Jornalistas recebem o Prêmio Nobel da Paz

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 Maria Ressa e Dmitry Muratov, jornalistas cujo trabalho irritou os governantes das Filipinas e da Rússia, receberam o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira (8), um prêmio que o comitê disse ser um endosso dos direitos de liberdade de expressão sob ameaça em todo o mundo.

EDIÇÃO DO DIÁRIO com informações da Reuters


Os dois foram premiados “por sua corajosa luta pela liberdade de expressão” em seus países, disse a presidente Berit Reiss-Andersen, do Comitê Nobel norueguês, em uma coletiva de imprensa.

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“Ao mesmo tempo, são representantes de todos os jornalistas que defendem esse ideal em um mundo no qual a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”, acrescentou.

“O jornalismo livre, independente e baseado em fatos serve para proteger contra abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra.”

Muratov, 59 anos, é o primeiro russo a ganhar o Prêmio Nobel da Paz desde o líder soviético Mikhail Gorbachev , que ele mesmo ajudou a criar a Novaya Gazeta com o dinheiro que recebeu ao ganhar o prêmio em 1990.

Ressa, 58 anos, é a primeira ganhadora do Nobel da Paz das Filipinas. Ela dirige a Rappler, uma empresa de mídia digital que ela co-fundou em 2012, e que tem se destacado através de reportagens investigativas, inclusive em assassinatos em grande escala durante uma campanha policial contra as drogas.

“Fui preso por ser jornalista – por publicar artigos verdadeiros inpalatáveis para aqueles no poder – mas isso só serviu para me desacorrer, para me ajudar a entender o que estava acontecendo e traçar o caminho à frente.”

DESAFIADOR

O prêmio é o primeiro Prêmio Nobel da Paz para jornalistas desde que o alemão Carl von Ossietzky ganhou em 1935 por revelar o programa secreto de rearmamento pós-guerra de seu país.

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