sábado, outubro 4, 2025
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Hotelaria brasileira em perspectiva: desafios de mão de obra, oportunidades de crescimento e caminhos sustentáveis para o futuro

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Márcio Lacerda, vice-presidente do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil e diretor geral da Hotelaria Brasil, CEO da Ventura Resorts e Presidente do Board do Conselho Administrativo da Unna Hospitality, além de Fundador da Thess Hotéis - Foto: divulgação
Márcio Lacerda, vice-presidente do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil e diretor geral da Hotelaria Brasil, CEO da Ventura Resorts e Presidente do Board do Conselho Administrativo da Unna Hospitality, além de Fundador da Thess Hotéis - Foto: divulgação

O setor hoteleiro brasileiro vive uma dicotomia: de um lado, enfrenta entraves operacionais sérios, como a escassez de mão de obra qualificada e os custos crescentes; de outro, é impulsionado pela retomada do turismo doméstico, eventos corporativos e novas frentes de desenvolvimento regional. A partir da análise do ambiente interno e externo, este artigo discute as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (análise SWOT) que moldam o setor atualmente. Propõe, ainda, estratégias realistas para contratação, retenção e qualificação de talentos, além de destacar caminhos viáveis para empreendedores e investidores superarem as barreiras de entrada e aproveitarem o potencial de geração de empregos e negócios da hotelaria nacional.

Após os abalos da pandemia e com a volta da circulação de pessoas, o mercado se aqueceu, mas o setor se deparou com uma barreira crítica: a ausência de mão de obra especializada. Recepção, governança, A&B, manutenção, marketing, distribuição e gestão comercial tornaram-se áreas sensíveis à rotatividade e à falta de talentos treinados, impactando diretamente a qualidade do serviço e a competitividade dos empreendimentos.

Oportunidades internas e externas

Ao mesmo tempo, o setor encontra um ambiente promissor no mercado interno com a expansão de rotas aéreas regionais, incentivos ao turismo nacional e crescimento da multipropriedade e produtos mistos (hotel + residência). O mercado externo, por sua vez, volta a enxergar o Brasil como destino de negócios e lazer, sobretudo, em nichos como o turismo ecológico, de luxo e de experiência. Contribui para este crescimento da hotelaria nacional o número crescente de shows de grandes artistas internacionais, as guerras no mundo, que tornam o ambiente do turismo inseguro, e a alta do dólar e euro nos grandes centros controladores do turismo mundial.

Entre as forças, o Brasil conta com uma vocação natural para o turismo e uma infraestrutura hoteleira diversificada, fatores que favorecem o crescimento do setor. A presença de grandes grupos e marcas confere robustez ao mercado, enquanto a resiliência e adaptabilidade pós-Covid-19 demonstram a capacidade do setor de se reinventar frente a adversidades.

Entretanto, as fraquezas representam desafios substanciais para a sustentabilidade do crescimento. A baixa capacitação técnica e gerencial e a alta rotatividade, muitas vezes associada à informalidade, refletem deficiências na retenção e desenvolvimento do capital humano. Além disso, a falta de investimentos contínuos em formação e a ausência de padronização na qualidade dos serviços impactam diretamente a experiência do cliente e a competitividade do setor.

No ambiente externo, as oportunidades trazem perspectivas positivas, como a revalorização do turismo interno e os novos investimentos em infraestrutura, que podem fomentar demanda e expansão. Parcerias público-privadas e a digitalização de vendas e gestão indicam caminhos potenciais para inovação e melhorias operacionais.

Por outro lado, as ameaças evidenciam riscos que agravam a dificuldade de mão de obra: a concorrência de plataformas de aluguel por temporada afeta a oferta tradicional; a carga tributária elevada e a instabilidade regulatória dificultam o ambiente de negócios; a escassez de mão de obra especializada limita o crescimento e a percepção de insegurança em regiões turísticas pode reduzir a atratividade para trabalhadores e turistas.

Barreiras de entrada e saída na hotelaria brasileira

O cenário atual revela que o crescimento do setor hoteleiro brasileiro, para ser sustentável e competitivo, precisa endereçar diretamente a questão da mão de obra. Investimentos significativos e contínuos em capacitação, a profissionalização da gestão de pessoas, a valorização do trabalhador presencial e a padronização da qualidade dos serviços são imperativos estratégicos. Assim, será possível transformar as fraquezas em pontos fortes e aproveitar as oportunidades externas, mitigando ameaças e garantindo a perenidade do crescimento.

Apesar do aquecimento do setor, abrir ou manter um hotel no Brasil ainda exige enfrentar barreiras relevantes, destacamos abaixo alguns pontos de observação: Entrada: alto custo de capital inicial, alto custo dos terrenos, principalmente em grandes cidades e áreas de turismo de lazer consolidados, burocracia para licenciamentos, dificuldade em contratar mão de obra qualificada, instabilidade jurídica e fiscal. Saída: ativos de baixa liquidez em mercados saturados, passivos trabalhistas acumulados, contratos de operação onerosos e dificuldade em vender empreendimentos de pequeno e médio porte.

Caminhos para o futuro da hotelaria nacional

Para que estas dificuldades sejam vencidas temos alguns Caminhos realistas para o avanço o principal dele passa por consolidar a formação de mão de obra especializada, sem vencer estas etapas abaixo o crescimento ficará prejudicado em algum momento:

É urgente a criação de polos regionais de qualificação técnica hoteleira com parcerias entre SENAC, grupos de representação do setor da hotelaria, restaurante e do turismo, redes hoteleiras e governos locais. Programas de capacitação prática, com bolsas de incentivo e contratos de aprendizagem, devem ser o foco imediato.

A nova geração busca mais do que salário: quer propósito, crescimento, fazer a diferença no mundo e reconhecimento. Hotéis que investem em planos de carreira, ambiente saudável, respeito ao meio ambiente, transparência no relacionamento e cultura de valorização têm menores taxas de turnover.

Automatizar processos não significa eliminar pessoas. Pelo contrário, libera o colaborador para entregar hospitalidade com mais inteligência emocional e atenção ao detalhe. O tempo livre permite a equipe criar novas experiências para os usuários frequentes.

O modelo centralizado perdeu força. A busca por talentos locais, com valorização da cultura regional e incentivo à mobilidade dentro da rede, fortalece vínculos e reduz custos com deslocamentos, moradia e adaptação a cultura local. É necessário a união de forças dos diversos atores para a estabilização do crescimento. Desenvolvedores e investidores devem mirar destinos emergentes com potencial de diversificação econômica e políticas de incentivo ao turismo.

Gestores operacionais precisam investir em cultura organizacional e gestão de pessoas como eixo estratégico, não apenas operacional. Associações e redes devem ampliar sua atuação política em prol de incentivos fiscais e regulamentações simplificadas para formação de mão de obra. Startups e soluções tecnológicas devem oferecer ferramentas customizadas que auxiliem no treinamento remoto, no engajamento da equipe e na análise preditiva de desempenho.

O descompasso entre a velocidade das transformações do mercado e a formação de talentos compromete a entrega de serviços com qualidade, consistência e valor agregado. No entanto, o ambiente atual também se mostra fértil em oportunidades, especialmente para os agentes que souberem ler o cenário com pragmatismo e visão de futuro.

Superar a crise de capital humano exigirá articulação entre empresas, instituições de ensino, entidades setoriais e poder público, com foco em soluções escaláveis de capacitação e retenção. Mais do que tecnologia ou estruturas físicas, é a dimensão humana que sustenta a essência da hospitalidade. Investir nas pessoas de forma contínua, estratégica e sensível às mudanças do comportamento do consumidor, será o principal diferencial para aqueles que desejam não apenas sobreviver, mas liderar a próxima etapa do desenvolvimento hoteleiro no Brasil.

Por Márcio Lacerda, vice-presidente do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil e diretor geral da Hotelaria Brasil, CEO da Ventura Resorts e Presidente do Board do Conselho Administrativo da Unna Hospitality, além de Fundador da Thess Hotéis

Conteúdo da Equipotel 2025 ganha videocasts da ABIH-SP

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ABIH-SP - Equipotel 2025 reuniu 450 marcas, contra 380 em 2024, com 15 mil produtos - Foto: Agência Amigo - Luiz Henrique
Equipotel 2025 reuniu 450 marcas, contra 380 em 2024, com 15 mil produtos - Foto: Agência Amigo - Luiz Henrique

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP) teve atuação marcante durante todos os dias da Equipotel 2025, realizada entre 16 e 19 de setembro. No estande da ABIH Nacional, a entidade promoveu a gravação de uma série de videocasts com executivos de empresas expositoras e lideranças do setor hoteleiro, iniciativa realizada em parceria com o Portal do Hoteleiro, plataforma criada pela ABIH-SP para capacitação e atualização profissional.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

O objetivo foi disponibilizar conteúdos práticos voltados às necessidades de gestores de meios de hospedagem, com destaque para hotéis independentes. Os episódios abordam temas considerados estratégicos para a hotelaria: eficiência operacional, retrofit tecnológico, compras e compliance, conectividade e segurança digital, vendas, marketing e distribuição, hospitalidade inclusiva, sustentabilidade (ESG) e formação de equipes.

“A ABIH-SP levou para dentro do estande uma sala de conteúdo. Ao transformar conversas qualificadas em videocasts de referência, ajudamos hotéis — especialmente os independentes — a tomar decisões com base em dados e cases reais”, afirmou Marcos Vilas Boas, presidente da entidade.

Marcos Vilas Boas, presidente da ABIH-SP - Foto: Agência Amigo - Luiz Henrique
Marcos Vilas Boas, presidente da ABIH-SP – Foto: Divulgação

Produção e alcance

A produção contou com o apoio técnico do Grupo R1, empresa referência em soluções audiovisuais para eventos. O trabalho garantiu padrão profissional de captação e transmissão, resultando em um acervo permanente que amplia o alcance da feira além do pavilhão, fortalecendo o relacionamento entre expositores, compradores e decisores.

Com exibição programada para as semanas seguintes ao evento, a série também contribui para ampliar o retorno sobre investimento (ROI) de expositores e apoiadores, além de reforçar a vocação da Equipotel como plataforma de negócios e conhecimento.

Disponibilização

Os videocasts serão publicados de forma contínua nas plataformas do Portal do Hoteleiro (site, YouTube, LinkedIn e newsletter), com curadoria editorial da ABIH-SP e classificação temática para facilitar a busca por assuntos de interesse. O material ainda poderá ser replicado por entidades parceiras, ampliando sua capilaridade.

Sobre a ABIH-SP

A ABIH-SP representa os meios de hospedagem do Estado de São Paulo, atuando na defesa de interesses do setor, promoção de pesquisa, capacitação, inovação e articulação institucional.

Sobre o Portal do Hoteleiro

Plataforma da ABIH-SP voltada à qualificação contínua de profissionais da hotelaria, oferecendo artigos, entrevistas, videocasts, cursos e ferramentas de gestão.

Sobre o Grupo R1

Empresa nacional especializada em soluções audiovisuais para eventos, com expertise em produção técnica, transmissão e cenografia para experiências presenciais, híbridas e digitais.

Segurança, regulamentação e responsabilidade: pilares sobre a hospedagem de curta temporada no RJ

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Na abertura da edição de Paraty do Encontro Fluminense da FBHA, estiveram presentes Gabriel Toledo, secretário adjunto de Turismo de Paraty; Fábio Gameleira, coordenador do Sebrae Rio na Costa Verde; Essiomar Gomes, secretário de Desenvolvimento Econômico de Angra dos Reis; Antonio Garcia Couto, gerente do Polo Sociocultural Sesc Paraty (Departamento Nacional do Sesc); e Alexandre Sampaio, presidente da FBHA – Foto: Paulo Atzingen / DT.
Na abertura da edição de Paraty do Encontro Fluminense da FBHA, estiveram presentes Gabriel Toledo, secretário adjunto de Turismo de Paraty; Fábio Gameleira, coordenador do Sebrae Rio na Costa Verde; Essiomar Gomes, secretário de Desenvolvimento Econômico de Angra dos Reis; Antonio Garcia Couto, gerente do Polo Sociocultural Sesc Paraty (Departamento Nacional do Sesc); e Alexandre Sampaio, presidente da FBHA – Foto: Eric Afonso / DT.

Durante o Encontro Fluminense promovido pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), realizado em Paraty (RJ), o presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, vereador Salvino de Oliveira, conduziu uma palestra de grande relevância para o setor de turismo e hospitalidade.

por Paulo Atzingen, de Paraty (RJ) com fotos Eric Afonso*

Com o tema “Regulamentação da Hospedagem de Curta Temporada por Plataformas Digitais – O Projeto de Lei 372/2025 do Município do Rio de Janeiro”, o parlamentar apresentou um panorama claro sobre os desafios e as soluções propostas para um fenômeno em plena ascensão: a locação temporária por meio de plataformas digitais.

Oliveira destacou a crescente preocupação com a segurança pública, diante do aumento de delitos associados à hospedagem informal, como festas sem fiscalização, furtos em áreas comuns e casos emblemáticos de quadrilhas utilizando imóveis alugados digitalmente para praticar crimes em série. Segundo o vereador, a fragilidade nos processos de verificação dessas plataformas contrasta fortemente com os protocolos de segurança exigidos na hotelaria tradicional.

A proposta legislativa, resultado de mais de dez encontros com especialistas e representantes do setor, visa equilibrar os benefícios econômicos da prática com a necessidade de regulamentação responsável. Um dos pilares do PL 372/2025 é a criação de um Cadastro Municipal de Hospedagem, obrigatório para todos os anfitriões da cidade. O sistema reunirá dados sobre os imóveis, seus responsáveis e a capacidade de acomodação, proporcionando maior rastreabilidade e controle – especialmente em casos onde o proprietário reside no exterior, dificultando a mediação de eventuais conflitos.

O vereador do Rio de Janeiro Salvino Oliveira ressaltou que a regulamentação das plataformas de hospedagem de curta duração, como Airbnb e Booking, é um passo fundamental para garantir segurança, arrecadação e qualidade no setor.

Muito além da arrecadação

Em entrevista ao DIÁRIO, ele enfatizou que a questão vai muito além da arrecadação: está ligada diretamente à experiência do turista e ao planejamento urbano das cidades.

“Trouxemos o tema da regulamentação das plataformas de hospedagem de curtíssima duração. Elas já fazem parte da realidade das cidades, mas ainda carecem de um marco legal. Uma boa regulamentação traz segurança jurídica, garante que o proprietário saiba quais são as regras e dá mais confiança para o turista que chega.”

No palco em Paraty, Salvino Oliveira destacou os impactos do Airbnb e de outras plataformas no turismo e nas políticas públicas - Foto: Paulo Atzingen / DT
No palco em Paraty, Salvino Oliveira destacou os impactos do Airbnb e de outras plataformas no turismo e nas políticas públicas – Foto: Eric Afonso / DT

Regras claras, todos se beneficiam

Ele reforçou que não se trata apenas de proteger o visitante, mas também de dar tranquilidade aos moradores.

“Com regras claras, todos se beneficiam. O proprietário se sente seguro, o turista entende os limites da hospedagem e os moradores têm mais controle sobre seu espaço. Imagine um condomínio sem qualquer noção de quem entra ou sai: isso gera insegurança. Quando existe uma legislação com a cara da cidade, conseguimos fortalecer a hospitalidade.”

A entrevista abordou também a questão estrutural. O vereador destacou que o problema também passa pelo planejamento urbano.

“Trabalhamos com uma estimativa de quase 90 mil imóveis nesse modelo. Mas veja: como planejar coleta de lixo, transporte, escolas ou creches sem saber exatamente onde estão essas unidades? Sem dados, não há como pensar políticas públicas consistentes. A regulamentação traz essa transparência.”

No encerramento da conversa, Salvino reforçou que o debate precisa ser local, respeitando as especificidades de cada destino.

“Não existe solução única. Cada cidade deve construir sua regulamentação, adequada à sua realidade. Assim, conseguimos equilibrar os interesses de moradores, gestores, turistas e empreendedores. É uma forma de fortalecer o turismo com responsabilidade.”

*O jornalista e o fotógrafo viajaram a convite da FBHA

Brasil marca presença na FIT e reforça liderança no turismo latino-americano

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Ministério do Turismo marca presença na FIT Buenos Aires - Crédito: Kamila Zardini - Brasil
Ministério do Turismo marca presença na FIT Buenos Aires - Crédito: Kamila Zardini

O Ministério do Turismo participou neste sábado (27), da Feira Internacional de Turismo da América Latina (FIT Buenos Aires), realizada na capital argentina. Representando a Pasta, o secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos no Turismo, Carlos Henrique Sobral, cumpriu agendas estratégicas voltadas ao fortalecimento da integração regional e à promoção do Brasil no mercado internacional.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com informações do MTur

Na abertura oficial, Sobral entregou convites a ministros do Mercosul para a próxima Reunião Ministerial de Turismo do bloco, que ocorrerá em outubro, em Brasília (DF), sob presidência brasileira.

“A FIT é um espaço fundamental para mostrarmos o potencial do Brasil como destino turístico, mas também para reforçar nossa liderança regional e estreitar relações diplomáticas e comerciais com países parceiros. Tudo isso sob a condução do ministro Celso Sabino, que tem dado uma atenção especial à internacionalização do turismo brasileiro”, destacou o secretário.

A programação incluiu ainda visita à Embaixada do Brasil em Buenos Aires, onde foram discutidos temas bilaterais e estratégias conjuntas para o fortalecimento do turismo no Mercosul. Outro ponto de destaque foi a articulação com autoridades internacionais para a reeleição do Brasil à presidência do Conselho Executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT). A votação está marcada para novembro, durante a Assembleia Geral da ONU Turismo e reunião do Conselho Executivo em Riade, na Arábia Saudita.

Campanha promocional

Durante a FIT Buenos Aires, Sobral também acompanhou o lançamento da nova campanha publicitária da Embratur, em parceria com o Sebrae. Intitulada “No hay lugar como Brasil”, a ação busca aproximar o país do público latino-americano, valorizando destinos e experiências que ressaltam a hospitalidade e a diversidade cultural brasileira.

Sobre a FIT

Com a participação de 45 países, mais de 1.200 expositores e cerca de 125 mil visitantes, a FIT Buenos Aires é considerada o maior evento de turismo da América Latina e um dos mais importantes do mundo, reunindo profissionais do setor, autoridades e o público em geral.

Fonte: Assessoria de Comunicação do MTur

TBO comemora 10 anos no Brasil com expansão acelerada e foco no agente de viagens

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TBO 10 anos
Rodrigo Sienra, country manager da TBO Brasil (Crédito: divulgação)

Entrevista exclusiva com Rodrigo Sienra, country manager da TBO Brasil, revela planos de crescimento, investimento em tecnologia e valorização das agências de viagens.

Ao completar dez anos de operação no Brasil, a TBO projeta um crescimento de dois dígitos para o segundo semestre de 2025. Com atuação exclusiva no modelo B2B e foco total nas agências de viagens, a empresa celebra sua trajetória destacando inovação, resiliência e proximidade com o mercado.

“Estamos acelerando os investimentos em tecnologia, produtos e, principalmente, nas pessoas. Nosso foco está em entregar conteúdo relevante e soluções eficientes para o mercado brasileiro”, afirma Rodrigo Sienra, country manager da TBO no Brasil.

Uma década de desafios e conquistas

Para Sienra, a marca de dez anos representa mais do que longevidade. “É um marco muito significativo. Tenho orgulho de ter participado dessa trajetória. O sucesso da TBO no Brasil é fruto do trabalho coletivo. Profissionais como a Camila Bueno e tantos outros que estão conosco há anos foram fundamentais.”

Durante a pandemia, a empresa reforçou seu compromisso com o mercado. “Tomamos uma decisão difícil, mas ética: reembolsamos integralmente os agentes de viagens. Isso nos diferenciou. Não priorizamos o lucro imediato, e sim os princípios da empresa”, recorda.

Além disso, a TBO desenvolveu ferramentas para proteger os parceiros. “Criamos um sistema que converte créditos em vouchers, o que garantiu segurança para o agente e benefício para o cliente. Essas ações solidificaram nossa reputação”, destaca.

Experiência na Delta como base de liderança

Antes da TBO, Rodrigo atuou na Delta Airlines. A experiência na companhia americana teve grande influência em seu estilo de gestão. “A Delta tem uma cultura muito forte de atendimento ao cliente e excelência operacional. Aprendi muito sobre liderança lá. São valores que carrego até hoje.”

Ele ressalta as semelhanças entre as duas empresas: “Embora sejam negócios diferentes — a Delta, tradicional e com ativos físicos, e a TBO, tecnológica e ágil como uma startup —, compartilham princípios parecidos: visão de longo prazo, foco no cliente e valores sólidos.”

Crescimento apesar das incertezas do mercado

Sobre os impactos das tarifas impostas pelos EUA e as incertezas econômicas, Sienra reconhece que há reflexos pontuais. “Ouvimos dos parceiros que a demanda para alguns destinos caiu, especialmente nas regiões ligadas ao agro. Mas, de forma quantitativa, isso não afetou a TBO.”

Segundo ele, o ritmo de crescimento segue firme: “Dobremos a equipe comercial, investimos em tecnologia, e continuamos a atrair novos clientes. O Brasil é o país que mais cresce na TBO em número de clientes ativos. Talvez poderíamos estar crescendo ainda mais, mas o resultado atual nos deixa muito satisfeitos.”

“O modelo de negócios está dividido em duas frentes: o portal B2A (Business to Agent) e conexões via API com operadoras.” (divulgação)

Presença robusta no Brasil

Embora a TBO não divulgue números exatos no país, Sienra aponta indicadores relevantes. “Atuamos com mais de 110 profissionais no Brasil e temos mais de 9 mil clientes cadastrados. Nos últimos dois anos, nossa base cresceu 25%.”

O modelo de negócios está dividido em duas frentes: o portal B2A (Business to Agent) e conexões via API com operadoras.

Ele destaca também os investimentos na estrutura da empresa. “Criamos posições estratégicas como diretoria de operações para a América Latina, gerente de RH, equipe de projetos regionais e uma liderança de marketing. Essa organização prepara a TBO para o crescimento sustentável nos próximos anos.”

Desenvolvimento local e soluções exclusivas

A TBO aposta em soluções customizadas para o Brasil, mesmo sendo uma empresa global. “Desenvolvemos o parcelamento exclusivo para o mercado brasileiro. Projetos assim são complexos, mas priorizamos iniciativas com alto impacto local”, explica Sienra.

Ele reforça a presença da TBO em todas as regiões do país. “Atuamos no Sul e Sudeste, além de cidades como Manaus, Belém, Recife, Fortaleza, Brasília e Goiânia. Nossa cobertura é nacional — e vamos continuar expandindo.”

Portfólio completo e foco no agente

A plataforma conecta mais de 170 mil compradores no mundo e oferece oito verticais: hotéis, passagens aéreas, trens, aluguel de carros, cruzeiros, traslados, passeios e ingressos, e pacotes/grupos.

“Hotelaria é o nosso carro-chefe, mas vemos um crescimento expressivo em outras áreas”, aponta. “Somos um dos maiores vendedores de Rail Europe dentro da TBO, e temos crescido muito no aéreo, especialmente nos voos domésticos, graças à facilidade de parcelamento e à personalização de margens pelo agente”.

Sienra resume o posicionamento da TBO de forma clara: “Nosso objetivo é ser o parceiro mais completo para o agente de viagens. Temos a melhor plataforma, um portfólio robusto e uma equipe local dedicada a dar suporte em todas as frentes.”

Serra Negra celebra o Dia Internacional do Café com turismo rural

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Serra Negra celebra o Dia Internacional do Café com tradição e turismo rural - Foto: Freepik
Serra Negra celebra o Dia Internacional do Café com tradição e turismo rural - Foto: Freepik

Serra Negra, no coração do Circuito das Águas Paulista, é destino ideal para celebrar o Dia Internacional do Café, comemorado em 1º de outubro. Oficializada em 2015 pela Organização Internacional do Café (OIC), a data reconhece a bebida como símbolo de encontros e identidade cultural. No Brasil, maior produtor mundial do grão, a celebração ganha ainda mais destaque.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

A cidade mantém laços históricos com a cafeicultura há mais de dois séculos. O café está no brasão oficial e marcou a economia local desde 1850. Em 1882, um ramal da Companhia Mogiana chegou para escoar a produção rumo ao porto de Santos. Hoje, a qualidade do café serra-negrense é premiada em feiras nacionais e internacionais, resultado de técnicas modernas e cultivo sustentável.

O turismo rural é um convite para vivenciar essa tradição. O Café Nonno Marchi, com mais de 100 anos de história, integra a Rota do Café e oferece visitas guiadas que mostram cada etapa da produção. Os visitantes percorrem lavouras a 1.150 metros de altitude e degustam grãos 100% arábica com vista para o vale das Três Barras.

Outro ponto imperdível é o Museu do Café Vale do Ouro Verde, que realiza o passeio “Do cafezal ao cafezinho”. O acervo reúne objetos antigos, fotos e máquinas que narram a trajetória de uma família italiana apaixonada pelo café. O espaço, cercado por cafezais, funciona nos fins de semana, com entrada gratuita e atendimento a grupos mediante agendamento.

Já o Café Santa Serra proporciona momentos de relaxamento em meio à natureza, com degustações de cafés artesanais e visita ao terreiro de secagem. Marcas tradicionais como Grão da Serra e Café da Montanha reforçam a reputação de Serra Negra, mesmo sem visitação em suas propriedades.

Mais do que bebida, o café é patrimônio cultural e motor do turismo na região. Para informações sobre hospedagem, restaurantes e roteiros, acesse visiteserranegra.com.br ou o Instagram oficial.

Fhoresp pede ação urgente contra bebidas falsificadas após mortes por metanol em SP

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Fhoresp reforça apelo a autoridades sobre contaminação de bebidas; entidade já havia alertado sobre 36% de fraude no volume distribuído - Foto: Freepik
Fhoresp reforça apelo a autoridades sobre contaminação de bebidas; entidade já havia alertado sobre 36% de fraude no volume distribuído - Foto: Freepik

A Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp) voltou a alertar autoridades para o risco da falsificação de bebidas no país. O apelo ganhou força após a confirmação de três mortes em decorrência de intoxicação por metanol em São Paulo, sendo a mais recente em São Bernardo do Campo. Casos de internações e de perda de visão também estão em investigação.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

Segundo o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas, análises laboratoriais comprovaram a presença da substância altamente tóxica em amostras recolhidas. O metanol pode provocar cegueira, danos neurológicos, hepáticos e até levar à morte.

Levantamento revela fraudes em larga escala

Em abril deste ano, a Fhoresp já havia divulgado um estudo que apontava que 36% das bebidas vendidas no Brasil são falsificadas, adulteradas ou contrabandeadas. Vinhos e destilados, especialmente vodca, aparecem entre os produtos mais afetados. “Há um grande esquema de adulteração em território nacional. Antes a preocupação era fiscal, agora é de saúde pública”, reforça Edson Pinto, diretor-executivo da entidade.

Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp - Crédito: divulgação
Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp – Crédito: divulgação

Prejuízo para consumidores e bares

A Fhoresp representa cerca de 500 mil empresas do setor de alimentação e hospedagem, além de mais de 20 sindicatos patronais. Edson Pinto ressalta que a maioria dos estabelecimentos trabalha de forma correta, mas também se torna vítima quando recebe bebidas contaminadas de fornecedores. “Se as autoridades não agirem firmemente, esse esquema não chega ao fim nunca”, adverte.

Reivindicação de fiscalização rígida

Para a federação, é urgente um plano integrado de combate à fraude. A entidade defende maior rigor no controle da distribuição de bebidas e a punição de quadrilhas que lucram com a prática. “É preciso garantir a procedência do que chega ao consumidor e aos bares”, conclui Pinto.

Zarpo, agência online do Grupo Bancorbrás, tem nova Head

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Bancorbrás
A nova Head da Zarpo, agência de viagem online da Bancorbrás, Ana de Mattos Brito (divulgação)

O Grupo Bancorbrás anunciou na última semana a nova Head da Zarpo, agência de viagem online, Ana de Mattos Brito.

EDIÇÃO DO DIÁRIO com assessorias

Contratada em maio de 2024, como Diretora de Receitas, Ana assumiu a liderança das áreas de Vendas e Marketing da Zarpo. Desde então, tem atuado no fortalecimento do posicionamento da empresa como uma agência de viagens online com foco em produtos premium. Ela também acompanhou o projeto de migração da plataforma digital, concluído em outubro do ano passado, após mais de dois anos de desenvolvimento.

A executiva trabalhava ao lado de Daniel Topper, que está deixando a Zarpo após mais de cinco anos. O executivo francês chegou à empresa em janeiro de 2020 e participou do processo de aquisição que resultou na entrada da Zarpo no ecossistema de turismo do Grupo Bancorbrás. Sua saída ocorre por decisão pessoal, para dedicar-se a novos projetos.

“É uma honra dar continuidade ao trabalho que a Zarpo vem desenvolvendo. Assumo com responsabilidade a liderança de uma equipe engajada e comprometida com o nosso posicionamento como agência 100% online, especializada em curadoria de produtos premium e atendimento de excelência aos nossos clientes e parceiros. Seguiremos trabalhando para ampliar a sinergia com o Grupo Bancorbrás, fortalecendo a complementaridade entre as empresas e contribuindo para a oferta de experiências cada vez melhores”, afirma Ana.

Somando forças

O Grupo Bancorbrás fez a aquisição da agência de viagem online Zarpo em julho de 2023, como parte da estratégia de expansão de negócios. A agência atua em B2C e B2B2C, com vendas exclusivamente online, emprega cerca de 80 profissionais e conta com 7 milhões de clientes cadastrados, sendo a maioria deles do estado paulista e famílias viajando com crianças. Ao passar a controlar a Zarpo, a Bancorbrás multiplicou sua presença no mercado turístico do estado de São Paulo, integrou um portfólio de produtos premium e se consolidou nas vendas online. A empresa passou a fazer parte do ecossistema de turismo do Grupo que conta com Clube Bancorbrás, Operadora Bancorbrás, Bancorbrás Corporativo e Trib Pass.

ClickBus antecipa Black Friday e oferece 20% de desconto em passagens

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ClickBus antecipa Black Friday com iniciativa Bora Fechar - Foto: divulgação ClickBus
ClickBus antecipa Black Friday com iniciativa Bora Fechar - Foto: divulgação ClickBus

A ClickBus, referência na venda online de passagens rodoviárias, aderiu à campanha #BoraFechar, iniciativa inédita do Google para fomentar o turismo nacional. Entre 28 de setembro e 4 de outubro, a plataforma oferece 20% de desconto em passagens para qualquer destino no Brasil.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

A ação reúne também outras empresas do setor, como Decolar, Localiza e Santander, com o objetivo de facilitar viagens e estimular o consumo de experiências turísticas. Durante o período da promoção, os viajantes podem comprar pelo site ou aplicativo da ClickBus e garantir o benefício enquanto durarem os estoques.

Vantagens exclusivas para membros do Clube ClickBus

Além do desconto, a travel tech promove a assinatura do Clube ClickBus, a partir de R$ 4,99. O programa oferece 3% de cashback, atendimento prioritário via WhatsApp, flexibilidade para alterações de passagens e até 30 dias para usar os bilhetes com valores a partir de R$ 40.

“Essa parceria com o #BoraFechar é um reflexo do nosso compromisso em usar a tecnologia para democratizar o acesso ao turismo brasileiro. Isso torna a experiência de viagem mais acessível a todos os nossos clientes”, destaca Phillip Klien, CEO da ClickBus.

Sobre a ClickBus

Fundada em 2013, a ClickBus é líder no mercado de venda online de passagens de ônibus, com mais de 62 milhões de bilhetes emitidos em mais de 300 mil rotas. A empresa opera soluções tecnológicas para mais de 300 viações e 50 terminais rodoviários. O reconhecimento inclui prêmios como o tricampeonato do Reclame Aqui, além dos selos Innovative Workplaces Brasil 2024, RA1000 e Great Place to Work 2024. Saiba mais no site.

Latam amplia MRO em São Carlos com novo hangar para jatos Boeing 787

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Latam MRO
A cerimônia de inauguração contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e executivos da Latam Brasil, reforçando o prestígio da operação (Crédito: Latam)

MRO — A Latam acaba de dar um passo estratégico rumo ao fortalecimento da indústria aeroespacial brasileira com a inauguração do Hangar 9 em seu centro de manutenção (MRO), localizado em São Carlos, interior de São Paulo. A nova estrutura, construída em tempo recorde de dez meses, representa o maior investimento da companhia na unidade nos últimos dez anos, somando R$ 40 milhões e criando 300 empregos diretos.

DA REDAÇÃO com assessorias

Projetado para receber os jatos Boeing 787 Dreamliner e ampliar a capacidade de pintura de aeronaves de grande porte, o Hangar 9 também permitirá a manutenção simultânea de até três Airbus A320. A cerimônia de inauguração contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e executivos da Latam Brasil, reforçando o prestígio da operação. Em nota, a companhia destacou que o MRO de São Carlos é o maior centro de manutenção aeronáutica da América do Sul, reconhecido como referência internacional.

Para Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, o novo hangar “consolida São Carlos como um verdadeiro polo de desenvolvimento aeroespacial do Brasil”, reunindo inovação tecnológica, mão de obra qualificada e uma infraestrutura de excelência.

Com o novo hangar, as revisões pesadas dos Boeing 787 passam a ser feitas no Brasil, substituindo serviços anteriormente realizados no exterior. A mudança proporciona maior agilidade operacional, redução de custos e incremento na competitividade. A estrutura inclui inovações como drones para inspeção externa e carrinhos autônomos para a logística interna, otimizando os processos de manutenção.

Escola de Mecânicos: formação de excelência

A Latam também aposta no futuro da aviação com a sua Escola de Mecânicos, única do país certificada pela Anac para formar profissionais de manutenção aeronáutica. Inaugurada em dezembro de 2024, a escola abriu suas primeiras vagas externas em agosto de 2025, recebendo mais de 1,7 mil inscrições para apenas 20 posições. A alta demanda resultou na criação de uma turma adicional, totalizando 80 alunos — dos quais 44% são mulheres.

Infraestrutura de ponta no maior MRO da América do Sul

Em funcionamento desde 2001, o MRO de São Carlos ocupa uma área de 95 mil m², abriga nove hangares, 22 oficinas e emprega cerca de 2 mil profissionais. O centro realiza mais de 60% das manutenções da frota Latam e é homologado por autoridades internacionais como a Easa (Europa), FAA (EUA) e DGAC (Chile). Desde 2019, o uso de drones com inteligência artificial transformou o processo de inspeção externa, tornando-o 12 vezes mais rápido e totalmente digital.

O complexo segue recebendo aportes significativos: além do Hangar 9 e da Escola de Mecânicos, está em andamento um projeto de R$ 78 milhões para a criação de um Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). A chegada dos jatos Embraer E195-E2 em 2026 deve fortalecer ainda mais São Carlos como epicentro do setor aeroespacial brasileiro.

A estratégia da Latam de internalizar serviços de alta complexidade reflete um movimento de repatriação tecnológica que impulsiona a cadeia produtiva local, reduz a dependência de operações no exterior e posiciona o Brasil como protagonista regional em manutenção aeronáutica.