REDAÇÃO DO DIÁRIO
“Vivemos em um mundo violento, cheio de riscos e não quero sair de casa, muito menos viajar”. Essa frase dita por um personagem fictício é muito comum entre pessoas reais, até muito próximas de nós. Com essa reconfiguração da vida e dos costumes promovida pelo Covid-19 esses medos e fobias se intensificaram ainda mais.
Por trabalhar com gestão de riscos e crises já há algum tempo, o advogado graduado em marketing digital Otávio Novo, antes mesmo da pandemia bater à porta, iniciava seu projeto N8on.
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“Existem muitas barreiras, sejam físicas, ou psicológicas, ou mesmo financeiras. A impossibilidade de locomoção e mobilidade das pessoas é latente. No entanto, esse grupo expressivo de pessoas, apesar de não viajar, mantém o interesse nas localidades e nas suas histórias, cenários e experiências”, afirma Otávio ao DIÁRIO.
Otávio desenhou uma solução que une três princípios fundamentais, explica ele: “o acesso universal, a interatividade no serviço e alternativa de geração de renda”, sintetiza.
Com a Covid-19 essas limitações em viajar ficaram ainda mais expostas e praticamente todas as pessoas se enquadram nessa nova realidade.
Vai além
Otávio deixa claro, no entanto, que o projeto não quer aproveitar-se do momento que o mundo atravessa para – no molde simplista e capitalista gerar receita – a ideia vai além disso.
“O N8on vai preencher um vácuo no atendimento do turismo para quem não pode ou não quer praticar o chamado turismo convencional. O N8on propõe a descoberta de lugares reais que os pacotes e roteiros tradicionais não chegam e só um habitante do local sabe levar”, revela.
Como funcionará
A empresa de Otávio tem fechado parcerias com guias profissionais e anfitriões locais, espalhados pelo mundo e que conhecem a fundo as suas localidades. “Essas pessoas, além de precisarem de uma renda suplementar, estão prontas para mostrar e ensinar o que há de mais interessante em cada lugar”, explica.
Segundo ele, as ferramentas de comunicação da internet utilizadas no dia-a-dia serão a ponte para se chegar a lugares de difícil acesso, limitados por barreiras e protocolos, exigências de passaportes e vistos e que muitas vezes não fazem parte do turismo presencial.
“Nossa plataforma atenderá qualquer tipo de turismo, seja o de lazer, o cultural, o de negócios, o acadêmico, o religioso e outros interesses que o próprio guia local oferecerá”, diz.
Para participar
O criador da plataforma N8on explica que é muito fácil participar do projeto e enumera os passos:
- conhecer e ter vontade de mostrar o seu local, criando novas experiências para as pessoas que não podem estar ali, presencialmente ;
- ter um celular atualizado ou equipamento para captação de áudio e vídeo, conectado a internet ;
- uma conexão móvel , p.ex. internet 3G, 4G ou 5G.
- entrar em contato com a N8on.
“A parceria N8on com guias e anfitriões é a alma do nosso projeto, adianta Otávio. “Convidamos os guias de turismo, monitores, condutores de viajantes, ou mesmo aquela pessoa que tenha vontade em apresentar pontos turísticos de sua localidade – com seriedade e responsabilidade – que se junte a nós. Será uma revolução no acesso à cultura, à história e a tudo que o mundo tem, sem riscos e de forma mais econômica”, resume Otávio Novo.
Ao final da entrevista ele explica o porque do nome N8on: “O N representa o verbo Navegar, o 8 representa o infinito na simbologia dos números, e o on é online, o que resulta no enunciado”:
Navegue, de onde estiver, pela internet aos incontáveis destinos do mundo e tenha infinitas(8) experiências on line
Navegue pelas experiências infinitas(8) do mundo, on line
Navegue pelo infinito(8), on line
N8on.
contato@novo8.com.br
Muito bom, parabéns!