Niterói: Turismo e Cultura – por Bayard Do Coutto Boiteux*

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Manhã ensolarada do mês de fevereiro de 2021. Dia do passeio semanal. Momento de fuga da pandemia e de encontro com algumas belezas que nos fazem ter esperança e continuar vivendo com um olhar de que com a vacina, teremos dias melhores.

Deixamos Jacarepaguá por volta de 11h30min, o trânsito não está dos melhores, apesar de ser uma quinta-feira. Em trinta e cinco minutos já estamos atravessando a ponte Rio-Niterói. Com as janelas abertas o vento entra em nossos pulmões, atravessa sem resistência a máscara que nos protege e que faz doravante parte de nossas vidas.

Nossa primeira parada é o Museu de Arte Contemporânea, uma das marcas arquitetônicas de Niemeyer que está aberto para visitação pública e obedece todos os protocolos de segurança. A ideia é visitar uma exposição na área externa.

“Das cinzas voltar nas cinzas vencer Viradouro de alma lavada” festeja a escola niteroiense que em apenas três anos  saiu do grupo de acesso para se tornar campeã do Carnaval do Rio, em 2020, ano da pandemia. Sem Carnaval em 2021, nada mais icônico e relevante do que tal exposição, que vai até o dia 28 de fevereiro. É interessante fazer aqui uma correlação entre o local do evento e Niemeyer, que também construiu a Passarela do Samba, no Rio, onde a Viradouro triunfou. Com curadoria de Marcello Velloso, Renata Xavier e Leandro Lucas, é impossível não se sensibilizar pela mostra.

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Como está na hora do almoço, optamos por almoçar no Bistrô, restaurante do MAC. Um menu de quarenta e sete reais incluindo entrada, prato principal e sobremesa é rapidamente escolhido e providenciado. O serviço é atencioso, poucas mesas ocupadas e a minha taça de vinho com o preço justo de 16 reais vem servida, sem que eu pudesse saber se o vinho era realmente aquele que me fora sugerido. Bom, ele estava!

Nossa primeira parada é o Museu de Arte Contemporânea, uma das marcas arquitetônicas de Niemeyer que está aberto para visitação pública (Crédito: Bayard Boiteux)

Dali, passamos por Icarai e Charitas, praias de uma beleza  única e sem nenhuma aglomeração. Paro para fotografar e sigo para conhecer uma novidade: o Mosaico do lugar, uma escadaria de Charitas, verdadeiro museu ao ar livre. É uma obra coletiva, que foi realizada de 2004 à 2006 sob a coordenação da artista Leila B. Em cada degrau encontramos um conjunto de mosaicos que contam histórias e cidadania. Fico encantado e espero que a Prefeitura dê a devida importância e apoio.

Como estamos muito perto, aproveitamos para visitar o Parque Municipal da Cidade. Para nossa sorte, três pessoas se  preparam para voar de parapente naquele momento. O local está limpo, ordenado e as paisagens que se vislumbra são simplesmente incomparáveis. Começo a fotografar os preparativos e assisto aos vôos com alegria e respeito.

Já é hora de voltar para casa. O regresso é muito animado, com cantoria e risadas. Sentimos que foi um dia excepcional e que pudemos nos desconectar durante algumas horas da realidade em que vivemos.

Niterói, um presente!


Bayard Boiteux é professor universitário, escritor e pesquisador. Atua em turismo há 35 anos. Consultor nas áreas de marketing, capacitação e políticas públicas, conhece 213 países. Possui um canal de Turismo no YouTube com mais de 100 vídeos e um blog de viagens. Adora fotografar e tem um acervo de 25 mil fotos. Atualmente é vice-presidente executivo da Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ, superintendente executivo do Instituto Preservale e preside o Portal Consultoria em Turismo – www.bayardboiteux.com.br . É articulista do DIÁRIO desde 2009.

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