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Guia de turismo que fez tour no Rio com Macron sofre racismo

Profissional recebeu insultos por mensagem de um homem branco morador do Rio de Janeiro 

REDAÇÃO DO DT 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um caso de racismo sofrido pelo guia de turismo que acompanhou o presidente francês Emmanuel Macron durante um tour pela Zona Portuária do Rio

De acordo com a CBN, o trabalhador Cosme Felippsen diz que recebeu mensagens ofensivas pelo Whatsapp, nessa quarta-feira (20), depois de publicar fotos com Macron.

Na mensagem, o indivíduo diz que Cosme era “escravizado” e “colonizado” por ter tirado fotos com o presidente da França. Em seguida, chamou o guia de “puxa-saco” de Macron.

Ainda segundo nota da CBN, na última terça-feira (19), depois do encerramento do encontro de líderes do G20, o presidente francês vistou o Cais do Valongo e o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, duas referências na preservação da memória da diáspora africana no Brasil. Cosme era o responsável por guiar a comitiva francesa, que estava junto com o prefeito Eduardo Paes.

Cosme Felippsen fez o registro online e está recebendo orientação jurídica do gabinete da vereadora Tainá de Paula (PT). O caso foi registrado na Polícia Civil como injúria racial.

O guia de turismo desabafou na sua rede social; confira o vídeo abaixo! 

Fonte: CBN

Empresas de viagens e turismo se comprometem com a redução de emissões de gases do efeito estufa

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De acordo com a última edição do Net Zero Roadmap, o número de empresas globais do setor que estabelecem metas climáticas aumentou 27% nos últimos três anos.

Além disso, 75% dos viajantes ao redor do mundo expressam o desejo de viajar de forma mais sustentável.

REDAÇÃO E TRADUÇÃO DO DIÁRIO

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) apresentou na última quarta-feira (20) a segunda edição de sua Net Zero Roadmap para o setor, revelando um aumento de 27% no número de empresas globais de viagens e turismo que definem metas climáticas nos últimos três anos. Mais da metade dessas empresas está comprometida com a redução de emissões. O relatório pode ser visto aqui (em inglês).

Apresentado durante as atividades da COP29, o relatório destaca que 53% das 250 maiores empresas do setor de viagens e turismo já estabeleceram metas climáticas. Isso representa um aumento significativo em relação aos 42% de 2021, quando foi lançada a primeira edição do Net Zero Roadmap.

Entre essas empresas, um terço aderiu às metas da iniciativa Science-Based Targets (SBTi), demonstrando um compromisso com rigorosos padrões de redução de emissões. Notavelmente, o número de empresas que adotam os objetivos da SBTi duplicou desde 2021, refletindo um esforço acelerado do setor para se alinhar às metas climáticas globais.

Urgência de Ações Climáticas

Desenvolvida em colaboração com a Accenture, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e com o apoio da Agência Estatal de Turismo da República do Azerbaijão, esta segunda edição da Net Zero Roadmap ressalta a urgência de ações climáticas à medida que o setor avança em direção a emissões líquidas zero até 2050.

Com base no roteiro original, lançado em 2021 durante a COP26 em Glasgow, Escócia, a nova edição aborda os crescentes impactos ambientais no turismo. Apresenta um quadro de descarbonização aprimorado, incluindo novas metas que orientam as empresas do setor a definir objetivos climáticos mais ambiciosos e viáveis.

O relatório enfatiza que não existe uma solução única para todos, pois cada segmento enfrenta desafios específicos, com alguns setores atingindo as metas de emissões líquidas zero antes de outros.

Um dos objetivos principais da atualização é melhorar a transparência e o alinhamento do setor, especialmente em um momento em que cresce a demanda por opções de viagem mais sustentáveis. Hoje, 75% dos viajantes globais expressam o desejo de adotar práticas mais sustentáveis em suas viagens.

A Net Zero Roadmap também se apoia na Pesquisa Ambiental e Social (ESR, na sigla em inglês) do WTTC, que aponta uma redução significativa na pegada de carbono do setor de viagens e turismo.

De acordo com os dados mais recentes da ESR, o setor de viagens e turismo foi responsável por 6,5% das emissões globais em 2023, em comparação com o pico de 7,8% registrado em 2019. Isso representa uma redução de 10,2% na intensidade de gases de efeito estufa, evidenciando avanços significativos rumo ao desacoplamento entre o crescimento do setor e as emissões.

O relatório destaca melhorias relevantes em várias indústrias no que diz respeito à intensidade de carbono.

Em 2023, a indústria da aviação reduziu em 6% sua intensidade de carbono em comparação a 2019, quando o setor de viagens e turismo estava em seu auge. Já as indústrias de cruzeiros e hospedagem registraram uma redução de 11% na intensidade de carbono.

Essas reduções são essenciais para equilibrar o crescimento do setor com uma transição significativa para menores emissões.

Julia Simpson, Presidente e CEO do WTTC: “A urgência de ações climáticas em nosso setor nunca foi tão clara” (Crédito: WTTC)

“A urgência de ações climáticas em nosso setor nunca foi tão clara. A mudança climática não é uma ameaça futura, está aqui, e todos estamos enfrentando suas consequências”, afirmou Julia Simpson, Presidente e CEO do WTTC.

“Este roteiro atualizado é um chamado à ação para todas as empresas de viagens e turismo. O setor está avançando, mas não podemos nos acomodar. Devemos trabalhar juntos com mais ambição e urgência para criar um futuro sustentável para as viagens e o turismo. Cada passo é essencial para preservar nosso planeta e os meios de subsistência de milhões de pessoas.”

 

 

Passeio noturno no cemitério da Consolação homenageia Luís Gama e Dona Thereza

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A visita acontece na próxima sexta-feira (22), com início às 19h15 na Capela da unidade

Na semana do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, o Cemitério da Consolação receberá um passeio noturno com homenagem especial a Luís Gama e Dona Thereza de Jesus Correia (Dona Thereza). O encontro será na Capela do cemitério, com início previsto para as 19h15.

A iniciativa é uma parceria entre a Consolare, o projeto “O Que Te Assombra?” e o “Reconheça São Paulo”, e proporcionará uma experiência imersiva de duas horas, explorando não só a história de Dona Thereza e Luís gama, mas também a arte tumular e túmulos de ilustres personalidades que desempenharam papéis significativos na história do Brasil e da cidade de São Paulo. Durante o trajeto, os participantes irão conhecer o jazigo de Líbero Badaró, médico, jornalista e patriarca da Imprensa Livre; e três membros do grupo dos modernistas: a pintora Tarsila do Amaral e os poetas Mário e Oswald de Andrade, entre outros.

Os homenageados

Dona Thereza, foi a primeira pessoa a ser sepultada no cemitério, em 15 de agosto de 1858, e representa o marco inicial de um dos espaços mais simbólicos da cidade. Embora sua vida ainda seja envolta em mistério, seu sepultamento simboliza o início da história do Cemitério da Consolação, um local que carrega séculos de memória paulistana.

Luís Gama, abolicionista, advogado autodidata, poeta e jornalista, dedicou sua vida à luta pela liberdade dos escravizados. Sepultado no Cemitério da Consolação, Gama é considerado um herói nacional. Em 2015, recebeu o título de advogado post mortem da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), reconhecimento de sua importância histórica e intelectual.

“Esta visita nos oferece uma oportunidade única de vivenciar a história de uma maneira sensível e imersiva, destacando as lutas e legados de figuras fundamentais para nossa cultura e sociedade”, afirma Thiago Souza, idealizador do projeto “O Que Te Assombra?” e condutor do passeio. “Luís Gama e Dona Thereza são nomes que representam a resistência e a construção da identidade de São Paulo, e essa homenagem é uma maneira de preservarmos e celebrarmos suas contribuições”, complementa Souza.

A historiadora Viviane Comunale, também mediadora da visita, ressalta a importância do passeio: “O Cemitério da Consolação é, sem dúvida, um dos importantes patrimônios históricos da. Mais do que um espaço de memória, é onde se encontram as histórias e artes que moldaram a cidade. Essa visita é uma oportunidade de valorizar e refletir sobre o nosso passado”.

Passeio Noturno no Cemitério da Consolação

  • Data: sexta-feira, dia 22 de novembro, das 19h15 às 21h30;
  • Onde: Cemitério da Consolação (R. da Consolação, 1660 – Consolação, São Paulo – SP).
  • Ponto de encontro: Capela do cemitério.
  • Quanto: Gratuito – Doação voluntária de 1kg de alimento não perecível no dia do evento. É necessária a reserva prévia do ingresso. Link para a retirada será divulgado na página O que Te Assombra?. Limite de 130 ingressos.

*Importante: em caso de chuva, a visita está automaticamente cancelada.

Cruzeiro fluvial na Alemanha – o que conhecer, passeios e enogastronomia regional

Um cruzeiro fluvial na Europa sempre está na lista de desejo de brasileiros. Mesmo ainda não tão popular como o cruzeiro em alto mar, a modalidade fluvial vem atraindo cada vez mais a atenção de turistas por todo mundo.

Em uma experiência a bordo de um navio pela Alemanha, o viajante pode conhecer cidades históricas, participar de excursões com guias e ainda degustar bons vinhos e boa gastronomia.

Por Simone Barros, @viagemelifestyle, colaboradora do DT
Cruzeiro de uma semana por seis cidades da Alemanha até a França (foto: Simone Barros)
Cruzeiro de uma semana por seis cidades da Alemanha até a França (foto: Simone Barros)

Uma semana de viagem

A bordo do navio VIVA Moments atravessamos, durante uma semana, cidades alemãs até chegarmos na Alsácia, na França.

O cruzeiro fluvial, diferente do que muitos pensam, tem uma navegação tranquila; a viagem é mais exclusiva – o navio no qual embarcamos comporta até 176 passageiros, e sendo assim o embarque e desembarque são bem mais tranquilos.

Cabine Diamond no navio VIVA Moments (foto: Simone Barros) - Cruzeiro fluvial na Alemanha
Cabine Diamond no navio VIVA Moments (foto: Simone Barros)

Outro ponto forte a destacar é o conforto das cabines – ficamos no terceiro andar numa opção premium, bem decorada e ampla, com french balconista, igualmente amplo banheiro e opções de amenities Rituals. Importante destacar que tudo que está no minibar da cabine também faz parte de sua estadia e é reposto diariamente. Outros dois serviços importantes que estão incluso são: Wi-Fi de alta velocidade e academia.

Seja a bordo ou durante as excursões oferecidas em cada parada, conhecemos história, cultura, gastronomia , vinhos e curiosidades. Entrando e retornando pela cidade de Düsseldorf, passamos pelas mais charmosas cidades do trajeto ao longo do rio Reno. Em resumo: uma experiência como essa me parece como uma aula de história ao vivo, junto à monumentos e construções; e todos os walking tours e visitas são feitos com um guia local. Essa riqueza de detalhes e de aprendizado durante uma viagem imersiva como essa proporciona muitas recordações.

Vista do deck superior do navio (foto: Simone Barros) - Cruzeiro fluvial na Alemanha
Vista do deck superior do navio (foto: Simone Barros)

Rio Reno

O percurso pelo rio Reno tem um visual de tirar o fôlego. Castelos, monumentos e vinhedos fazem parte do cenário dessa viagem e, por isso, não são apenas nas paradas que o turista verá esses cenários. Há surpresas ao longo de todo trajeto. Para aproveitar a dica é subir algumas vezes no deck superior e curtir a paisagem em chaises. Nessa área há ainda uma jacuzzi aquecida e um mini golfe. O serviço de bar e café funciona ali também. Em outubro , quando viajamos, com o clima já mais frio, é irresistível aproveitar a vista e tomar um delicioso chocolate quente.

O rio Reno atravessa a Europa de norte a sul e é de grande importância logística e econômica para o continente. Poucos sabem, mas um trecho de 65 km do vale do meio Reno ( Middle Rhine) é patrimônio da Unesco devido a sua beleza natural e importância com dezenas de castelos e fortificações da Idade Média.

Bar e restaurante a bordo (foto: Simone Barros) - Cruzeiro fluvial na Alemanha
Bar e restaurante a bordo (foto: Simone Barros)
Bar e restaurante a bordo ( foto Simone Barros)
Bar e restaurante a bordo (foto: Simone Barros)

Gastronomia e vinhos alemães

A bordo do navio é importante destacar que todas as refeições e bebidas estão incluídas, até mesmo snacks ou drinks ao longo do dia ou ao final da noite quando acontecem atrações musicais no lounge. No restaurante e no bistrô há uma ampla carta de vinhos e drinks, e também é possível degustar variedades de cervejas alemãs. Nas opções a bordo são destaque rótulos de vinhos como: Julius Kimmle Pinot Blanc, Grüner Silvaner, e Riesling Mosel No. 1.

A gastronomia a bordo é variada e internacional. Para almoço e jantar no restaurante principal há sempre opções de entradas, pratos principais, sobremesas e queijos, além das bebidas já mencionadas. No bistrô deve ser feita reserva prévia para um almoço mais casual ou um jantar mais especial.

Roteiro pelo Rio Reno

Conheça aqui detalhes de todas as cidades visitadas no nosso roteiro de cruzeiro pelo rio Reno, a bordo do VIVA Moments. No Brasil, essa e outras opções de cruzeiros premium são apresentadas pela Velle Representações.

Bopparder Hamm , vinícola em Boppard (foto - Simone Barros) - Cruzeiro fluvial na Alemanha
Bopparder Hamm , vinícola em Boppard (foto – Simone Barros)

Boppard

A primeira parada do navio é na cidade de Boppard. Ela é referência em produção de vinhos e conta com dez produtores locais. Logo próximo ao deck é possível avistar Boppard Hamm, uma vinícola que ocupa uma área de 75 hectares e é a maior da região do Middle Rhine. Todos os anos, durante dois fins de semana, a cidade realiza seu Wine Festival. A cidade também é reconhecida por ter bastante preservada suas tradições medievais, em muitas construções, e por ser um parque arqueológico com fortalezas romanas. Uma conhecida atração local é ir de teleférico até o morro Vier-Seen-Blick e ter uma vista impressionante da cidade.

Centro de Mainz (foto - Simone Barros) - Cruzeiro fluvial na Alemanha
Centro de Mainz (foto – Simone Barros)

Mainz

A cidade de Mainz fica na região de Rheinhessen. Se destaca por produção de vinhos brancos Niersteiner Domtal e Liebfraumilch, embora digam que os locais preferem um dry Riesling ou um tinto encorpado Dornfelder.

Mainz é famosa por ser a terra de Gutenberg e abrigar ali um museu que conta o início e a história da impressão gráfica. Outros pontos a visitar na cidade são a sua catedral, datada do século XII, e a igreja de Saint Stephen, em estilo gótico.

Speyer é considerada a capital do pretzel (foto - Simone Barros)
Speyer é considerada a capital do pretzel (foto – Simone Barros)

Speyer

Speyer sedia dois patrimônios da humanidade pela Unesco (sua magnífica catedral e o patrimônio judaico da cidade) e tem também um tesouro – uma a garrafa de vinho Speyer, datada de 325 – 359 d.C., que é considerada a mais antiga do mundo, permanece selada há quase 1700 anos.

Conhecida por ter sido ali o provável local da criação do pretzel – iguaria alemã famosa pelo mundo, e por realizar um importante festival do Pretzel todos os anos, a cidade é uma ótima opção de turismo para quem aprecia vinhos e gastronomia.

Petite France em Strasbourg (foto - Simone Barros)
Petite France em Strasbourg (foto – Simone Barros)

Strasbourg

A Alsácia situa-se na região nordeste da França, junto à Strasbourg, ao norte. Por lá uma das produções mais famosas é o espumante, conhecido como Crémant d’Alsace. Em Strasbourg é comum observar que os moradores falam tanto francês como alemão. A área chamada Petite France é um charme, cheio de casinhas em estilo medieval e várias lojinhas interessantes, a maioria de souvenieres.

Monumento Niederwald e Abadia de Saint Hildegard em Rüdesheim (foto - Simone Barros)
Abadia de Saint Hildegard em Rüdesheim (foto – Simone Barros)
Monumento Niederwald e Abadia de Saint Hildegard em Rüdesheim (foto - Simone Barros)
Monumento Niederwald em Rüdesheim (foto – Simone Barros)

Rüdesheim

A cidade é cercada por muitos vinhedos. Também patrimônio da Unesco, essa é uma das cidades mais visitadas ao longo do rio Reno não apenas por sua produção vinícola, mas sobretudo pelo grandioso monumento Niederwald. É possível chegar lá por caminhada ( relativamente íngreme) ou por um teleférico panorâmico que oferece uma vista incrível.
Outro ponto muito interessante para visitação por lá é a abadia de Saint Hildegard, que além de convento e um dos marcos da travessia do caminho de Santiago, é um espaço de produção de vinhos, licores, geleias e conta com uma loja aberta aos visitantes.

Vista de Koblenz (foto - Simone Barros)
Vista de Koblenz (foto – Simone Barros)

Kobkenz

A última parada do cruzeiro antes de voltar para Düsseldorf é Koblenz. A cidade é conhecida pelo nome de Deutsches Eck – por ser considerada a esquina da Alemanha, entre os rios Reno e Mosela. O passeio é feito pelo centro histórico e é possível conhecer o palácio Kufürstliches Schloss e a estátua de William, o Grande.

Luana Bastos e Marden Couto, jornalistas do Turismo de Minas, optam por vida “on the road”

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Mais que aventureiros ou blogueiros, Luana e Marden optaram por um estilo de vida moderno, versátil

REDAÇÃO DO DIÁRIO

Luana Bastos é jornalista e Marden Couto, fotógrafo, ambos mineiros. Luana é de Cana Verde, sul de Minas e Marden é de Sete Lagoas. Ambos adoram botar o pé na estrada e atualmente estão viajando. Diferente de 99% dos profissionais que retornam para casa depois de uma viagem, Luana e Marden optaram fazer de sua “casa” a própria viagem. “O principal aprendizado neste período todo de viagem, foi desapegar das coisas materiais. Percebemos que quase tudo que tínhamos não fazia falta. Então paramos de comprar, por não termos necessidade e por não termos onde guardar”, afirma Luana ao DIÁRIO. Sim, esses profissionais optaram pela liberdade e flexibilidade do movimento, do estar em trânsito. Especializados em turismo, têm 15 anos de atuação no mercado com produção editorial de primeira e são responsáveis pela página Turismo de Minas. Já produziram mais de 100 edições do jornal, mais de 60 cadernos de turismo do jornal Estado de Minas, duas edições do guia turístico, e em 2016 fizeram uma expedição por Minas Gerais passando por 40 cidades, durante 55 dias de viagem. O DIÁRIO entrevistou-os, acompanhe:

DIÁRIO – Mais que aventureiros ou blogueiros, vocês optaram por um estilo de vida moderno, versátil e porque não dizer por uma maneira de ver a vida sob outra ótica, bem ao estilo on the road (pé na estrada), morando em hotéis desde 2016. Podem nos contar sobre essa experiência?

Estamos juntos há 12 anos e há 5 anos começamos a trabalhar em conjunto. Em 2016, entregamos o apartamento que tínhamos alugado e doamos e vendemos quase tudo que tínhamos para fazermos um intercâmbio de estudo e trabalho na Irlanda.

Foi então que o Jornal Estado de Minas nos convidou para iniciar uma parceria no caderno de turismo semanal. Aceitamos o desafio e adiamos o intercâmbio. Para não termos que recomprar tudo, a gente avaliou e decidiu morar em hotéis de BH, como experiência para conhecer os locais e regiões da cidade.

DIÁRIO – Como vocês dividem as pautas? quem escreve e quem fotografa? Os dois fazem tudo? como é o dia a dia de vocês?

A gente faz tudo: pautamos, escrevemos, editamos, revisamos, fotografamos, fazemos vídeos, cuidamos do marketing digital e da gestão da empresa (uma agência de comunicação). Sendo que cada um tem uma especialidade, a Luana cuida dos textos, do marketing e edita vídeos e eu fotografo, filmo e gerencio.

Normalmente, trabalhamos de forma remota, de onde estamos, seja de BH ou em qualquer outro lugar. Produzimos conteúdo para o blog Turismo de Minas, para o caderno de turismo do Estado de Minas e para alguns clientes (mídia ou empresa).

DIÁRIO – e complementando a pergunta anterior… como conciliar vida profissional de vida pessoal?

Passamos praticamente 24 horas juntos e nos damos muito bem – temos muitas afinidades. Às vezes ficamos confinados dentro de um quarto de hotel o tempo todo, não é fácil, mas nos acostumamos e foi a opção de vida que fizemos neste momento.

Marden e Luana na Expedição de Turismo de Minas (Crédito: divulgação)
Marden e Luana na Expedição de Turismo de Minas (Crédito: divulgação)

DIÁRIO – Vocês também produziram um guia de Minas Gerais rodando o estado de Milton Nascimento e JK de ponta a ponta. Qual foram as lições que tiveram dessa experiência?

Para produzirmos o conteúdo do Guia de Viagem de Minas Gerais fizemos uma expedição, viajando por 40 cidades mineiras durante dois meses ininterruptos. Tivemos a oportunidade de conhecer e registrar lugares e pessoas especiais por onde passamos – uma experiência incrível! Mas o principal aprendizado neste período todo de viagem, foi desapegar das coisas materiais. Percebemos que quase tudo que tínhamos não fazia falta. Então paramos de comprar, por não termos necessidade e por não termos onde guardar. Viajamos com uma mala de mão e uma mochila para cada um. E até hoje vivemos só com isso. Cada um carrega cerca de 20 peças na mala (roupas e calçados). Levamos cada um seu notebook, celular e câmera fotográfica com os acessórios. O restante das coisas que precisamos está tudo online.

DIÁRIO – Luana, qual sua cidade natal? Quais as influências que você teve para trabalhar nessa área de turismo e viagens?

Nasci em Cana Verde, no Sul de Minas, a 200 km de BH. Desde criança sempre lia livros e assistia filmes e me imagina nos lugares. Fiz jornalismo com o objetivo de viajar pelo mundo. Meu primeiro estágio, em 2006, foi na Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, depois tive uma empresa de assessoria de imprensa (Primeiro Plano Comunicação) especializada em turismo. E em 2014, vendi a empresa e comecei a trabalhar no Turismo de Minas, com o Marden.

DIÁRIO – Marden, qual sua cidade natal? Quais as influências que você teve para trabalhar nessa área de turismo e viagens?

Nasci em Sete Lagoas, mas desde sempre morei em Belo Horizonte. Comecei a trabalhar no turismo em 2003, quando passei no concurso público na Belotur – Empresa de Turismo de Belo Horizonte, onde atuei por 10 anos em diversas áreas. Em 2005 criei o Jornal Turismo de Minas para divulgar os destinos de Minas Gerais, que na época eram poucos promovidos, e noticiar o setor. Hoje somos referência na promoção e divulgação de Minas Gerais.

Marden e Luana passam praticamente 24 horas juntos e se dão muito bem, graças à afinidade (Crédito: arquivo pessoal)
Marden e Luana passam praticamente 24 horas juntos e se dão muito bem, graças à afinidade (Crédito: arquivo pessoal)

Publicado originalmente dia 4 de março de 2018

Marcelo Vianna, consultor jurídico, fala ao DIÁRIO sobre indenizações de voo cancelado

As novas regras da Agência Nacional de Aviação Civil são claras: O atraso ou o cancelamento de um voo obriga a companhia aérea a compensar o passageiro, seja oferecendo a ele um meio de comunicação para com seu destino,  refeição compatível com o horário e até hospedagem com traslado até o hotel.

Os últimos dados divulgados pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) registraram mais de 72 mil voos cancelados em 2017 por motivos variados. Diante de tais números, o DIÁRIO conversou com Marcelo Soares Vianna, consultor jurídico do DT e sócio do escritório VIANNA & OLIVEIRA FRANCO ADVOGADOS (www.veof.com.br). Acompanhe a entrevista:

DIÁRIO: Quando ocorre atraso ou cancelamento de voo, quais são os direitos do passageiro e os deveres na companhia?

Segundo as novas regras da ANAC, o atraso superior 1h obriga a companhia aérea a disponibilizar um meio de comunicação do passageiro para com seu destino, o atraso superior a 2h obriga a empresa a disponibilizar também refeição compatível com o horário, já o atraso superior a 4h, cancelamento do voo ou overbooking, além da comunicação com o destino e da refeição compatível com o horário, obriga a companhia aérea a disponibilizar hospedagem com traslado até o hotel ou, caso o consumidor assim prefira, o direito de reembolso ou execução do transporte por outra modalidade. E mesmo que a companhia aérea respeite todas as regras estabelecidas pela ANAC, ainda assim o consumidor poderá pleitear judicialmente indenização por eventuais danos morais e materiais por conta do atraso ou cancelamento do voo.

DIÁRIO: Há casos em que a companhia aérea não responde pelo atraso ou cancelamento do voo?

Sim, nos casos de casos fortuito e/ou força maior. Por exemplo, se o atraso ou cancelamento do voo decorreu de mal tempo, a companhia não pode ser responsabilizada. Contudo, isso não se aplica aos denominados casos fortuitos “internos”, tais como a manutenção não programada ou preventiva da aeronave, indisponibilidade de piloto ou da tripulação, etc. Tais situações, embora não previstas pela companhia, poderiam (e deveriam) ser por ela evitadas, razão pela qual as empresas respondem perante os consumidores pelos danos daí decorrentes. 

DIÁRIO: Quais são os valores médios das indenizações por atraso ou cancelamento de voo?

O valor devido a título de indenização por danos materiais dependerá do prejuízo que o passageiro conseguir efetivamente comprovar no processo judicial. Já as indenizações por danos morais por atraso de voo, na média, ficam em torno de R$ 1.500,00 a R$ 15.000,00 e as condenações por cancelamento de voo entre R$ 5.000,00 e R$ 20.000,00. A grande diferença de valor entre as indenizações por danos morais decorre das peculiaridades de cada caso em particular, bem como da interpretação que cada juiz ou tribunal estadual aplicará sobre a situação objeto de julgamento.

DIÁRIO: Em quanto tempo em média o consumidor consegue receber a indenização por atraso ou cancelamento de voo?

Vai depender do tempo de tramitação do processo judicial, que em ações dessa natureza leva em média de 1 a 4 anos. Porém, o valor das indenizações é corrigido monetariamente e acrescido de juros simples de 1% a.m. Portanto, na prática, é como se fosse uma aplicação financeira… o consumidor só precisa ter paciência. Uma exceção a tal regra ocorre quando a companhia aérea tem uma política de acordo para com seus clientes lesados, aí pode-se alcançar uma solução amigável e receber o pagamento rapidamente, mas isso depende de empresa pra empresa.

DIÁRIO: Existe advocacia especializada em pleitear indenizações por atraso ou cancelamento de voo? 

Ações judiciais por atraso ou cancelamento de voo não costumam ser complexas do ponto de vista do consumidor; portanto, não existe exatamente uma advocacia “especializada” nesse tipo de assunto, mas sim advogados que possuem muitas ações dessa natureza. O importante é o consumidor procurar um profissional sério, capaz de avaliar com responsabilidade quais são os verdadeiros direitos que o cliente possui diante do caso concreto. Por outro lado, do ponto de vista da defesa dos direitos das companhias aéreas, aí sim pode-se dizer que existem escritórios de advocacia especializados em defender as empresas do setor, não só com relação a ações por cancelamento ou atraso de voo, mas por qualquer litígio decorrente da relação com os passageiros.

DIÁRIO: Como o senhor analisa essa onda de busca dos direitos exagerada no Brasil, mesmo quando evidentemente não há prejuízos para o reclamante? Trata-se de uma evolução da sociedade ou ao contrário? 

Infelizmente, existem muitas ações temerárias ajuizadas por consumidores sem razão, especialmente quando obtém justiça gratuita, ou seja, quando não precisam recolher custas judiciais nem tampouco pagar as verbas sucumbenciais na hipótese de perderem a ação futuramente. Vira portanto uma “loteria”, uma aposta praticamente sem risco. É a chamada no meio jurídico de “indústria do dano moral”. Trata-se, sem sombra de dúvida, de um dos efeitos colaterais negativos do uso indevido do (legítimo) direito do consumidor. Contudo, felizmente, os juízes têm sem mostrado cada vez mais atentos a estas situações, aplicando penas como a litigância de má-fé aos consumidores que ajuízam ações infundadas, baseadas em falsa alegações.

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Marcelo Soares Vianna advogado atuante no setor do turismo, sócio do escritório VIANNA & OLIVEIRA FRANCO ADVOGADOS (www.veof.com.br). Para eventuais considerações sobre o conteúdo dessa entrevista, está à disposição pelo endereço: marcelo@veof.com.br

Entrevista publicada originalmente dia 10 de abril de 2018

Alexandre de Souza, chef executivo do Grand Amazon Expedition: “Culinária internacional com um toque amazônico”

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Alexandre de Souza, chef executivo do Grand Amazon Expedition, nasceu em Manaus e tem em sua formação sensorial todos os sabores, cheiros e aromas da fauna e da flora amazônica. Antes de chegar ao Grand Amazon Expedition trabalhou em pequenos restaurantes, padarias e foi micro-empreendedor individual. Em 2014 foi contratado como auxiliar de padaria do navio e em poucos meses de trabalho seu talento foi reconhecido e foi alçado ao cargo de chef de padaria e confeitaria. Após um ano nesta função passou a sub-chef da cozinha e atualmente é o chef executivo do Grand Amazon Expedition. São quase 11 anos dedicados ao que mais gosta de fazer: apresentar o que há de melhor na culinária amazônica a brasileiros e turistas internacionais. Confira a seguir a entrevista com Alexandre de Souza: 

por Paulo Atzingen (De Manaus e São Paulo)* 

DIÁRIO: Como é liderar a cozinha de um navio que navega por uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo?

É um prazer e também um grande desafio. Liderar a cozinha requer muita atenção, pesquisa e dedicação para oferecer o melhor aos nossos viajantes, sempre trazendo algo que eles não encontrarão em nenhum outro lugar. Tentamos buscar isso constantemente, oferecendo uma experiência única e exclusiva.

DIÁRIO: A Amazônia tem uma culinária muito rica em peixes, como o tambaqui, pirarucu e tucunaré. Como você trabalha com esses insumos no menu?

Além do Tambaqui, Pirarucu e Tucunaré, temos também o Surubim, Matrinxã, Jaraqui, entre outros. Eles são pilares da culinária amazônica. Estão presentes nas principais refeições, e nas secundárias, seja como snack no terraço, lanches da tarde, em opções à la carte, salgados de peixe, molhos, caldos e entradas, entre outros. Sempre há algum item em todos os horários e refeições.

Alexandre de Souza
“Tambaqui, Pirarucu e Tucunaré, Surubim, Matrinxã, Jaraqui, entre outros. pilares da culinária amazônica”
Alexandre de Souza
“Criar essa explosão de sabores e proporcionar essa experiência é fantástico!” (Crédito: DT)

DIÁRIO: Falando em raízes, tubérculos, sementes e folhas, esses são ingredientes menos conhecidos pelo público em geral. Como o senhor os utiliza nas suas criações?

Eu costumo dizer que essa é a refeição 100% brasileira, a verdadeira essência da nossa culinária. São ingredientes nativos do Brasil, usados pelos povos originários. É uma alegria apresentar pratos como macaxeira cozida ou frita, cará roxo, caldo de tucupi, arroz com jambu, arroz com castanhas, massa com molho de tucumã, ceviche com banana pacovan (banana da terra com sabor característico da região). Criar essa explosão de sabores e proporcionar essa experiência é fantástico! Usar pimenta Baniwa do alto do rio Negro, molho de pimenta murupi, tucupi negro, passando por pupunha (não o palmito, e sim a fruta), é algo único. Eles estão no café da manhã, entradas, saladas, pratos principais e sobremesas. Ver o viajante provar e se surpreender com cada tempero é muito gratificante.

DIÁRIO: Os temperos amazônicos também são bastante particulares. Quais são os seus favoritos, e como eles aparecem em seus pratos?

Como mencionei antes, eles são destaques nas refeições. Usamos caldo de peixe feito por nós mesmos para agregar sabor, além das pimentas e molhos de açaí, tucumã, cupuaçu e tucupi em diversas preparações, sempre surpreendendo os visitantes. Gosto de sair do óbvio e usar frutas e ervas regionais como chicória e coentro, que são os meus favoritos.

Alexandre de Souza
“Uma fusão entre a cozinha internacional e a amazônica. O glamour da culinária internacional, mas sempre com um toque amazônico”
Grand Amazon Expedition
Alexandre foi contratado como auxiliar de padaria do navio e em poucos meses de trabalho seu talento foi reconhecido (Crédito: arquivo DT)

DIÁRIO: Como o senhor equilibra a estética refinada dos pratos com o exotismo dos ingredientes amazônicos?

É sempre uma fusão entre a cozinha internacional e a amazônica. Trazemos o glamour da culinária internacional, mas sempre com um toque amazônico, utilizando ingredientes locais. Por exemplo, podemos ter um filé, mas a guarnição ou o molho será algo regional.

DIÁRIO: Os ingredientes são adquiridos localmente? Como funciona esse processo em um navio que está sempre navegando?

Sim, quase tudo é adquirido localmente. Nos dias de segunda e sexta, estamos no porto, e esses são os dias de abastecimento. Temos algumas horas para realizar toda a logística. Sempre planejo com pelo menos uma semana de antecedência para garantir que tudo esteja em ordem.

DIÁRIO: O que o senhor espera que os passageiros levem dessa experiência gastronômica a bordo?

Uma experiência para a vida. Estar na Amazônia vai além de uma visita, é sobre sentir. E eu tento transmitir isso nos nossos pratos. Quero que eles levem essa experiência gastronômica, que sintam novos sabores, aromas, e pensem: “Nossa! Que delícia, que diferente!”. Isso não tem preço. Curiosamente, já temos algumas receitas salvas nos computadores de tanto que os nossos viajantes pedem.

DIÁRIO: No jantar com o comandante o senhor apresentou pratos genuinamente amazônicos. São criações suas? Pode falar a respeito?

É um trabalho conjunto entre a parte corporativa de cozinha e marketing da rede, onde eu avalio e dou o toque final. Sempre buscamos a excelência.

Alexandre de Souza
Alguns dias têm cardápios fixos, como a Noite Amazônica e a Noite do Comandante (Crédito: DT)

DIÁRIO: Os cardápios são diferentes nos cruzeiros pelo Solimões e Rio Negro ou permanecem os mesmos independente do trajeto?

Alguns dias têm cardápios fixos, como a Noite Amazônica e a Noite do Comandante. Nos demais dias, alguns itens podem se repetir, como moquecas e caldeiradas, mas a ideia é que cada refeição seja uma nova experiência, sem repetição de pratos.

DIÁRIO: Quais são os cuidados que você como Chef de uma empresa internacional precisa ter, tanto com o uso correto dos produtos e insumos, como o descarte de resíduos, considerando os cuidados com a sustentabilidade?

Isso é uma prioridade máxima para nós em todos os setores. Na cozinha não é diferente. Somos uma empresa “zero aterro”, e temos muito orgulho disso. Todos os resíduos são separados e destinados à reciclagem. O material orgânico vai para compostagem, e se transforma em adubo. Não usamos plásticos descartáveis e compramos peixes de origem sustentável. Esse trabalho começa a bordo e segue até o destino final.

No Grand Amazon Expedition, trabalhamos pensando no futuro e na sustentabilidade, e esse é um caminho sem volta.

Alexandre de Souza
“No Grand Amazon Expedition trabalhamos pensando no futuro e na sustentabilidade e esse é um caminho sem volta”

*O jornalista Paulo Atzingen viajou ao Amazonas convidado pela Rede Iberostar Hotels & Resorts e com Seguro Europ Assistance

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“Afroturismo é uma prioridade do Estado de São Paulo”, diz secretário de Turismo

Dia de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra será feriado nacional pela primeira vez em 2024

Nesta quarta-feira, 20, é comemorado o Dia de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra. A data que marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares, se tornou data comemorativa em 2011, e, a partir deste ano, é feriado nacional.

A data não fazia parte do calendário de feriados nacionais, e, também, não era considerada ponto facultativo. O dia era reconhecido como feriado apenas em aproximadamente 1,2 mil cidades de seis estados do país.

Em abril deste ano, a Setur-SP lançou uma publicação especial que reúne 10 dos principais roteiros e atrativos paulistas ligados à cultura afro-brasileira, incluindo municípios do interior, como Taubaté, Eldorado, Salto de Pirapora e Campinas, e do litoral, como Santos e Ubatuba.

Os roteiros de afroturismo apresentam quilombos históricos como o da Fazenda, em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, com atrações como oficinas de artesanato e gastronomia típica; e o do Cafundó, em Salto do Pirapora, onde é possível ter contato com uma língua ancestral africana e percorrer um itinerário cultural montado pela própria comunidade, que resiste e preserva os costumes africanos há mais de 150 anos.

O material conta ainda com roteiros e espaços histórico-culturais da cidade de São Paulo, nos baixos do Bixiga e Liberdade e apresenta rotas com experiências em periferias, como no Grajaú, extremo sul da capital paulista.

Roberto de Lucena, secretário de Turismo do Estado de São Paulo (Foto: Paulo Atzingen)
Roberto de Lucena, secretário de Turismo do Estado de São Paulo (Foto: DT)

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 41% da população paulista é negra, por essa razão, desenvolver o Afroturismo no Estado de São Paulo é uma prioridade. Com esse objetivo, a Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo (Setur-SP), mantém um grupo de trabalho sobre o tema e, por meio de parcerias, capacita profissionais que atuam em restaurantes, meios de hospedagem e agências de viagens para trabalharem de maneira mais adequada com o público negro.

O Afroturismo SP tem a finalidade de promover a inclusão e o reconhecimento étnico-cultural no estado, e, também, impulsionar o turismo e a economia regional de comunidades, valorizando e preservando o legado cultural afro-brasileiro.

“São Paulo é um estado multicultural que tem na comunidade negra um patrimônio fundamental para a construção da identidade do estado, e desenvolver o Afroturismo é uma prioridade do Estado de São Paulo, e, para isso já estamos trabalhando com um Grupo Técnico para elaboração do Plano Estadual de Afroturismo SP, que deve ser lançado em breve”, destaca o secretário de Turismo e Viagens de São Paulo, Roberto de Lucena.

CEO do BH Airport recebe condecoração em Minas Gerais

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Medalha foi entregue pelo vice-governador, Professor Mateus, e é concedida desde 1956 a personalidades que contribuem para crescimento do estado

O CEO do BH Airport, Daniel Miranda, foi agraciado na tarde da última segunda-feira (18) com a Medalha Santos Dumont 2024, importante honraria concedida pelo Governo do Estado. A entrega foi feita pelo Governador em exercício, Professor Mateus, em cerimônia realizada na Villa Foncá, na cidade de Santos Dumont.

Instituída em 1956, a Medalha Santos Dumont foi criada em celebração ao primeiro voo de uma aeronave mais pesada que o ar, realizado em 23 de outubro de 1906 por Alberto Santos Dumont. Desde então, a honraria distingue personalidades e instituições que, de forma relevante, contribuem para o progresso de Minas Gerais e do Brasil.

Foto: divulgação BH Airport
Foto: divulgação BH Airport

“Receber a Medalha Santos Dumont é uma honra para mim e para todo o time BH Airport, que trabalha com afinco e que faz do nosso aeroporto um verdadeiro indutor de desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil. Somos, hoje, o segundo maior aeroporto do Brasil em número de destinos domésticos e entendemos que a aviação vai além de conectar destinos. Ela encurta distâncias, conecta sonhos, oportunidades e pessoas, sendo uma ferramenta poderosa de desenvolvimento social, econômico e cultural”, afirma Daniel Miranda.

A medalha é conferida anualmente pelo Governo de Minas Gerais, com os agraciados sendo escolhidos pelo Conselho Permanente da Medalha. A cerimônia, realizada no município que leva o nome do “pai da aviação”, reforça a importância de valorizar iniciativas e trajetórias que inspiram o crescimento regional e nacional.

Sobre o BH Airport

Com localização estratégica e um dos principais hubs do país, o BH Airport atende a mais de 70 destinos nacionais e internacionais. Desde 2014, o aeroporto é administrado por uma concessão, formada pelo Grupo CCR, uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, e por Zurich Airport, operador do Aeroporto de Zurich, o principal hub aéreo da Suíça e considerado um dos melhores aeroportos do mundo, além da Infraero, estatal com experiência de mais de 50 anos na gestão de aeroportos no Brasil.

Colonia do Sacramento, pequena cidade, grande viagem

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O coração histórico da graciosa vila de Colonia do Sacramento, no Uruguai, com apenas vinte quadras, deixa no viajante saborosas memórias. Basta pouco mais de meia hora de lancha do porto de Buenos Aires, cruzando o Rio de la Plata, para chegar em Colonia. O mítico rio com suas brilhantes águas prateadas, do latim argentum, argentina, deve seu nome aos objetos feitos em prata pura que os navegadores espanhóis ganharam dos indígenas que ali viviam. Hoje, de prata são as cinco medalhas que o Tannat uruguaio ganhou no último concurso anual de vinhos que aconteceu em Bruxelas.

A vila de Colonia do Sacramento, fundada em 1680 por colonizadores portugueses, foi destino também dos espanhóis

A vila de Colonia do Sacramento, fundada em 1680 por colonizadores portugueses, foi destino também dos espanhóis, daí os vestígios na arquitetura, nas tradições e na gastronomia, desses dois povos que o visitante encontra passeando pelo sossegado vilarejo. Devagar, apreciando os detalhes, cada um fará suas próprias descobertas. Como deve ser.

Várias casas antigas foram transformadas em pousadas ou hotéis aconchegantes
Várias casas antigas foram transformadas em pousadas ou hotéis aconchegantes

Várias casas antigas foram transformadas em pousadas ou hotéis aconchegantes, galerias de arte, lojas com artesanato de vime, réplicas de azulejos portugueses, adegas e restaurantes. Na mesa reina soberana a carne do gado hereford, assada em braseiro de lenha bem ao estilo gaucho, além dos embutidos como salsicha, parrillera e a morcela ou os de sabor mais forte como riñones e a molleja. As carnes pedem o acompanhamento de um vinho encorpado como o tannat, uva originária da França, verdadeira surpresa para os enófilos. Porém, se a preferência for algo mais leve e refrescante, um medio y medio, invenção local que é uma mistura de vinho branco seco na mesma proporção de espumante doce, será uma escolha perfeita para as tardes ensolaradas.

A Narbona, um rincón de recuerdos como a definem seus donos
A Narbona, um rincón de recuerdos como a definem seus donos

Mas, há mais. Nas redondezas de Colonia pode-se passar o dia ou até mesmo se hospedar quer em um resort de luxo como o Four Seasons, quer em uma finca tradicional. A Narbona, um rincón de recuerdos como a definem seus donos, é uma fazenda de imigrantes italianos que trouxeram de Genova, Itália, a receita familiar dos queijos como o Grana, espécie de parmesão mais cremoso e fonte de aromas pungentes.

A sorte, ao final dessa viagem é que dá para rechear a mala com um pouco de cada sabor de Colonia. Assim, com essas gostosuras em casa, o viajante poderá espichar suas deliciosas lembranças.

Ao final dessa viagem é que dá para rechear a mala com um pouco de cada sabor de Colonia
Ao final dessa viagem é que dá para rechear a mala com um pouco de cada sabor de Colonia

Serviço:

Onde ficar:

Four Seasons Resort, estrada 21, km 262, Carmelo, Depto de Colonia, Uruguai, www.fourseasons.com/carmelo

Onde comer:

Finca Narbona, estrada 21, km 267, Carmelo, Uruguai, www.fincaygranjanarbona.com

Passeios:

As agências de turismo local oferecem um “Dia de Campo”, cujas atividades podem ser: cavalgadas, passeios de bicicleta ou de canoa (estilo canadense) pelo Rio de las Víboras, classes de mate, além de aulas de polo ou uma visita a renomada Bodega Irutia

Como chegar:

Do aeroporto de Carrasco na capital Montevidéu e duas horas de carro (180km) pela estrada 21 ou, do porto de Buenos Aires, Argentina, em lanchas ou ferries

https://vmmv.com.br/

Texto e fotos: Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado

(Publicado originalmente dia 30 de março de 2015)