestrais. O local é dedicado a práticas de yoga, encontros com representantes indígenas da região ou simplesmente um espaço para receber uma massagem e banho ayurvédico.

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Mais envolvente ainda, o Mirante do Madadá já nasce com o DNA do turismo de base comunitária, trazendo vivências autênticas na Amazônia em comunhão com os ribeirinhos. Dentre as incursões na floresta, observação de espécies da fauna e da flora amazônica, birdwatching, focagem noturna de jacarés, pesca de piranhas, trilhas guiadas até as Grutas do Madadá, passeios de canoa pelos igapós quando na época das cheias, contemplação das praias quando no período da vazante e da seca, entre outros.

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