DA REDAÇÃO
Scott Hamilton, cônsul geral dos EUA no Rio de Janeiro; Ricardo Piquet, diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG); Nilcemar Nogueira, secretária municipal de Cultura do Rio de Janeiro; e Mônica da Costa, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no Rio de Janeiro, participam na próxima quarta-feira (21), às 10h, no Cais do Valongo da assinatura do acordo para as obras de conservação e consolidação do sítio arqueológico do Cais do Valongo, no valor de US$500.000. O projeto é financiado pelo governo dos EUA, através do Fundo dos Embaixadores dos EUA para a Preservação Cultural.
O local foi considerado Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO, em 2017, por ser o único vestígio material do desembarque de cerca de 1 milhão de africanos escravizados nas Américas, e tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do governo do estado do Rio de Janeiro, INPEAC, recentemente. Esta é a primeira grande intervenção no local desde a obtenção do título e tem, entre outros objetivos, a missão de difundir o seu valor histórico.
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Um pouco de história
O Cais do Valongo é um antigo cais localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, entre as atuais ruas Coelho e Castro e Sacadura Cabral. Recebeu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO em 9 de julho de 2017 por ser o único vestígio material da chegada dos africanos escravizados nas Américas.
Construído em 1811, foi local de desembarque e comércio de escravizados africanos até 1831, com a proibição do tráfico transatlântico de escravos. Durante os vinte anos de sua operação, entre 500 mil e um milhão de escravizados desembarcaram no cais do Valongo.
Em 1843, o cais foi reformado para o desembarque da princesa Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, que viria a se casar com o imperador D. Pedro II. O atracadouro passou então a chamar-se cais da Imperatriz.
Entre 1850 e 1920, a área em torno do antigo cais tornou-se um espaço ocupado por negros escravizados ou libertos de diversas nações. – área que Heitor dos Prazeres chamou de Pequena África. (Wikipédia)