Uma falha crítica no sistema de controle de tráfego aéreo provocou o cancelamento de 130 voos no Aeroporto de Paris-Orly neste domingo (18), gerando atrasos e transtornos que se estendem até esta segunda-feira (19).
DA REDAÇÃO DO DIÁRIO com jornais internacionais
A Direção Geral da Aviação Civil da França (DGAC) confirmou que uma falha no radar de aproximação comprometeu as operações no Aeroporto de Paris-Orly, o segundo mais movimentado da capital francesa. No domingo, a autoridade solicitou a redução de 40% dos voos programados, resultando no cancelamento de 130 partidas e afetando milhares de passageiros.
Embora a situação esteja gradualmente melhorando, a DGAC manteve a recomendação de redução de 15% nas operações nesta segunda-feira, alertando que atrasos ainda são esperados.
Destinos mais afetados e impacto nos passageiros
Os voos para destinos como Itália, Espanha, Portugal e sul da França foram os mais impactados. Partidas para cidades como Lisboa, Porto, Roma, Nice e Toulon foram canceladas na manhã desta segunda-feira.
Passageiros relataram frustração com a falta de informações claras e assistência adequada por parte das companhias aéreas. Alguns viajantes, já a bordo das aeronaves, foram obrigados a desembarcar devido à falha no sistema.
Orientações para os viajantes
A DGAC e a administração do aeroporto recomendam que os passageiros com voos programados para hoje entrem em contato diretamente com suas companhias aéreas para obter as informações mais recentes sobre seus voos. Além disso, é aconselhável verificar os direitos dos passageiros em casos de cancelamentos e atrasos, conforme estabelecido pela legislação da União Europeia.
Accor e Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ promovem evento para debater sobre a erradicação da LGBTI+ fobia - Foto: divulgação Accor
A Accor, referência global em hospitalidade, e o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ promoveram nesta sexta-feira (16) o evento “Juntos Pela Erradicação da LGBTI+fobia”, em São Paulo. A ação foi conduzida por TchaKa Drag Queen e antecedeu o Dia Internacional de Combate à LGBTI+fobia, celebrado em 17 de maio. O encontro reuniu autoridades, representantes de grandes empresas, especialistas e organizações da sociedade civil. O objetivo foi debater soluções concretas para criar ambientes mais diversos, seguros e acolhedores.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, a programação abordou temas como os limites do que não pode mais ser tolerado, os desafios enfrentados por pessoas LGBTI+ no mercado de trabalho e a hospitalidade como ferramenta de inclusão.
Durante a abertura, Antonietta Varlese, Vice-Presidente Sênior de Sustentabilidade e Comunicação da Accor Américas, reforçou o comprometimento da empresa com o assunto: “Entendemos que acolher e respeitar as diferenças é essencial para criar experiências memoráveis e ambientes seguros, tanto para os nossos clientes quanto para os nossos colaboradores. Afinal, hospitalidade é sobre pessoas. Estamos comprometidos em promover uma cultura de respeito e valorização da diversidade, fortalecendo os esforços para que as pessoas LGBTI+ tenham seus direitos humanos plenamente reconhecidos e garantidos na sociedade.”
Tchaka Drag Queen ao lado de Antonietta Varlese, vice-presidente de Sustentabilidade, Comunicação e Relações Institucionais da Accor Américas – Foto: divulgação
A primeira conversa, “Painel com CEOs – Vamos mudar o que não podemos mais tolerar”, foi conduzida por Caio Magri, Presidente do Instituto Ethos, e Reinaldo Bulgarelli, secretário-executivo do Fórum LGBTI+. O debate contou com a participação de executivos como Thomas Dubaere, CEO da Accor Américas; Rodolfo Eschenbach, Presidente da Accenture na América Latina; Rogerio Barreira, Presidente da Divisão Brasil da Arcos Dourados; e Elayne Correa, Diretora Geral da Saint Gobain PPL.
Na abertura, Bulgarelli reforçou a importância do evento para mobilizar lideranças e membros da indústria para a criação de ambientes inclusivos, seguros e respeitáveis para todas as pessoas: “Este evento nos permite trabalhar em conjunto com nossas signatárias para promover práticas verdadeiramente inclusivas em grandes corporações. A prática da discriminação de pessoas LGBTI+ precisa ser erradicada. Podemos e devemos promover um ambiente seguro e saudável para todes”, ressaltou Bulgarelli.
Também marcaram presença no evento Raphael Calumby, Coordenador de Políticas para a Diversidade Sexual – Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, que enfatizou o combate ao preconceito, assim como a importância das ações de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em empresas e na sociedade para que todas as pessoas possam se sentir incluídas. E Regina Célia Silveira, Secretária Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania da Cidade de São Paulo, que enfatizou a relevância da presença do Fórum LGBTI+ no Brasil e a luta constante por espaços que precisam se cada vez mais ocupados dentro da Secretaria e das organizações por pessoas diversas, deu ênfase no cuidado e apoio necessário com pessoas da comunidade LGBTI+ em situações de vulnerabilidade e fez um apelo às empresas para se unirem à Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo para desenvolver propostas de desenvolvimento de cunho social e econômico para erradicar o preconceito.
A programação seguiu com mais dois painéis. O segundo, “Eu LGBTI+ no ambiente de trabalho”, reuniu representantes de iniciativas como Fórum de Empresas com Refugiados Acnur, Rede Empresarial de Inclusão Social, Fórum Gerações e Futuro do Trabalho, Diretoria voluntária Movimento Mulher 360, Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial e Fórum de Empresas e Direito LGBTI+. No segundo encontro do dia, Reinaldo enfatizou os espaços que o Brasil pode ocupar no avanço das práticas de DEI. O painel trouxe debates sobre o papel fundamental da liderança como ponte para a transformação positiva contra a discriminação, incluindo o contexto político-econômico americano vs brasileiro sobre a necessidade da existência de cotas para incluir pessoas com deficiência e pretas na universidade e no ambiente de trabalho.
O último encontro do dia, “A arte da hospitalidade: recebendo bem viajantes LGBTI+” contou com Ricardo Gomes, Presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, Cesar Ferragi, Professor Adjunto no curso de Turismo da UFSCar, Bruno Chateaubriand, jornalista e ex-ginasta, e Jorge Souza, Diretor de Marketing da Orinter.
Com uma trajetória construída entre aeroportos, escritórios internacionais e eventos do setor, João Araújo tornou-se uma das figuras mais respeitadas da aviação comercial e do turismo na América Latina. Com uma carreira iniciada ainda na adolescência, ele construiu uma reputação baseada em dedicação, visão estratégica e capacidade de adaptação — atravessando décadas de transformações no setor aéreo.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
Na entrevista exclusiva concedida ao DIÁRIO DO TURISMO, João narra, em detalhes, os marcos da sua atuação, os desafios superados e as lições de uma vida profissional que moldou rotas, equipes e mercados. Entre Brasil, Chile, Uruguai e Argentina, seu nome esteve associado a grandes projetos de expansão da LAN Chile — hoje LATAM — e à consolidação do turismo de luxo em novos segmentos.
João e um dos aviões da LanChile, em Santiago (arquivo pessoal)
A descoberta da aviação e os primeiros passos no setor
João Araújo ainda era criança quando se encantou pelo universo da aviação. “Aos 9 anos, meu pai me levou ao aeroporto de João Pessoa e, ao ver aquele avião azul, pensei: um dia, vou voar nesse avião.” Esse fascínio o acompanhou ao longo da vida.
Aos 16, já morando no Rio de Janeiro, começou a trabalhar em uma agência de viagens. “Foram oito anos de aprendizado intenso, sempre com o objetivo de chegar à aviação.” Chegou a estudar a parte teórica do curso de piloto, mas o alto custo das horas práticas o direcionou para outro caminho.
Foi em 1978 que se concretizou seu ingresso na LAN Chile, como executivo de vendas B2B no Rio de Janeiro. “Ali começou a realização do meu sonho profissional.” João não se limitou à função original: buscou formações internas, cursos operacionais, marketing, estratégias de crise e relações institucionais. A versatilidade seria uma de suas marcas registradas.
Congresso /Feira ABAV em São Paulo (1991) Estande da LanChile e SAS no período de joint venture entre as empresas (arquivo pessoal)
Três décadas de liderança na LAN Chile
Durante 34 anos na LAN Chile, João assumiu postos-chave no Brasil e no exterior. Atuou como supervisor e gerente de vendas, diretor de marketing e, com a privatização da empresa em 1994, foi nomeado gerente geral no Brasil. Suas responsabilidades se expandiram com passagens por Montevidéu e Buenos Aires, mantendo contato direto com a matriz em Santiago.
João é laureado pelo CEO da LAN, Ignácio Cueto, em Santiago, por seus 30 anos de serviços na Lan Chile (arquivo pessoal)
João Araújo esteve à frente de momentos estratégicos para a expansão da companhia:
Projeto “3 Oceanos”: viagens de volta ao mundo promovidas com a Imperial Tours, nos anos 1980. “Foram 16 viagens de luxo, cada uma com cerca de 30 dias, conectando passageiros a destinos do hemisfério sul e do Mediterrâneo.”
Voos charter para a Europa: realizados com a Concorde Operadora, também nos anos 1980, conectaram São Paulo a Madri com duas frequências semanais e democratizaram o acesso de brasileiros à Europa, Terra Santa e Índia.
Joint-venture com a SAS (Scandinavian Airlines System): resultou na integração de operações e no intercâmbio profissional entre as companhias. “O Brasil se beneficiou muito dessa fusão. Foi um ganho técnico e comercial importante.”
Outro marco foi a venda da LAN Chile a investidores privados liderados pela família Cueto. “Foi o início de uma nova era: surgiram LAN Peru, LAN Argentina, LAN Equador… e o Brasil ganhou novas rotas e maior presença no cenário internacional.”
Congressoda Achet (Associação dos Agentes de Viagens do Chile), em 1986, no lançamento dos Projetos Especiais Volta ao Mundo (arquivo pessoal)
Expansão regional e fusões estratégicas
Nos anos 1990, João coordenou a fusão da LAN Chile com a Ladeco no Brasil e no Uruguai. Em Montevidéu, como gerente geral, ampliou a oferta de voos e consolidou a malha aérea para a América do Sul, Estados Unidos e Europa.
Em 1999, assumiu a gerência comercial da Argentina e Uruguai. “Chegamos a operar nove voos diários entre Buenos Aires e Santiago, com resultados expressivos: mais de US$ 100 milhões em vendas no ano 2000.”
De volta ao Brasil em 2002, liderou a expansão de rotas com a Qantas para a Oceania, além de novos voos para Lima, Buenos Aires e Brasília. Em 2012, participou da complexa integração entre LAN e TAM, culminando na criação da LATAM. “Foi um dos desafios mais técnicos e sensíveis da minha carreira.”
Aeroporto de Santiago, recepcionando os passageiros da primeira Volta ao Mundo em 1985. Na foto aparecem Rodrigo Gallardo (gerente geral da LanChile no Brasil e criador deste projeto junto a Rogerio Viana da Imperial Tour. Ao lado de João, Augusto Silva, Executivo da LanChile no Rio de Janeiro (arquivo pessoal)João Araújo na sede do Mercosul no Uruguai. Da esquerda para a direita: Sérgio Purcell (diretor comercial LanChile Matriz); Eduardo Frei (presidente do Chile); Julio Maria Sanguinetti (presidente do Uruguai), João Araújo à época gerente geral da LanChile no Uruguai e à direita um diplomata chileno (arquivo pessoal)
Transição ao empreendedorismo e o turismo de luxo
Em 2014, com a saída da LATAM, João inaugurou uma nova fase: fundou a João Araújo Promoção & Vendas, voltada à representação de experiências premium no mercado brasileiro.
Promoção dos cruzeiros Australis, na Patagônia chileno-argentina
“Foi uma virada de chave: passei da aviação para o turismo marítimo, mantendo o foco em excelência e experiências transformadoras.” Representou também o hotel Hanga Roa, na Ilha de Páscoa, e a locadora Avis Rent a Car nos EUA, sempre em sintonia com o alto padrão de exigência do turismo de luxo.
WTM Brasil – Pedro del Rio (gerente geral Cruzeiros Australis), Cecília Arriagada (gerente de vendas Cruzeiros Australis) e João Araújo
As lições de uma vida entre voos e destinos
Para João, o turismo é uma ferramenta poderosa de transformação. “Ele conecta culturas, estimula a tolerância, ensina sobre diferenças e fortalece a compreensão entre os povos.” Ao longo da entrevista, deixa claro que a indústria de viagens vai além do transporte ou do lazer: trata-se de um eixo estruturante de cidadania e desenvolvimento.
O futuro das viagens sob o olhar político
“Viajar é preparar-se para um mundo mais complexo e competitivo”, reflete. Para ele, o intercâmbio cultural e profissional será cada vez mais necessário em uma sociedade que exige atualização constante. “As viagens continuarão sendo vetores de conhecimento, inovação e qualidade de vida.”
João Araújo (segundo à esquerda) com amigos do trade na WTM Latin Ameria 2017
Presente com leveza, futuro com liberdade
João Araújo diminuiu a rotina corporativa, mas não abandonou o universo das viagens. Com filhos vivendo na Europa, passa boa parte do ano entre continentes, sempre ao lado da esposa Vera. “Hoje viajo por prazer e para estar com a família. Mas continuo observando tendências, escutando o mercado e me conectando com esse setor que nunca deixei de amar,” adianta ao DIÁRIO.
Com Vera, em Paris (arquivo pessoal)
Fora das viagens, mantém uma rotina ativa cuidando das residências da família e colaborando com a companhia Australis em traduções para o site. Também segue à frente da empresa João Araújo Promoção e Vendas, oferecendo consultorias especializadas em turismo e aviação. Com serenidade e clareza, compartilha uma certeza: “Não importa se é por terra, mar ou ar — quem se entrega ao turismo se reconecta com o mundo. E isso é um privilégio.”
Vanessa Pinsky, destacou que o futuro é coletivo e fundamentado em valores compartilhados (Crédito: Zaqueu Rodrigues - DT)
Nesta sexta-feira (16), na capital paulista, a Semana S, promovida pela Confederação Nacional do Comércio – CNC, reuniu no Sesc Pompeia lideranças e especialistas para debater a nova ordem do mercado de trabalho.
Por Zaqueu Rodrigues, especial para o DIÁRIO
Sob a mediação da jornalista Mônica Sodré, o painel Inclusão: Caminhos e Práticas de Gestão para um Futuro Equitativo e Sustentável reuniu Caio Magri (Instituto Ethos), Vanessa Pinsky (Capitalismo Consciente Brasil) e Wal Flor (Flow.Ers), para debater os rumos do trabalho diante das transformações sociais.
Sodré abriu o diálogo destacando desafios atuais como a crise climática, a inteligência artificial, as desigualdades e o envelhecimento da população. Em meio a esse cenário, os especialistas discutiram caminhos para um futuro mais justo e inclusivo.
Wal Flor alertou para a urgência das ações. “O futuro é consequência do que fazemos hoje. Precisamos melhorar a educação. No Brasil, apenas 5 em cada 10 crianças são alfabetizadas na idade certa. Esse é o futuro que queremos?”, questionou.
Wal Flor, CEO da Flow.Ers, enfatizou que o futuro é reflexo do que está sendo trabalhado hoje. (Crédito: Zaqueu Rodrigues – DT)
Futuro é coletivo com valores compartilhados
Vanessa Pinsky, conselheira deliberativa do Capitalismo Consciente Brasil, destacou que o futuro é coletivo e fundamentado em valores compartilhados. “A colaboração entre diferentes setores é essencial para encontrar soluções inovadoras e criativas. Precisamos de lideranças conscientes, que consigam olhar para o impacto causado na sociedade e no meio ambiente”.
Já Caio Magri, diretor presidente do Instituto Ethos, observou a necessidade de implantar mudanças estruturais para fortalecer as instituições que garantam o estado de direito. “Estamos vivendo grandes riscos, com desigualdades abissais, corrosão da democracia, emergências climáticas, discriminação. Temos recursos, ferramentas e conhecimento para enfrentar tudo isso”.
Vanessa Pinsky, destacou que o futuro é coletivo e fundamentado em valores compartilhados (Crédito: Zaqueu Rodrigues – DT)
Cenário de Riscos
Os especialistas alertaram que o desenvolvimento econômico a qualquer custo criou um cenário de riscos, que se agrava ainda mais com a expansão da automatização sem inclusão, precarização dos trabalhos, discriminação contra negros, indígenas, jovens, idosos, pessoas com deficiência, LBGTQIA+… A proteção social foi apontada como prioridade.
“Mudar a nossa realidade hoje é um trabalho que precisa ser feito de modo integrado entre estados, empresas e sociedade civil. Precisamos investir em educação e políticas afirmativas para termos um mercado com empregos dignos, inclusivos e sustentáveis. Isso requer o compromisso do setor produtivo, políticas públicas focadas nas pequenas e médias empresas e implantação de cadeia de valores”, afirmou Magri.
Para os especialistas, a realização da COP30 no Brasil representa um momento importante e estratégico para o país (Crédito: Zaqueu Rodrigues – DT)
Futuro do Trabalho: Verde
Vanessa destacou que o futuro do trabalho é verde, movido pela economia circular. “Precisamos de educação profissional transversal e competências verdes, como gestão de resíduos e avaliação de impactos ambientais. Varejo e turismo não avançam sozinhos.”
Wal ressaltou a importância do bem-estar em todas as dimensões. “Saúde não é só física. O mercado precisa considerar saúde emocional, mental, financeira e social. Vivemos mais e o trabalho deve refletir essas necessidades.”
Para os especialistas, a COP30 no Brasil, que acontece em Belém, do Pará, em novembro, é uma chance estratégica de enfrentar os desafios atuais e impulsionar o desenvolvimento sustentável no país.
Panorâmica do Encontro Semana S (Crédito: Zaqueu Rodrigues – DT)
Precisamos cuidar do solo
A jornalista Sônia Bridi, especialista em mudanças climáticas, conduziu a palestra Crise Climática e Políticas Ambientais Eficientes, traçando um panorama alarmante da crise ambiental global.
“Estamos num caminho perigoso. O mundo aquece em cascata: geleiras derretem, mares sobem e aquecem, correntes mudam, há inundações, secas, escassez de alimentos. Mais de 90% dos corais já morreram”, alertou.
Ela reforçou a urgência de restaurar florestas e proteger o solo, especialmente na Amazônia. “Nenhum desenvolvimento sobrevive com tantas tragédias. O que vimos no Rio Grande do Sul já vinha sendo previsto há anos.”
Sônia lembrou que o uso criminoso do solo é o principal fator de emissões de CO2 no Brasil. “No Cerrado, 40% do solo foi queimado em 40 anos. Perdemos mais de mil km de rios por garimpo ilegal. Temos mais mineração ilegal que regular.”
Apesar do cenário, Bridi vê potencial para mudança. “Temos recursos naturais para investir em energias limpas, gerar empregos e democratizar o acesso. Mas isso precisa começar agora.”
“Estamos num caminho perigoso. O mundo está aquecendo e os efeitos são em cascata, pois tudo é interligado. (Crédito: Zaqueu Rodrigues – DT)
Papel do Turismo diante dos desafios
Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), destaca papel do turismo frente aos grandes desafios da atualidade
Sampaio explica que a entidade se engajou na Semana S para debater os rumos do mercado de trabalho frente aos desafios da atualidade. “Muitos dos empresários de hotelaria e alimentação fora do lar estão presentes nas comemorações organizadas pelas Fecomercios, exaltando o que o Sesc/Senac faz nos aspectos sociais, educação, lazer, atendimento a terceira idade e banco de alimentos. É um trabalho unificado essencial para aprimorar a formação profissional para os desafios do terceiro milênio e da IA”.
Alexandre Sampaio, presidente da FBHA (Crédito: divulgação)
Área do Ser Humano
O presidente em exercício da Fecomercio-SP, Ivo Dall’Acca Júnior, falou ao DIÁRIO: “O turismo tem um olhar muito forte de nossa parte. Há uma área onde a gente já evoluiu bastante: a gastronomia. Ela é uma alavanca para a área do turismo. A nossa gastronomia já reconhecida tanto pelo nosso povo quanto por quem nos visita. Temos muito para crescer, e o Sesc e o Senac estão aí para isso”, apontou Ivo.
Segundo ele, o turismo é uma área de ação econômica que distribui renda e riqueza. E que tem necessidade do ser humano, da pessoalidade. “É o que faz a diferença. Temos que investir nas pessoas”, ressaltou Ivo Dall’Acca Júnior.
O presidente em exercício da Fecomercio-SP, Ivo Dall’Acca Júnior (Crédito: Zaqueu Rodrigues- DT)
Sobre a Semana S
A FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação) participou ativamente da Semana S, uma ação integrada realizada de 11 a 17 de maio em todo o país pela CNC, Sesc/Senac e Fecomercio. A iniciativa leva à população uma programação de conteúdo, empreendedorismo e serviços nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência, promovidos nas unidades do Sesc e espaços públicos.
O comitê de voluntários foi essencial para implementar práticas sustentáveis e disseminar a cultura da sustentabilidade entre funcionários e hóspedes (divulgação)
La Torre Resort Lixo Zero teve início em 2024 com a criação de um comitê interno formado por colaboradores voluntários
O La Torre Resort, localizado em Porto Seguro (BA), tornou-se o primeiro resort All Inclusive do Brasil a conquistar a certificação Lixo Zero, concedida pelo Instituto Lixo Zero Brasil. Em auditoria realizada em 2 de maio de 2025, foi atestado que o empreendimento destina corretamente 90,23% dos resíduos gerados, superando a meta mínima de 90% exigida para a certificação.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com assessorias
A jornada rumo ao Lixo Zero teve início em 2024, com a criação de um comitê interno formado por colaboradores voluntários. Esse grupo foi essencial para implementar práticas sustentáveis e disseminar a cultura da sustentabilidade entre funcionários e hóspedes.
Segundo Eliete Ferreira, gerente de ESG do Grupo La Torre, “ao mapearmos as fontes geradoras de resíduos, conseguimos adequar os pontos de descarte conforme o volume produzido e a logística de transporte até as áreas comuns de disposição”.
Iniciativas que transformam resíduos em recursos
O resort adotou diversas ações para reduzir o impacto ambiental:
Ecoponto aberto à comunidade: desde 2023, o La Torre disponibiliza um espaço para coleta de recicláveis, incentivando a participação da população local.
Coleta Seletiva Gamificada: projeto que engaja colaboradores e comunidade na separação de resíduos, promovendo a conscientização ambiental de forma lúdica.
Substituição de descartáveis: copos de fibra de coco, canudos de papel e mexedores de madeira substituíram itens plásticos, reduzindo significativamente o volume de resíduos não recicláveis.
Compostagem e biodigestão: resíduos orgânicos são transformados em adubo utilizado nos jardins do resort e em outras unidades do grupo, como o hotel boutique em Trancoso.
Reaproveitamento de materiais: itens em bom estado, como televisores e geladeiras, são vendidos a preços acessíveis para colaboradores, promovendo a economia circular.
O La Torre Resort é signatário do Pacto Global da ONU desde 2023, alinhando suas práticas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
La Torre Resort Lixo Zero: Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável
O La Torre Resort é signatário do Pacto Global da ONU desde 2023, alinhando suas práticas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 12, que trata de consumo e produção responsáveis. A certificação Lixo Zero reforça esse compromisso, demonstrando que é possível aliar excelência em hospitalidade à responsabilidade ambiental.
“Este certificado reconhece a gestão consciente de resíduos como parte desse compromisso, onde cada atitude conta para a construção de um turismo mais sustentável e regenerativo”, afirma Eliete Ferreira.
Edson Pinto, diretor-executivo da Federação - Crédito: divulgação Fhoresp
Com foco no futuro e no crescimento econômico sustentável, a Fhoresp (Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) dará início a uma jornada de debates voltada ao setor de Hospedagem e Alimentação. A iniciativa busca alinhar as práticas do setor aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da ONU.
Especialistas de diversas áreas irão compartilhar experiências e apresentar ações concretas relacionadas às metas globais. A primeira edição tem como tema “Pobreza, Fome e Saúde: Interconexões para um Futuro Sustentável” e será realizada na segunda-feira (19/5), das 9h30 às 12h, em formato híbrido.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, o encontro presencial ocorrerá na sede da Fhoresp, em São Paulo, no Largo do Arouche, 290, 7º andar – Centro Histórico, com vagas limitadas.
Ao todo, a Federação promoverá seis encontros, um por mês. Cada evento terá enfoque nas metas globais da ONU que devem ser alcançadas até 2030, com o objetivo de erradicar a pobreza e proteger o planeta. A organização dos encontros tem à frente o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fhoresp, José Valverde.
Representando mais de 500 mil estabelecimentos no estado de São Paulo, a Federação tem se alinhado às discussões mais atuais do mercado quanto ao Meio Ambiente. A entidade foi, por exemplo, uma das apoiadoras da Virada Sustentável, maior evento da América Latina sobre o tema. Realizada em 2024, a iniciativa acabou servindo de inspiração para a Fhoresp sensibilizar todo o trade quanto ao crescimento responsável. Uma das iniciativas neste sentido é a série Meetings Fhoresp Sustentabilidade, focada nos ODS da ONU.
De acordo com o diretor-executivo da Federação, Edson Pinto, o setor de Hospedagem e Alimentação tem forte influência nos campos econômico e ambiental:
“Entendemos que a Fhoresp precisa também atuar como protagonista deste debate sobre o desenvolvimento sustentável. Queremos envolver todo o ecossistema do nosso segmento, que abarca, ainda, indústrias e toda a cadeia de fornecedores”, lista.
Entre os palestrantes do evento de segunda-feira estão Carlos Fernandes, especialista em Políticas Públicas e ex-secretário-executivo de Segurança Alimentar e Nutricional da Prefeitura de São Paulo; Lucélia Elizabeth Paiva, representante do projeto Proteger Vidas; Cláudia Florêncio, gerente-executiva do Instituto Triângulo; Ivan Mello, do Blog Ambiental; e Jair do Amaral, presidente da Federação Paulista de Cooperativas de Reciclagem (Fepacoore).
A mediação dos painéis ficará a cargo da coordenadora nacional da Virada Sustentável, Natália Duarte.
Inscrições abertas
O encontro será realizado, das 9h30 às 12h, na sede da Fhoresp, no Largo do Arouche. Gratuitas, as inscrições devem ser feitas diretamente no site oficial da entidade.
Os inscritos podem participar presencialmente (vagas limitadas), ou de forma remota. Os próximos eventos já têm datas definidas: 16/6, 18/8, 15/9, 13/10 e 10/11.
Congonhas lidera a movimentação dos aeroportos da Aena, seguido de Recife e Maceió - Foto: divulgação Aena
Os 17 aeroportos administrados pela Aena no Brasil movimentaram mais de 3,5 milhões de passageiros em abril. O número representa um crescimento de 5,7% nos embarques e desembarques em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, entre janeiro e abril, o avanço é de 5,4%. No total, 14,6 milhões de passageiros passaram pelos terminais da concessionária no período.
Aeroporto mais movimentado da Aena no país, Congonhas somou 1,9 milhão de passageiros em abril de 2025, alta de 3,2% ante abril de 2024. Na totalização de 2025, o aeródromo paulistano chega a 7,7 milhões de embarques e desembarques – aumento de 4,9%.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, todas as capitais nordestinas onde a Aena atua apresentaram bom desempenho, com destaque para João Pessoa e Maceió, que obtiveram os maiores incrementos percentuais em abril. Na capital paraibana, o número de passageiros aumentou 34,4%, chegando a mais de 141 mil. Desde janeiro, o avanço é de 15,5%, com cerca de 599 mil embarques e desembarques. Já o terminal alagoano teve incremento de 29,2% no mês (223,7 mil pessoas) e de 12,9% no acumulado janeiro-abril, ultrapassando um milhão de viajantes.
No Centro-Oeste, Campo Grande tem alta de 7,1% em abril e de 15% no acumulado do ano. No Estado do Pará, Santarém é o destaque, com crescimento de 8,4% em abril e de 3,2% no acumulado de 2025.
Confira abaixo os dados de movimentação de passageiros nos 17 aeroportos administrados pela Aena no Brasil:
Balanço de Abrl de 2025 e o acumulado do ano – Crédito: Aena
Cristiane Cavalli e Ricardo Garcia sob os ares patagônicos (arquivo pessoal)
No início desta entrevista Cristiane Cavalli conta que sua ida para Ushuaia teve o amor como inspiração, mas que depois de um tempo ele acabou. Ela revela que havia desistido da vida a dois. “Eu estava em paz com minhas filhas, meu trabalho… achava que o amor não era para mim nesta encarnação…”
No entanto, foi em Ushuaia, quase por acaso, que conheceu Ricardo Garcia — um empresário que não gostava do frio e há três anos não visitava a cidade. “Ele veio para o aniversário da neta, nos apresentaram, e fomos tomar um café. Achei ele interessante, mas estava fechada para qualquer envolvimento.”
Dois meses depois, ela decidiu dar uma chance. “Venci o medo. A vida oferece oportunidades que a gente não pode desperdiçar.” Desde então, não se separaram mais. Estão juntos desde agosto de 2023.
“Hoje tenho minhas viagens de trabalho e também viagens para viver, curtir, matar a saudade. Eu realmente acredito que encontrei minha alma gêmea”, revela.
Os passageiros doentes foram isolados pela companhia de cruzeiros, seguindo as diretrizes do Programa de Saneamento de Embarcações do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). (Crédito: arquivo DT)
Viagem que prometia sofisticação e paisagens exuberantes entre Japão, Alasca e Canadá foi abruptamente marcada por um incidente sanitário envolvendo mais de 20 passageiros.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências internacionais
Em uma jornada marítima que tinha tudo para ser inesquecível, o navio de cruzeiro Seven Seas Explorer, da companhia Regent Seven Seas Cruises, viu sua elegância ofuscada por um surto de doença gastrointestinal a bordo. Dos 666 passageiros presentes na embarcação, 22 – incluindo dois membros da tripulação – apresentaram sintomas como vômito e diarreia, levando à adoção imediata de protocolos de isolamento conforme as diretrizes do Programa de Saneamento de Embarcações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Do Japão ao Canadá: uma travessia impactada
O cruzeiro teve início no dia 26 de abril, partindo de Tóquio, com escalas em destinos do Japão e do Alasca, até seu destino final, Vancouver, onde a viagem foi encerrada antecipadamente na última quarta-feira (14). Apesar do contratempo, a empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, tampouco divulgou atualizações sobre o estado de saúde dos afetados.
Casos em alta: norovírus sob vigilância
O incidente não é isolado. Em 2025, já foram registrados 17 surtos semelhantes em cruzeiros marítimos, sendo a maioria causada pelo norovírus, um agente altamente contagioso responsável por náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais. Segundo o CDC, embora preocupantes, esses episódios representam apenas cerca de 1% dos surtos de doenças registrados globalmente, mesmo com o aumento no número de passageiros afetados.
Thembisile Sehloho, Chief Marketing Officer do South African Tourism - Foto: Vinicius Siruli / DT
A Chief Marketing Officer do South African Tourism, Thembisile Sehloho, celebrou os resultados da edição 2025 do Africa’s Travel Indaba, encerrada nesta semana em Durban, África do Sul. Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, a executiva destacou o aumento no número de expositores, visitantes e representantes da mídia, além do fortalecimento do posicionamento da África como destino turístico plural e acessível.
“Tivemos um aumento de pelo menos 5% a 12% em todos os indicadores que monitoramos, desde a participação de expositores até o número de visitantes credenciados e imprensa”, afirmou Sehloho. “Acreditamos que esta foi uma edição bastante positiva”.
*Por Vinicius Siruli, especial para o DIÁRIO
África Ilimitada: turismo em expansão
Com o tema “Unlimited Africa”, o evento buscou apresentar ao mundo a diversidade do turismo africano. Para Thembisile, a proposta vai além da divulgação da África do Sul: “Queremos que o mundo veja a África como um destino completo. Se você começa sua experiência na África do Sul, queremos que tenha curiosidade para explorar outros países do continente. Nosso objetivo é fortalecer o ecossistema turístico africano como um todo”.
Ela ressaltou ainda que a experiência oferecida aos viajantes deve ser curada, diversificada e personalizada, valorizando a riqueza cultural, histórica e natural do continente.
Crédito: Vinicius Siruli / DT
Estratégia de marketing e colaboração setorial
Internamente, o South African Tourism tem promovido uma forte articulação com o setor privado, governos locais e ações para facilitar a emissão de vistos. Já no cenário internacional, a estratégia de marketing prioriza uma abordagem personalizada, levando em conta as especificidades de cada país.
“Sabemos que o Brasil não é igual aos EUA ou à Europa. Pesquisas mostram que os brasileiros adoram aventura – então, como criar experiências únicas para esse perfil?”, indagou a executiva. Para isso, ações locais têm sido desenvolvidas com foco em promover o país como um destino acessível e cheio de possibilidades.
“Temos nove províncias, cada uma com características muito distintas. O custo do turismo na África do Sul é competitivo, e conseguimos entregar experiências extraordinárias com ótimo custo-benefício”, completou.
Africa’s Travel Indaba 2025 celebra crescimento com foco no mercado brasileiro e aposta em uma África sem limites – Foto: Vinicius Siruli / DT
Brasil em foco: aumento de operadores e potencial de expansão
Nesta edição da feira, 18 operadores brasileiros participaram como compradores, um número que representa crescimento em relação ao ano anterior. Segundo Sehloho, o interesse crescente do Brasil é estratégico para os planos da entidade.
“Não vejo os desafios como grandes. Estamos satisfeitos com o crescimento e com a qualidade dos compradores brasileiros. Agora, queremos mostrar o valor dessa participação”, destacou. “Quando esses operadores retornarem e compartilharem suas experiências positivas, isso nos ajudará a atrair ainda mais interessados no futuro”.
A executiva reforçou ainda a importância do trabalho conjunto com a equipe do South African Tourism no Brasil. “Nossa meta é co-criar estratégias que beneficiem tanto o país quanto os negócios locais. O Brasil é um mercado-chave para nós”, concluiu.
Projeções otimistas
Com o sucesso da edição 2025 do Africa’s Travel Indaba, o South African Tourism aposta em uma trajetória de crescimento sustentável e fortalecimento do continente africano como polo turístico global.
A mensagem é clara: a África está pronta para receber o mundo, e o Brasil é parte fundamental dessa jornada.
*O repórter Vini Siruli viajou a convite da South African Tourism, representada pela Business Factory e Índigo Hotelaria – O repórter viaja com Seguro GTA.
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