Resultado de -0,7% no volume mensal de receitas dos serviços indica trimestre perdido para crescimento da economia, mas Confederação ainda aposta no avanço anual (+1,6%) do setor
O resultado da PMS no mês de março foi a terceira retração consecutiva no setor de serviços, acumulando uma perda de 0,6% no primeiro trimestre de 2019, em relação aos três meses anteriores, o pior resultado nesse tipo de comparação desde o segundo trimestre de 2017.
“Tivemos um trimestre com cautela nos investimentos por parte das empresas, ociosidade da capacidade instalada e mercado de trabalho fraco. Essa situação vem impedindo o avanço da economia e sugere elevada possibilidade de retração no PIB do início do ano. Mas a Confederação, observando os resultados dos últimos 12 meses e prevendo que a aprovação da reforma da Previdência vai destravar os investimentos, aposta na reação do setor de serviços, com crescimento real de receitas em 2019”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
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Além dos serviços, os resultados fracos se repetiram em outros setores da economia no primeiro trimestre do ano. A indústria recuou 0,7%, e o comércio varejista teve leve alta de 0,3%, muito embora esse tenha sido o menor crescimento trimestral desde os três últimos meses de 2016.
Segmentos que se destacaram
O subsetor de transportes, termômetro relevante do nível de atividade econômica, foi destaque negativo neste primeiro trimestre, com perda de 2,6% ante o trimestre imediatamente anterior. Por outro lado, os serviços prestados às famílias apresentaram crescimento de 1,1% pelo quarto trimestre consecutivo.
Avanço anual
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o volume de receita de serviços avançou 1,1% em média, os destaques foram, novamente, os serviços de transportes, com queda de 1,6%, e os serviços prestados às famílias, que cresceu 4,4%.
Em termos regionais, onze unidades da Federação cresceram na comparação com os três primeiros meses do ano passado, sobressaindo-se o Estado de São Paulo (+4,6%), enquanto as regiões Norte (-1,0%) e Nordeste (-1,9%) seguem apresentando retrações.