RETRÔ 2018 – Publicado dia 3 de junho
Integrado ao 1st Cirque International Festival of Brasil Contest, o Cirque La Force foge a padrões comuns dos circos tradicionais
Por Paulo Atzingen
Os acrobatas voadores do Cirque La Force afrontam a lei da gravidade e são uma das atrações do espetáculo, embora seus colegas de trabalho, os malabaristas, contorcionistas e equilibristas, estes mais próximos ao solo, fazem voar a imaginação da plateia. Nenhum dos 15 ou 20 artistas que constroem o espetáculo Reverie respeitam as leis da física, do tempo e do espaço e recriam um cenário mais ao estilo broadway do que ao do tradicional circo. O trunfo em deixar o público atônito estimulando um transe de alguns segundos é antigo, mas sempre alucinante, vejam:
a moça é jogada para o vazio… dá um giro espetacular no alto e cai nos braços do jovem acrobata…para alívio da plateia…
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o equilibrista passeia sobre um fio, dá uma cambalhota no vácuo e fica entre a morte e a glória… e recebe aplausos…
o malabarista começa seu número com três esferas, passa para cinco e termina com oito bolotas que gravitam misteriosamente entre suas mãos, o ar e o solo…
Os jovens acrobatas conseguem realizar com os corpos de carne e ossos o que somente uma máquina de ferro e óleo faria, o primeiro girando as pernas como um liquidificador humano, o segundo transformando-se em um homem-hélice de borracha.
São esses segundos, entre o que pode dar certo e o que não pode, aliados à capacidade humana de sonhar e imaginar, as principais razões dessa arte durar tanto tempo e atravessar gerações.
Foge a padrões
Integrado ao 1st Cirque International Festival of Brasil Contest, o Cirque La Force foge a padrões comuns dos circos tradicionais. A começar pela ausência de redes de proteção, lonas coloridas e a caricata figura do mágico – já que todos fazem esse papel individualmente em seus números. “O espetáculo que tem a assinatura do diretor artístico Mathieu Laplante (ex-Cirque Du Soleil é para toda a família”, explica Marlene Querubim, diretora do Circo Spacial e vice-presidente do Cirque La Force.
“A dinâmica do espetáculo é diferente, explica Jeferson Alexandre, CEO da La Force Productions, empresa de entretenimento que trouxe o número ao Brasil. “Escrevi esse show, Reverie, há 10 anos e só agora ele está sendo encenado. É uma história de amor e sonho. Como amor e sonho nunca saem de moda, o tema é muito atual”, adianta Jeferson ao DIÁRIO.
Jovens
O espetáculo, dividido em 20 números e com duração aproximada de duas horas, é executado por jovens de 18 a 25 anos, todos selecionados nos festivais de circo realizados por onde a produção internacional passou. “São jovens canadenses, etíopes, chineses, ucranianos, russos, argentinos, brasileiros…”, acrescenta Jeferson.
“No Brasil se formou a ideia de que circo é para a classe C. Viemos com a proposta de romper com esse conceito e oferecer esse espetáculo a todas as classes”, pondera o empresário circense.
A temporada do Cirque La Force vai até o dia 12 de agosto. Ele está montado ao lado do Parque de Exposições do Anhembi e ao lado do Hotel Holiday Inn, na marginal Tietê, em São Paulo.
Serviço:
Show Reverie
Produtores Executivos: Jeferson Alexandre e Marlene Querubin
Diretor Artístico: Mathieu Laplante
Diretor Técnico: Vincent Schonbrodt
Temporada até 12 de agosto
Horários: quintas e sextas-feiras às 20h30; sábados, domingos e feriados às 17h e 20h30
Capacidade para mais de 2300 pessoas por espetáculo
Preços a partir de R$ 90 – meia; ingressos antecipados online a partir de R$ 60 – meia
Site www.showreverie.com
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