“Não é a distância que mede o afastamento” – Antoine de Saint-Exupéry

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Nós somos feitos de relações, contato, toque e afeto. A história da humanidade e sua prosperidade se baseia justamente na convivência das pessoas, sejam elas positivas ou negativas. Como diria Saint-Exupéry, autor do livro “O Pequeno Príncipe”, em outra citação: “A grandeza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens: não há senão um verdadeiro luxo e esse é o das relações humanas.” Mas, na prática, sabemos que as relações, sejam elas, amorosas, amigáveis, profissionais e muitas outras, cada uma delas, fazem parte ou de maior parte de nossas vidas, ou por apenas um momento.

E uma das coisas que todo mundo que tem um amigo já passou, é o afastamento. Não físico, no sentido de duas pessoas morarem distantes, mas o afastamento no afeto. As vezes aquela amizade antiga se acaba por uma discussão, em que o elo é quebrado devido até a más interpretações o que acaba destruindo anos de cumplicidade e nunca mais volta a ser o mesmo, com o ressentimento sempre entre as duas pessoas. Às vezes, o processo é totalmente natural, visto que estamos em constante mudança, e aquilo que as duas pessoas tinham em comum, já não tem mais.

Até a falta de tempo de qualidade, e diálogo, faz qualquer relação se enfraquecer, fazendo com que duas pessoas, mesmo que lado a lado, estejam distantes, cada uma voltada para os seus próprios pensamentos.

No livro “O Pequeno Príncipe”, Saint-Exupéry nos ensina sobre duas relações, uma em que era cuidada e a outra não. Quando o príncipe e a Rosa discutiam, ele com sua imaturidade e ela com seu orgulho ferido, mesmo em um asteroide pequeno, estavam totalmente voltados um de costas para o outro, até o momento em que ele se decide partir e deixá-la para trás, sem seus cuidados diários. Mas já na Terra, o príncipe entende muito sobre o que de fato é cativar alguém, fazendo companhia para o piloto no deserto e conquistando a amizade com a Raposa, que era um animal arisco, e precisava antes de tudo sentir confiança do principezinho antes de se aproximar.

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De fato, não precisa estar lado a lado para estar presente para alguém, e nem estar longe para se sentir distante.


Por José Augusto Cavalcanti Wanderley com a colaboração da jornalista Nicole Vieira

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