A Terras Altas convida o público a brindar este momento especial e a acompanhar de perto a evolução do vinho nacional (Crédito: divulgação)
Neste mês de junho a vinícola paulista Terras Altas alcançou um feito histórico ao conquistar destaque em duas das mais prestigiadas competições de vinho do mundo: o Concours Mondial de Bruxelles e o Decanter World Wine Awards. Essas premiações colocam em evidência não apenas o potencial da vinícola sediada em Ribeirão Preto, mas também o amadurecimento do vinho brasileiro no cenário internacional.
Da Redação
O reconhecimento começou no início do mês, quando o rótulo Entre Rios Evolução recebeu medalha de prata no Decanter World Wine Awards 2025, realizado em Londres. Conhecido por seu rigor e prestígio, o concurso avaliou milhares de vinhos de todo o mundo, analisados por uma banca altamente especializada formada por Masters of Wine, críticos renomados e sommeliers de diversas nacionalidades.
Poucos dias depois, foi a vez de Bruxelas celebrar os vinhos da linha Entre Rios. Destaque para os dois rótulos agraciados com medalha de ouro: o Amplitude 25 2022, primeiro Cabernet Sauvignon produzido pela Terras Altas, e o Evolução 2021, um Syrah sofisticado, já reconhecido em outras edições internacionais. A excelência da vinícola também se refletiu nas medalhas de prata conquistadas pelos vinhos Entre Rios Terroir 2022 e Equilíbrio 2023, reforçando a consistência de seu portfólio.
Ricardo Baldo, porta-voz da vinícola, celebrou o momento: “Essas conquistas tão próximas refletem um trabalho contínuo, feito com precisão, respeito ao terroir e paixão. Acreditamos na força da vitivinicultura brasileira e temos orgulho de representar esse movimento com autenticidade”.
Os rótulos premiados revelam o cuidado técnico e a busca por identidade própria. O Syrah Evolução — elaborado com uvas cultivadas com dupla poda — combina intensidade, frescor e elegância, destacando-se por seu perfil moderno e gastronômico. Já o Amplitude 25, que marca a estreia do Cabernet Sauvignon na vinícola, inaugura uma nova fase, com maturação de inverno e uma assinatura brasileira que o alinha aos grandes tintos do mundo.
Esses reconhecimentos reforçam o papel da Terras Altas como uma das referências da vitivinicultura de inverno no Brasil (Crédito: divulgação)
Esses reconhecimentos reforçam o papel da Terras Altas como uma das referências da vitivinicultura de inverno no Brasil. Com o lema “Nossa tradição é mudar as tradições”, a vinícola une tradição e inovação, trabalhando com colheita fora do ciclo tradicional e utilizando práticas de manejo inteligente para extrair o melhor do terroir paulista.
Os prêmios internacionais somam-se a uma coleção crescente de reconhecimentos nacionais e estrangeiros, refletindo o impacto crescente da vinicultura brasileira no paladar de críticos e consumidores globais. A Terras Altas convida o público a brindar este momento especial e a acompanhar de perto a evolução do vinho nacional.
A cidade de Nova York recebe milhões de turistas anualmente (Crédito: pixabay)
Especialista revela os casos mais frequentes de negativa e alerta nos EUA: erro de planejamento ou perfil incompatível pode custar a entrada no país
Desde o endurecimento das políticas migratórias nos Estados Unidos iniciado no novo mandato do governo de Donald Trump, os critérios para obtenção do visto de turismo se tornaram mais rigorosos. Apesar disso, o interesse dos brasileiros em visitar o país permanece alto, dados recentes mostram que os EUA é o quarto país mais buscado no Google para visto. No entanto, muitos têm suas solicitações negadas ainda no consulado, ou são barrados na imigração mesmo com visto aprovado.
Willian Hugucioni, Co-fundador da Semplice, startup que usa inteligência artificial para análise de perfil e emissão de vistos, já acompanhou mais de 20 mil processos consulares e explica os principais motivos de recusa identificados nos últimos meses.
Caso 1: Primeira viagem com estadia longa
Segundo Willian, esse é um dos principais gatilhos de alerta. Quando a pessoa informa que vai passar muitos dias ou até meses nos EUA, especialmente sendo a primeira viagem internacional, a negativa é quase certa. Ele relembra o caso de uma mulher que pretendia ficar sete dias, mas levava roupas para um mês inteiro. “A passagem era de ida e volta em uma semana, mas a mala estava cheia como se fosse morar lá. Ela foi parada na imigração por causa disso”, explica.
Caso 2: Renda incompatível com roteiro e duração
Problemas financeiros são a segunda maior causa de recusa de vistos. Viajar para destinos como Nova York, Califórnia ou Las Vegas exige planejamento financeiro consistente com o tempo de estadia. O erro mais comum, segundo o especialista é, por exemplo, a pessoa ganhar R$ 3 mil a R$ 6 mil por mês, sem nenhuma reserva financeira e declarar que vai ficar 15 dias nesses lugares. “Só isso já levanta suspeita de que ela não conseguirá se manter ou que pretende trabalhar ilegalmente por lá”, diz Willian.
Caso 3: Preenchimento incorreto ou inflado do DS-160
Outro motivo recorrente de negativas está no formulário DS-160, que precisa refletir com exatidão a realidade do solicitante. “Já vimos gente declarar renda mensal de R$ 50 mil, mas ao analisarmos o IR, o rendimento médio era de R$ 20 mil, vindos de lucro de empresa. Os outros R$ 30 mil não eram comprováveis”, explica. Isso levanta suspeita de má-fé ou tentativa de burlar o sistema. A recomendação é que apenas rendas que possam ser comprovadas com documentos oficiais sejam declaradas, mesmo que a pessoa possua outras fontes de renda.
Caso 4: Parentes com histórico de imigração ilegal
Ter um parente de primeiro grau que entrou e permaneceu ilegalmente nos EUA ou no Canadá pode afetar o seu pedido, mesmo que não esteja escrito em nenhum lugar. Willian relata o caso de um gerente de empresa, com bons rendimentos e bens em seu nome, que teve o visto negado três vezes. A provável razão: sua irmã havia entrado no Canadá com visto de estudante e vive ilegalmente lá há três anos. “Eles entendem que, se alguém da sua família conseguiu se estabelecer ilegalmente, você pode tentar fazer o mesmo caminho”, explica.
Caso 5: Falta total de vínculos com o Brasil
Quem não estuda, não tem emprego fixo, imóvel, carro, filhos ou qualquer outra amarra no Brasil entra diretamente no perfil de possível imigrante ilegal para eles. “Esse é o tipo de perfil que eles mais captam: jovem, sem vínculo, desiludido com o Brasil e querendo tentar a vida nos EUA. Se essa pessoa ainda não tem nenhuma viagem anterior, vai sozinha e o destino é os Estados Unidos, a chance de negativa é altíssima”, afirma Willian.
O especialista explica que, ainda que as políticas sejam duras e por vezes injustas, a própria Semplis recusa assessorar casos que podem ser enquadrados como tentativa de imigração. “Quando a gente percebe que a pessoa quer um visto de turismo, mas na verdade está querendo imigrar ilegalmente, a gente já não faz o processo. Porque cobrimos os custos de clientes que foram negados, para tentar de novo e nesses casos, é perda certa. Se eles acharem que a pessoa vai imigrar, mesmo que ela não tenha nenhuma intenção disso, eles negam”.
Sobre a Semplice
A Semplice é uma startup brasileira que utiliza inteligência artificial para análise de perfil e orientação completa na emissão de vistos para os Estados Unidos, Canadá e Europa. Desde sua fundação, já atendeu mais de 20 mil brasileiros com taxa de aprovação acima de 92% em vistos de turismo.
Cinco homens foram presos em flagrante em uma operação conjunta da Polícia Civil e Militar nas praias da zona sul do Rio de Janeiro. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, publicada na última sexta-feira (27), os suspeitos, que se passavam por ambulantes, utilizavam maquininhas de cartão com telas propositalmente danificadas para aplicar golpes financeiros em turistas — a maioria estrangeiros.
As fraudes incluíam cobranças absurdas, como R$ 20 mil por uma caipirinha, R$ 7 mil por uma sunga e até R$ 1.000 por um maço de cigarros. As maquininhas adulteradas, com telas foscas ou arranhadas, dificultavam a visualização dos valores cobrados, facilitando a ação criminosa nas movimentadas praias de Copacabana e Ipanema.
Além das extorsões, os falsos ambulantes também comercializavam drogas e cigarros eletrônicos na orla. Os cinco presos estavam ligados a um grupo maior, com ao menos 20 integrantes, que atuava entre os postos 8 e 9, em Ipanema, e da avenida Princesa Isabel ao Posto 3, em Copacabana. De acordo com a polícia, os envolvidos mantinham relações com traficantes da comunidade Vila Kennedy, na zona oeste do Rio, que teriam se infiltrado na zona sul para ampliar suas fontes de lucro.
“Os suspeitos vinham sendo monitorados por imagens feitas por drone, demonstrando que praticavam tráfico de drogas e outros crimes na Praia de Copacabana”, explicou a delegada Patrícia Alemany, titular da Deat (Delegacia de Apoio ao Turismo). Ela acrescentou que a divisão dos lucros obtidos ainda está sendo investigada: “Em geral, o dinheiro é dividido entre os integrantes do grupo, mas estamos apurando se parte dos valores vai direto para o tráfico de drogas”.
Durante a operação, batizada de Praia Limpa, foram mobilizados 20 agentes e câmeras do 19º BPM. Todos os presos tinham antecedentes criminais e foram autuados por tráfico de drogas, estelionato, associação para o tráfico e contrabando de cigarros eletrônicos. Celulares, dinheiro em espécie, substâncias entorpecentes e outros objetos foram apreendidos.
Paralelamente, outro caso recente também chamou atenção. No início de junho, um ambulante foi preso em Copacabana após cobrar US$ 191 (cerca de R$ 1.000) por duas espigas de milho de um casal de turistas da República Dominicana. Inicialmente, o valor pedido foi de R$ 300, reduzido para R$ 60 após protestos — mas, ao realizar o pagamento com uma maquininha emprestada, o casal percebeu o golpe ao checar o aplicativo bancário.
Embora este caso não tenha ligação direta com a operação Praia Limpa, ele faz parte de um conjunto de investigações conduzidas pela polícia sobre fraudes e abusos cometidos contra turistas nas praias cariocas.(REDAÇÃO com Folha de São Paulo)
Sanchat evidencia sua liderança como especialista em Cuba durante evento oficial do Ministério do Turismo de Cuba em São Paulo - Foto: divulgação
Durante o evento oficial do Ministério do Turismo de Cuba, realizado nesta quinta-feira (26) em São Paulo, a Sanchat reafirmou sua liderança como operadora especialista em Cuba no Brasil. O encontro aconteceu no Hotel Nacional Inn Jaraguá e contou com a presença do ministro do Turismo de Cuba, Juan Carlos García Granda, além de importantes representantes do trade turístico nacional.
Reconhecida por sua trajetória sólida e expertise no destino, a Sanchat teve participação de destaque na programação do evento. Roberto Silva, CEO da empresa, foi convidado a conduzir a sessão de perguntas e respostas entre os operadores brasileiros e o ministro, reforçando o papel da operadora como elo estratégico nas relações turísticas entre os dois países.
Roberto Silva, CEO da Sanchat e Juan Carlos García Granda, ministro do turismo de Cuba – Foto: divulgaçãoO evento foi realizado no Hotel Nacional Inn Jaraguá, em São Paulo – Foto: divulgação
Com mais de três décadas de experiência, a Sanchat mantém operação própria em Cuba, com uma equipe dedicada de três colaboradores locais responsáveis por acompanhar de perto os passageiros brasileiros durante toda a viagem. A operadora também segue apostando em inovação tecnológica e em negociações exclusivas de tarifas, com foco na oferta de soluções cada vez mais eficientes e competitivas para o mercado brasileiro.
A expectativa é que, com o fortalecimento das relações entre Brasil e Cuba, a demanda de turistas brasileiros pelo destino cresça ainda mais nos próximos meses. A Sanchat já observa aumento nas consultas e reservas para o segundo semestre de 2025, impulsionadas pela retomada das operações aéreas e pelo interesse dos viajantes em experiências autênticas e culturais que Cuba oferece. Saiba mais no site.
A Sanchat teve participação de destaque na programação do evento – Foto: divulgação
Programa ambiental vai medir poluentes emitidos por veículos de serviço de solo em GRU Airport - Foto: divulgação
A Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo) firmou uma parceria com a Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo) para avaliar a quantidade de poluentes emitidos pelos caminhões, ônibus, tratores e demais equipamentos das empresas de serviços de solo do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos (GRU Airport). A iniciativa faz parte do Despoluir – Programa Ambiental do Transporte, criado pela Fetcesp. A primeira visita ao aeroporto aconteceu na semana passada (27/05), para que fosse verificada a compatibilidade dos softwares com os equipamentos usados pelas empresas.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, a associação convidou as empresas de ground handling Proair, WFS-Orbital, dnata, Swissport, Universal Aviation e Tristar, que atuam no aeroporto, a participarem do projeto, sem custo algum para elas. Os resultados das coletas, no entanto, serão confidenciais, enviados individualmente a cada empresa e acompanhados pelo Fetcesp.
“É uma iniciativa que existe há bastante tempo, mas é inédita no setor aeronáutico. Acredito que será de grande importância conhecer os níveis de poluentes das empresas de serviço de solo e, a partir deles, fazer ajustes e melhorias para colaborar com a preservação do meio ambiente”, afirma Ricardo Aparecido Miguel, diretor-presidente da Abesata. O executivo lembra que o segmento de ground handling trava uma enorme batalha hoje para obter financiamento e garantir a renovação da frota usada nos principais aeroportos, a ideia é trocar veículos antigos e movidos a combustíveis fósseis por uma frota eletrificada. A questão passa inclusive pela segurança jurídica dos contratos entre empresas em solo e companhias aéreas.
O Despoluir existe desde 2007 e é o maior programa ambiental da iniciativa privada do país, tendo como objetivo a eficiência energética, a redução da emissão de poluentes e a melhoria da qualidade do ar mediante a regularização ambiental de veículos movidos a diesel. É realizado nas próprias empresas participantes, onde são realizados testes de opacidade nos veículos e indicando uma melhor solução para a redução das emissões de poluentes.
O Despoluir, que é credenciado à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Quando for o caso, o projeto oferece às empresas parceiras a possibilidade de redução de 70% do valor da multa por emissão de fumaça em excesso mediante a comprovação da manutenção do veículo e redução dos índices de emissão de poluentes conforme o estabelecido pela legislação. As empresas que atingem os níveis ideais são reconhecidas com o PremiAR – Transportando um Mundo Verde, reconhecimento à empresa por parte da Fetcesp.
Evento no Wyndham São Paulo Ibirapuera Hotel reuniu mais de 80 profissionais - Foto: divulgação
A Wyndham Hotels & Resorts, maior empresa de franquia hoteleira do mundo, com mais de 9.300 empreendimentos em aproximadamente 95 países, encerrou mais uma edição da Wyndham Week – Conectando Pessoas e Oportunidades, realizada entre os dias 24 e 26 de junho, em São Paulo. A ação reuniu representantes de 12 empreendimentos da rede na América Latina e mais de 300 profissionais do setor de turismo, entre agentes de viagens, operadores e gestores corporativos.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, com foco em relacionamento, divulgação de destinos e novas oportunidades de negócios, a Wyndham Week contou com uma agenda intensa de visitas a parceiros estratégicos, encontros personalizados e momentos de networking em toda a capital paulista.
Um dos destaques da programação foi o café da manhã realizado na quarta-feira (26) no Wyndham São Paulo Ibirapuera Convention Plaza Hotel, localizado em Moema. O evento reuniu mais de 80 profissionais do trade turístico e teve o apoio do próprio hotel, que apresentou sua estrutura revitalizada, incluindo o novo lobby, o moderno bar e suas soluções diferenciadas para o público corporativo e de lazer.
“A Wyndham Week tem como principal objetivo fortalecer o relacionamento entre hotéis parceiros e clientes, promovendo destinos e experiências exclusivas. São ações como essa que potencializam conexões e geram oportunidades reais para os negócios”, Ilka Padula, diretora de Vendas Globais para América Latina e Caribe da Wyndham Hotels & Resorts.
“Mais do que uma atualização estrutural, essa revitalização reflete nosso compromisso em oferecer excelência em hospitalidade para diferentes perfis de hóspedes. Receber os principais nomes do trade neste momento de renovação foi extremamente significativo para nós”, Angela Figueiredo, diretora de Vendas e Marketing do Wyndham São Paulo Ibirapuera.
Nesta edição, participaram ainda empreendimentos como: Dazzler by Wyndham Recoleta, Wyndham Olímpia Royal Hotel, Wyndham Golden Foz do Iguaçu, Howard Johnson Argentina, TRYP by Wyndham São Paulo Guarulhos Airport, Wyndham São Paulo Ibirapuera Convention Plaza, Wyndham São Paulo Berrini, Ramada by Wyndham Brasília Alvorada, La Quinta Hotel by Wyndham, TRYP by Wyndham Ribeirão Preto, Wyndham Gramado Termas Resort & Spa e Wyndham Garden del Glaciar Ushuaia.
A Wyndham Week já passou por outros mercados da região, como México, e terá nova edição ainda este ano na Argentina (Buenos Aires), com retorno confirmado a São Paulo no final de 2025.
Entre os olivares com o parque eólico ao fundo - Crédito: Arquivo pessoal Waleska Schumacher / Divulgação
Entre o aroma das oliveiras e a tradição milenar da produção artesanal, descubro uma experiência sensorial que vai muito além da gastronomia — e que nos conecta à terra, à história e à essência de saber o que consumimos.
A vida não é feita só de enoturismo. Talvez o mais coerente hoje seja falarmos em enogastroturismo — ou, mais recentemente, em uma tendência que vem ganhando força: o oleoturismo.
Por Waleska Schumacher – Haia, Países Baixos
Pode parecer distante, quase utópico, imaginar que o mundo do azeite de oliva nos proporcione experiências sensoriais e culturais semelhantes às do vinho. Afinal, muitos ainda não sabem identificar que azeite estão comprando — quanto mais pensar em harmonizações, terroir ou processos artesanais. E, no entanto, é exatamente isso que começa a surgir com força em algumas regiões.
Foi com esse espírito de descoberta que vivi uma experiência única visitando uma das mais premiadas almazaras da Espanha, a Artajo, localizada entre Tudela e Zaragoza, na região de Navarra.
Onde história, sabor e origem se encontram
Sempre acreditei que as viagens mais memoráveis são aquelas que conectam cultura, paisagem e gastronomia — e que despertam em nós algo ancestral, como se resgatássemos a memória dos nossos antepassados. Descobrir nossas origens passa também por conhecer a base dos alimentos que nos sustentam há séculos — e como técnicas antigas seguem vivas e ganham novos contornos com a ajuda da tecnologia.
Saí de Pamplona, cidade encantadora, conhecida pelas festas de San Fermín, sua excelente gastronomia e alma vibrante. A cerca de duas horas de carro dali, está uma das zonas mais férteis da Europa para o cultivo de vegetais — um verdadeiro oásis no deserto navarro, irrigado pelas águas do rio Ebro. Ali nasce um terroir singular, marcado pela amplitude térmica e pelo solo mineral, perfeito para o cultivo da oliveira.
Olivares adaptados para cultivo sustentável com máximo aproveitamento dos recursos naturais Ctédito: Arquivo pessoal Waleska S. / Divulgação
Artajo: tradição e inovação no coração de Navarra
Fundada em 1998, a Aceites Artajo se tornou uma referência em azeites extravirgens de alta qualidade, unindo métodos ancestrais com práticas sustentáveis. Com mais de 250 hectares de olivais próprios, a fazenda cultiva 11 variedades diferentes de azeitonas — sendo a Picual a mais representativa, responsável por cerca de 80% da produção. Essa variedade tem uma característica importante: permanece bem fixa na planta, o que evita desperdício durante a colheita mecanizada.
E é justamente a colheita mecânica um dos grandes diferenciais da produção. Como a azeitona precisa chegar à almazara(ou marsala) o mais rápido possível após ser colhida, garantir agilidade no processo é essencial para preservar o frescor da fruta. Além disso, a almazara exige um volume mínimo diário de frutos para funcionar com eficiência. Por isso, o uso da colheita mecanizada permite não apenas velocidade, mas também regularidade no abastecimento, sendo decisiva para garantir um azeite de alta qualidade desde a origem.
A estrutura da fazenda lembra muito as bodegas de vinho boutique: um prédio harmoniosamente inserido na paisagem, foco absoluto na qualidade do produto e um compromisso com a origem e o meio ambiente. Tudo é pensado: desde a escolha da variedade ideal para o terroir, até o momento exato da colheita — que ocorre nas primeiras horas da madrugada, para preservar a temperatura da fruta.
As azeitonas são rapidamente levadas à almazara, onde passam por seleção, lavagem, resfriamento e prensagem a frio, a cerca de 16°C. Após a centrifugação e separação da água, o azeite é armazenado em tanques de inox, protegidos da luz e com temperatura controlada. Cada lote é rastreável.
Um detalhe que revela o grau de cuidado no processo: assim que a colheita termina, toda a almazara é higienizada cuidadosamente e permanece completamente fechada até a safra seguinte. Antes do início de uma nova extração, passa novamente por uma limpeza e preparação rigorosa, garantindo que não haja contaminações e que o frescor da nova safra seja preservado ao máximo.
Olivar com 500 anos de idade. Arquivo pessoal – Crédito: Waleska S / Divulgação
Uma experiência sensorial e educativa
A visita à Artajo pode ser feita com agendamento online e oferece diversas opções: de degustações simples no “Bar de Aceites” a piqueniques entre oliveiras e visitas guiadas como a que escolhi. A estrutura é impecável — da recepção à sala de degustação, passando pela imersão nos processos de produção.
Assim como nas vinícolas, há uma valorização da singularidade de cada variedade de oliva. Um exemplo fascinante é a Koroneiki, uma variedade de origem grega que teria sido introduzida na região de Navarra pelos celtas, refletindo antigas conexões culturais e agrícolas na Península Ibérica. Já na Andaluzia, o cultivo de olivas ganhou força com a chegada dos mouros, que trouxeram variedades como a Manzanilla, hoje uma das mais tradicionais da região.
Durante a visita, entendi que muito do que valorizamos no vinho — como clima, solo, colheita no tempo certo, prensagem cuidadosa e ausência de intervenções agressivas — é também essencial para se produzir um azeite extravirgem de verdade. E que nem todo azeite com selo “premium” realmente é o que diz ser.
Visita guiada aos olivares experimentais da Artajo Arquivo pessoal Crédito: Waleska S / Divulgação
Degustar azeite: o paladar também aprende
Na sala de degustação, cada azeite foi apresentado com explicações detalhadas sobre sua variedade, intensidade e perfil sensorial. Há azeites mais herbáceos, outros mais picantes, alguns com notas de banana verde ou amêndoa. Aprendemos a identificar defeitos (como a oxidação) e virtudes (como a frescura da primeira extração).
Mais importante do que o selo “orgânico” é entender o processo e conhecer o produtor. A diferença entre um azeite extravirgem verdadeiro e um azeite refinado é abismal — e isso muda completamente a forma como nos relacionamos com esse alimento essencial.
Tudela: o fecho com sabor e poesia
Para concluir a experiência, nada melhor do que seguir rumo a Tudela, berço dos melhores vegetais da Espanha. Em todas as estações, é possível provar pratos elaborados com produtos locais, e um dos melhores lugares para isso é o restaurante Remigio. Lá, o menu pode incluir desde degustações completas de vegetais (com mais de cinco etapas!) até uma sequência simples e deliciosa de pratos da estação, como eu mesma experimentei. Com um atendimento acolhedor e ingredientes de altíssimo nível, é o encerramento perfeito para um dia que une natureza, cultura e sabor.
A visita à Artajo pode ser agendada diretamente no site oficial (www.artajo.es), e os azeites podem ser adquiridos na loja online. Se estiver na região de Navarra, vale incluir a fazenda no roteiro — especialmente entre outubro e dezembro, quando ocorre a colheita.
Tudela conhecida como a capital dos vegetais Arquivo pessoal – Crédito: Waleska S / Divulgação
E o Brasil nisso tudo?
No Brasil, essa tendência ainda engatinha, mas produtores da Serra da Mantiqueira, Sul de Minas e até do Rio Grande do Sul já começam a abrir suas propriedades para visitantes. A combinação de paisagem, azeites artesanais e gastronomia local tem tudo para transformar essas regiões em futuros destinos de oleoturismo — com sotaque próprio e sabores que nos são familiares.
O futuro do azeite vem da origem
Assim como a Artajo construiu esse projeto exemplar em Navarra, acredito que há muitos outros produtores no mundo trilhando esse caminho — e o Brasil, inclusive, vem nos últimos anos se destacando com azeites premiados internacionalmente.
Minha filosofia segue a mesma, seja para vinho, azeite ou qualquer alimento:
consuma menos, saiba de quem consome e desfrute de produtos com origem e história.
E mais do que nunca, vale lembrar: com os desafios crescentes impostos pelas mudanças climáticas, produzir olivas com qualidade se tornou uma tarefa complexa, que exige conhecimento técnico, respeito ao solo e precisão no manejo. Por isso, o azeite extravirgem de verdade — aquele que nasce com identidade, cuidado e propósito — tende a ser cada vez mais raro e valorizado.
Porque o azeite, assim como o vinho, guarda dentro de si o tempo, a terra e a alma de quem o produz. – Waleska Schumacher
Com carinho, agradeço ao amigo Javier Banales por me abrir as portas deste projeto inspirador.
Visit Rio vence em três categorias do 4º Prêmio Unedestinos - Foto: divulgação
O Visit Rio foi destaque no 4º Prêmio Unedestinos, um dos principais do turismo nacional, anunciado durante o UneCongresso 2025, em Porto Alegre. A Fundação conquistou reconhecimento por ações inovadoras em promoção e captação de eventos em três categorias, consolidando mais uma vitória num ano de resultados expressivos para o turismo carioca.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, na categoria Visitors e Promoção, o Visit Rio conquistou o 1º lugar com o case “Eu vou curtir o Rio com Rock in Rio 2024”, que aproveitou o maior festival de música do país para posicionar a cidade como destino vibrante e acolhedor, ampliando sua visibilidade no mercado nacional e internacional.
Na categoria Captação de Eventos, também foi vencedor com o 1º lugar pelo case da captação do Congresso Internacional de AIDS 2026. Um dos eventos científicos mais relevantes do mundo sobre HIV, a agenda acontecerá pela primeira vez na América Latina e trará ao Rio milhares de participantes, reforçando o papel da cidade como hub global de grandes encontros sobretudo na área de saúde, que demonstra grande potencial de crescimento.
Já na categoria Relacionamento com Compradores de Eventos, o Visit Rio ficou com o 2º lugar, com o case “Expansão do Segmento de Esporte”. O primeiro lugar ficou com o projeto Fortaleza Meeting. O destaque do Visit Rio mostra o crescimento sustentável na captação de eventos esportivos, movimentando o calendário da cidade e a gerando novas oportunidades para o trade turístico. Em 2024, o Rio sediou 485 eventos, movimentando R$ 8,4 bilhões na economia, com destaque para 78 eventos relacionados a esporte.
“Essas conquistas refletem o esforço contínuo de toda a equipe e dos parceiros que acreditam na força do Rio como destino de excelência para o turismo de lazer e corporativo. O prêmio da Unedestinos chancela esse trabalho e nos motiva a seguir promovendo a cidade com criatividade, estratégia e conexão com o mercado”, afirma Roberta Werner, diretora-esecutiva do Visit Rio.
Embratur reforça importância da Inteligência de Dados em evento com observatórios de turismo - Crédito: divulgação
A Embratur participou, nessa quinta-feira (26), do Encontro Anual da Rede Brasileira de Observatórios de Turismo (RBOT). O painel “Redes Colaborativas e a Criação de um Ecossistema de Aprendizado Contínuo” contou com a participação do gerente de Inteligência de Dados e Competitividade, Fábio Montanheiro, que apresentou atividades da área de dados da Agência em um ambiente colaborativo com outros parceiros para desenvolvimento de indicadores.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, com o tema “Redes Colaborativas e o Uso de Dados na Gestão do Turismo Brasileiro”, a 9ª edição do RBOT, que acontece até o dia 28 de junho de 2025, em Blumenau (SC), é realizada pela Secretaria de Turismo e Lazer da cidade, por meio do seu Observatório de Turismo. O evento reúne mais de 70 observatórios de turismo associados à rede, além de profissionais, pesquisadores, gestores públicos e privados e interessados pelo tema.
De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a participação no evento reforça e reconhece o trabalho da área de Inteligência de Dados da Agência. “O centro de inteligência de dados é muito importante para a Embratur. Tudo o que fazemos, temos embasamento em dados. Assim, é possível saber, por exemplo, o que a gente tem que fazer em Portugal para promover o Brasil, que já é diferente da Espanha, que já é diferente da França, que é diferente da Alemanha”, explicou. “Entender como cada país olha para a gente é uma vantagem que temos. Além disso, nosso ponto forte é que o Brasil tem uma diversidade extraordinária para receber todos os tipos de turistas”, completou.
No painel, Montanheiro abordou as redes colaborativas e como a Embratur pode auxiliar os Observatórios de Turismo locais a produzir estudos e pesquisas. Ele abordou, inclusive, o programa Novas Rotas, que tem o objetivo de desenvolver conhecimento e capacitação local para destinos que estão fora do circuito de promoção e que ainda são destinos a serem explorados.
Outro tema abordado no painel foi o Observatório de Turismo da Amazônia, atividade colaborativa com os estados do Amapá, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Tocantins e Pará. “A gente está construindo um painel de dados e uma plataforma para eles monitorarem os fluxos turísticos localmente, especificamente na Amazônia”, explicou o gerente.
“Foi uma boa oportunidade, pois falamos sobre as áreas de inteligência e competitividade, em como a gente pode trabalhar em conjunto para desenvolver inteligência nos territórios e produzir dados que todo mundo possa ter acesso. A Embratur tem esse acesso a dados locais e os territórios e é fundamental que os destinos tenham acesso aos dados da Embratur. Essa colaboração vai fazer o projeto de transformar o Brasil numa rede de inteligência de dados acontecer muito mais rapidamente”, analisou Montanheiro.
Inteligência de Dados na Embratur
A área de Inteligência de Dados da Embratur é responsável por coletar, analisar e divulgar dados sobre o turismo internacional no Brasil. Aprimorado nesta gestão, o setor trabalha com indicadores internacionais e fluxos de demanda para projetar a chegada de turistas estrangeiros e municiar gestores públicos e privados com informações para tomada de decisões sobre investimentos.
Para auxiliar o trade, a Agência disponibiliza, ainda, o Painel de Dados, parada obrigatória para qualquer gestor de turismo que queira trabalhar em seus projetos com mais qualidade e com base em informações estratégicas. Nele, é possível encontrar informações bem detalhadas sobre chegadas por origem, receita turística, conectividade aérea com o Brasil e o Market Insights, documento elaborado pela Diretoria de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade, por meio da Gerência de Mercados Internacionais em parceria com a área de inteligência, que traz um estudo detalhado sobre cada um dos principais emissores de turistas ao país, fluxos, perfil, ciclo de compra da viagem, entre outros dados. Saiba mais no site.
SAHIC 2026 abre oficialmente as inscrições após anunciar o Brasil como sede da sua 20ª edição - Foto: divulgação
Estão oficialmente abertas as inscrições para a 20ª edição do SAHIC América Latina e Caribe, o principal fórum da região para investimentos em hotelaria, turismo e desenvolvimento imobiliário. O evento será realizado nos dias 22, 23 e 24 de março de 2026 no Rio de Janeiro, Brasil, marcando uma edição histórica. Pela primeira vez, o SAHIC acontecerá duas vezes consecutivas na mesma cidade, consolidando o sucesso da edição de 2025 e o protagonismo do Rio de Janeiro como plataforma para negócios e investimentos no setor.
“Estamos diante de um marco sem precedentes. Nunca antes uma cidade havia sediado duas edições consecutivas do SAHIC. Isso representa um claro reconhecimento do ambiente favorável que o Rio de Janeiro oferece para o desenvolvimento das indústrias de turismo, hotelaria e setor imobiliário. Mais do que nunca, é fundamental que governos, empresários e todos os atores do setor na região se comprometam com iniciativas que impulsionam o desenvolvimento econômico por meio desses segmentos estratégicos”, destaca Arturo García Rosa, presidente e CEO do SAHIC.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, para a edição de 2026, são esperados mais de 400 participantes de todo o mundo. A programação contará com painéis com especialistas locais, regionais e internacionais, sessões de networking de alto nível, reuniões individuais e debates sobre as principais tendências e oportunidades de investimento na região. Como novidade, será adicionado meio dia à agenda, que será dedicado ao universo de Branded Residences, uma tendência em expansão com grande impacto no desenvolvimento regional. A 20ª edição promete ser um ponto de inflexão para o legado do SAHIC e o desenvolvimento futuro da indústria na América Latina e no Caribe.
As inscrições estão disponíveis no site oficial do evento e até 6 de julho de 2025 os interessados poderão garantir sua participação com uma tarifa muito especial.
Sobre o SAHIC
O SAHIC é o principal fórum de investimentos em hotelaria, turismo e desenvolvimento imobiliário na América Latina e no Caribe. Com um histórico de 19 edições bem-sucedidas realizadas, entre outras, em cidades estratégicas como Buenos Aires, Lima, Bogotá, Santiago, Medellín, Havana, Guayaquil, San José da Costa Rica, Cidade do Panamá e Cartagena, o SAHIC construiu a mais poderosa plataforma de negócios para os principais players envolvidos em investimentos e desenvolvimento de projetos de hotelaria, turismo e real estate na região. Pelo seu alcance, trajetória e capacidade de reunir os grandes nomes do setor, o SAHIC se consolidou como o evento indispensável para quem investe e desenvolve na região.
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