sábado, outubro 4, 2025
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Visit Rio transforma culinária em vitrine turística na Argentina

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Visit Rio aposta na na gastronomia carioca e leva "Rio, Cidade Deliciosa" à FIT Buenos Aires. Foto: Divulgação
Visit Rio aposta na na gastronomia carioca e leva "Rio, Cidade Deliciosa" à FIT Buenos Aires. Foto: Divulgação

O Visit Rio marcou presença na FIT Buenos Aires 2025, uma das maiores feiras de turismo da América Latina, no estande cooperado da Embratur. A principal ação foi a divulgação da campanha “Rio, Cidade Deliciosa”, plataforma criada para promover a gastronomia carioca como atrativo turístico internacional.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

“Estar no estande da Embratur fortalece nossa mensagem e amplia o alcance do Rio junto a operadores e à imprensa internacional. Essa parceria é fundamental para mostrar que a culinária carioca está à altura das grandes capitais do mundo e deve ser considerada um dos motivos para visitar a cidade”, afirma Luiz Strauss, presidente-executivo do Visit Rio.

Lançada em março, a plataforma foi apresentada a operadores e jornalistas nesta terça-feira (30), em uma sessão no espaço da Embratur, que incluiu a exibição de um vídeo com mercados, produtos e experiências que traduzem a identidade gastronômica carioca.

Rio em destaque no cenário gastronômico

A capital fluminense vem ganhando relevância nesse segmento. Em junho, o restaurante Lasai foi eleito o 28º melhor do mundo pelo ranking The World’s 50 Best Restaurants. O local, que tem duas estrelas Michelin, integra um seleto grupo que inclui Oro e Oteque. Também figuram entre os estrelados Cipriani, Mee e San Omakase.

Mas a experiência gastronômica carioca não se limita à alta cozinha. Do tradicional mate com biscoito de polvilho nas praias às comidas de boteco, a diversidade é ampla. Um exemplo é o Novo Mercado São José, em Laranjeiras, reinaugurado após sete anos fechado e que retorna como polo cultural e gastronômico com 16 empreendimentos.

“Assim como tudo no Rio, a gastronomia é plural. Temos opções para todos os gostos e bolsos: dos restaurantes em rankings internacionais às experiências mais locais”, reforça Strauss.

A plataforma

O “Rio, Cidade Deliciosa” pode ser acessado por qualquer estabelecimento interessado em integrar o espaço editorial, independentemente de ser associado ao Visit Rio. Já a inclusão no guia de restaurantes é restrita a associados, dentro de um modelo de adesão criado especificamente para o setor gastronômico, com diferentes níveis de participação. Saiba mais no site.

Blue Tree Premium Alphaville recebe “Selo Amiga da Mulher”

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Thaina Ribeiro, Gerente Geral Blue Tree Alphaville; Adriana Bueno Molina, Secretaria Da Mulher de Barueri; Paulo Roberto Silva, secretário adjunto e Silvana Miranda. Supervisora de RH BTH Alphaville - Foto: divulgação
Thaina Ribeiro, Gerente Geral Blue Tree Alphaville; Adriana Bueno Molina, Secretaria Da Mulher de Barueri; Paulo Roberto Silva, secretário adjunto e Silvana Miranda. Supervisora de RH BTH Alphaville - Foto: divulgação

O Blue Tree Premium Alphaville, em Barueri, conquistou pelo segundo ano consecutivo o “Selo Social Empresa Amiga da Mulher”, concedido pela Secretaria da Mulher do município. A certificação reconhece empresas que adotam práticas voltadas para a valorização, proteção e promoção da igualdade de gênero no ambiente corporativo.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

A premiação foi resultado do cumprimento de todos os critérios previstos no decreto municipal nº 8.986/19. Entre eles estão: a reserva mínima de 2% das vagas de trabalho para mulheres em situação de violência doméstica, com garantia de anonimato; a participação feminina em cargos de liderança; programas educativos para prevenção da violência; e a equiparação salarial entre homens e mulheres, conforme previsto na CLT.

O hotel se destaca também por ter 70% da equipe formada por mulheres. Além disso, mantém um canal interno de denúncias, promove pesquisas de clima organizacional e oferece suporte social, jurídico e financeiro às colaboradoras vítimas de violência. O empreendimento ainda realiza palestras sobre saúde mental, abuso sexual e outras pautas ligadas à conscientização, além de programas de apoio a gestantes.

Segundo Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels, o selo reforça o compromisso da rede com o bem-estar feminino.

“Em todos os nossos hotéis no Brasil, implementamos a ação Suíte 803 como parte da luta contra a violência. Oferecemos capacitação às equipes e oportunidades de trabalho para mulheres que buscam independência de relações abusivas. Queremos que nossos hotéis sejam sinônimo de acolhimento, segurança e bem-estar para todas as mulheres — hóspedes, clientes, colaboradoras ou fornecedoras”, destacou.

A cerimônia de entrega aconteceu em 18 de setembro e contou também com painéis de debate promovidos pela Secretaria da Mulher de Barueri. Entre os temas discutidos estavam estratégias de promoção da igualdade de gênero, a importância dos canais de denúncia no enfrentamento à violência e iniciativas de empoderamento feminino junto à comunidade. Saiba mais no site.

Ceará registra crescimento de 277% no turismo argentino em dois anos

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Equipe do Ceará celebra os resultados do turismo argentino durante a participação na FIT Buenos Aires 2025 – Foto: Divulgação/ASCOM Ceará
Equipe do Ceará celebra os resultados do turismo argentino durante a participação na FIT Buenos Aires 2025 – Foto: Divulgação/ASCOM Ceará

O turismo argentino para o Ceará vive um momento de expansão histórica. Entre 2023 e 2025, o número de visitantes vindos da Argentina saltou de 2.658 para 10.040, representando um crescimento de 277%. O resultado foi o grande destaque da participação do estado na Feira Internacional de Turismo da América Latina (FIT), realizada em Buenos Aires de 26 a 29 de setembro, maior evento do setor no continente, que reuniu mais de 1.700 expositores e delegações de mais de 50 países.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

O secretário do Turismo do Ceará, Eduardo Bismarck, esteve presente na FIT e ressaltou a importância estratégica de ampliar a presença do estado em feiras internacionais. Ele também aproveitou a oportunidade para fortalecer diálogos com companhias aéreas, agentes e operadores de viagens, buscando ampliar a malha aérea internacional para o estado.

“Com o apoio do governador Elmano de Freitas, o Ceará segue se posicionando no cenário internacional, fortalecendo parcerias e abrindo novas portas para o turismo e para a nossa economia”, afirmou Bismarck.

O secretário do Turismo do Ceará, Eduardo Bismarck, ao lado de Marcelo Freixo, presidente da Embratur, durante a FIT Buenos Aires 2025 – Foto: Divulgação/ASCOM Ceará

A Argentina é historicamente o maior emissor de turistas para o Brasil e um mercado prioritário para o Ceará. O avanço expressivo no fluxo de visitantes reflete a política de promoção internacional adotada pelo estado e a ampliação da conectividade aérea, consolidando o destino como competitivo na América Latina.

Mais do que um espaço de negócios, a FIT Buenos Aires se firmou como plataforma estratégica para alianças internacionais e para o fortalecimento da imagem do Ceará no turismo global. Saiba mais no site.

Estande do Brasil na FIT Buenos Aires 2025, espaço de promoção internacional que reuniu destinos e parceiros estratégicos – Foto: Divulgação/ASCOM Ceará
Estande do Brasil na FIT Buenos Aires 2025, espaço de promoção internacional que reuniu destinos e parceiros estratégicos – Foto: Divulgação/ASCOM Ceará

Sesc Caborê, em Paraty, será inaugurado em 2026

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Sesc Caborê
Sesc Caborê será uma extensão do trabalho cultural já realizado pelo Polo Sociocultural Sesc Paraty (Ilustração do projeto por Luiz Eduardo Indio da Costa - divulgação)

O Sesc Caborê será uma extensão do trabalho cultural já realizado pelo Polo Sociocultural Sesc Paraty

Durante o Encontro Fluminense promovido pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), realizado em Paraty (RJ), o DIÁRIO DO TURISMO entrevistou Antônio Garcia Couto, gerente do Polo Sociocultural Sesc Paraty.

Ele apresentou os detalhes do Sesc Caborê, projeto cultural de grande porte que está em construção na cidade com investimento previsto de R$ 150 milhões. A iniciativa, que terá três etapas, prevê a entrega da primeira fase até o início de 2026 e promete integrar natureza, arte e turismo em um mesmo espaço.

REDAÇÃO DO DIÁRIO

De acordo com Garcia Couto, Sesc Caborê nasce com a proposta de valorizar a vocação cultural de Paraty, contemplando diferentes linguagens artísticas e fortalecendo a relação entre patrimônio, saberes tradicionais e inovação. Ao lado da relevância cultural, a obra também busca diversificar a oferta de serviços turísticos na cidade, reconhecida como Patrimônio Mundial da Humanidade.

Durante a conversa, Antônio explicou que o Sesc Caborê será uma extensão do trabalho cultural já realizado pelo Polo Sociocultural Sesc Paraty desde 2013, mas em um espaço próprio e inovador. A seguir, a entrevista com o executivo.

DIÁRIO  — Essa nova unidade é uma expansão do trabalho do Sesc Paraty?

“O Polo Sociocultural Sesc Paraty funciona desde 2013, em um casarão do centro histórico. Já o Sesc Caborê é uma nova unidade, construída em um terreno adquirido em 2016, pensado desde o início como um equipamento cultural que contemplasse todas as linguagens artísticas e a vocação de Paraty.”

Sesc Caborê
Antônio Garcia Couto, gerente do Polo Sociocultural Sesc Paraty (Crédito: Eric Afonso – DT)
Sesc Caborê
O Polo Sociocultural Sesc Paraty funciona desde 2013, em um casarão do centro histórico (Crédito: Paulo Atzingen – DT)

DIÁRIO — Qual foi o conceito arquitetônico adotado?

O projeto foi vencedor na categoria institucional do Prêmio Saint Gobain de arquitetura, que premia projetos que trabalhem a sustentabilidade. O arquiteto Luiz Eduardo Indio da Costa se inspirou nas formas da natureza. O terreno fica às margens do rio Perequê-Açu, cercado pela Mata Atlântica e pelas montanhas. As linhas arquitetônicas acompanham a sinuosidade do horizonte, criando um diálogo entre paisagem e cultura.”

“Com três etapas previstas, a obra já recebeu R$ 44 milhões de investimento na primeira fase, que deve ser entregue até o início de 2026”.

DIARIO — O que essa primeira fase vai oferecer ao público?

“Estamos finalizando três grandes blocos com ateliês, espaço maker, galeria, estúdio de música, sala de dança e sala de ensaio. Teremos também uma cafeteria embaixo de uma árvore centenária, um espaço de convivência que une natureza e cultura.”

“O projeto completo deverá alcançar R$ 150 milhões em recursos, com apoio da CNC e do empresariado”.

Ilustração arquiteto Luiz Eduardo Indio da Costa

DIARIO — Qual o impacto desse investimento para Paraty?

“A ideia é que o complexo traga novas oportunidades para o turismo local, diversifique a oferta de serviços e reforce o papel da cidade como destino cultural de relevância internacional. O Sesc quer entregar aqui o que há de mais inovador e de excelência.”

“A inauguração oficial está prevista para 2026, ano em que o Sesc celebrará 80 anos de atuação no Brasil. Será uma grande entrega do Departamento Nacional, coroando oito décadas de história da instituição.”

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Design Regenerativo: Turismo como Força de Transformação Territorial

Viagens corporativas faturam R$ 1,2 bilhão em agosto de 2025

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Viagens corporativas mantém crescimento e faturam R$ 1,2 bilhão em agosto - Crédito: Freepik
Viagens corporativas mantém crescimento e faturam R$ 1,2 bilhão em agosto - Crédito: Freepik

O setor de turismo corporativo segue em expansão no Brasil. Em agosto de 2025, as viagens de negócios movimentaram R$ 1,21 bilhão, o que representa um crescimento de 2,41% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o faturamento havia sido de R$ 1,18 bilhão. O resultado confirma a curva ascendente do segmento, que se consolida como um dos pilares da economia nacional.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com informações do MTur

Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, a performance reforça o papel estratégico do setor. “O turismo corporativo é uma modalidade que vem apresentando números espetaculares ao longo dos meses. Estamos falando de um faturamento de mais de R$ 1 bilhão somente em agosto. Isso, sem dúvidas, reflete na economia brasileira, gerando renda e emprego”, destacou.

Segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), que acompanha mensalmente o desempenho de 11 segmentos, os serviços aéreos foram responsáveis por quase 60% do valor total, alcançando R$ 722 milhões. O setor hoteleiro aparece na sequência, com R$ 368 milhões.

A maior variação anual foi registrada nos serviços de transfer, que saltaram de R$ 3,7 milhões em agosto de 2024 para R$ 5 milhões neste ano — um crescimento de 37,4%. “Esses resultados do segundo semestre só reforçam nossa expectativa de que fecharemos o ano com um faturamento próximo a R$ 15 bilhões”, afirma Douglas Fernandes e Camargo, diretor executivo da Abracorp.

Câmara Temática fortalece setor MICE

Ainda em agosto, o Conselho Nacional de Turismo (CNT) criou a Câmara Temática de Turismo de Eventos, iniciativa voltada a estruturar debates técnicos e políticas públicas para o segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions).

O novo fórum busca ampliar a competitividade internacional do Brasil, fortalecer a promoção de feiras e congressos no país e apoiar a captação de grandes eventos internacionais.

Cenário global em expansão

A medida acompanha o movimento de crescimento do setor em nível mundial. De acordo com a consultoria GlobalData, o mercado global de viagens de negócios, que já havia superado os níveis pré-pandemia em 2023, deve atingir US$ 381,63 bilhões até 2027, com taxa de crescimento anual estimada em 11,69%.

Fonte: Assessoria de Comunicação do MTur.

Gramado apresenta iniciativa inspirada na hortênsia durante Festuris 2025

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padrinhos foram apresentados para a sociedade nesta segunda-feira - Foto: Gustavo Mirolli/Festuris
Os 14 nomes que formam o grupo de madrinhas e padrinhos foram apresentados para a sociedade nesta segunda-feira - Foto: Gustavo Mirolli/Festuris

Gramado se prepara para resgatar sua essência cultural e turística com o Projeto Hortênsias, que terá lançamento oficial durante a 37ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo, em novembro, no Espaço Luxury. A iniciativa vai além da estética: busca reconectar a comunidade com sua história e identidade, tendo a hortênsia como símbolo de hospitalidade e pertencimento.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

Na última segunda-feira (29), o Hotel Bavária recebeu autoridades e imprensa para a apresentação dos padrinhos e madrinhas do projeto. São 14 personalidades locais que irão apadrinhar a causa, entre elas:

  • Iraci Casagrande Koppe, 93 anos, primeira Rainha das Hortênsias, eleita em 1958;

  • Jussara Hoppner, proprietária do Mini Mundo;

  • Pedro Bertolucci, ex-prefeito de Gramado;

  • Major Cláudia Maldaner.

Completam o grupo nomes ligados à educação, ao turismo e à cultura, como o secretário de Agricultura Eliezer Lima, a presidente da Gramadotur Rosa Helena Volk, a empresária Gabriela Michaelsen (Hard Rock Café), além de artistas, professores e jovens da cidade.

Educação, cultura e turismo de mãos dadas

O Projeto Hortênsias foi idealizado pela empresária Beatriz Gehlen, 87 anos, com curadoria de Luciana Thomé e realização da Rossi & Zorzanello. A proposta é integrar ações culturais, educativas e sociais ao turismo que tornou Gramado referência mundial.

Entre as atividades previstas estão:

  • Oficinas e materiais pedagógicos nas escolas;

  • Criação de livro infantil e jogo educativo;

  • Plantio de hortênsias em diferentes pontos da cidade.

“A hortênsia foi o arranque para o desenvolvimento econômico de Gramado”, destacou Marta Rossi, CEO da Rossi & Zorzanello e do Festuris. Para ela, o projeto não se limita ao embelezamento urbano: “É um resgate profundo, emocional e social, que reacende o orgulho de ser gramadense e cria um legado para as próximas gerações”.

Orgulho e futuro sustentável

A idealizadora Beatriz Gehlen reforça o caráter comunitário da ação:

“Meu desejo é que Gramado e cidades vizinhas se unam num mesmo objetivo: tornar a região cada vez mais linda e repleta de hortênsias. Vamos ensinar os pequenos e os adultos sobre a importância da hospitalidade e da nossa flor símbolo”.

Já a curadora Luciana Thomé ressalta o impacto a longo prazo: “O que queremos é criar um movimento que valorize a identidade do turismo e da hospitalidade gramadense, unindo tradição, inovação e educação com olhar voltado para um futuro sustentável”.

Saiba mais no site oficial da Festuris 2025.

Design Regenerativo: Turismo como Força de Transformação Territorial

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Design Regenerativo
Luciana De la Mare é Cofundadora e presidente do Instituto Aupaba e representante do hub Regenerative Tourism RJ no Inner Development Goals (IDG) - Crédito: Éric Afonso - DT)

Na tarde desta segunda-feira (30), o Encontro Fluminense da Federação Brasileira de Hotelaria e Alimentação (FBHA), realizado em Paraty, foi palco de uma reflexão profunda sobre o papel do turismo na regeneração dos territórios. A palestra “Autenticidade no turismo como diferencial estratégico: como valorizar o patrimônio cultural aplicando o design regenerativo”, conduzida por Luciana De Lamare, provocou um mergulho nas possibilidades de um novo futuro para a indústria da hospitalidade.

por Paulo Atzingen, de Paraty – Eric Afonso (fotos)*

“Design regenerativo não é apenas um conceito ou uma metodologia. É uma prática de reconexão — com a natureza e com nós mesmos”, afirmou Luciana logo no início da apresentação. Cofundadora e presidente do Instituto Aupaba e representante do hub Regenerative Tourism RJ no Inner Development Goals (IDG), a especialista trouxe à tona uma abordagem que une sensibilidade, ciência e estratégia.

Da Sustentabilidade ao Regenerativo

A palestrante relembrou o caminho trilhado pela sustentabilidade e os desafios enfrentados quando se tenta inseri-la em contextos puramente comerciais. “Lembram quando tudo virou ‘sustentável’ e os preços subiram 30%, 40%? Achávamos que isso bastava para transformar o mundo”, provocou. Luciana destacou que, apesar das boas intenções, a lógica comercial desassociada do território e de suas realidades acaba (muitas vezes) por esvaziar o potencial transformador da sustentabilidade.

Pensamento Sistêmico e Transição Justa

Ela explicou que o design regenerativo parte do indivíduo para o coletivo, propondo uma jornada que envolve três tipos de pensamento: o futuro, o sistêmico e o exponencial. “Não podemos planejar territórios e vidas sem considerar tudo o que os compõe — inclusive os problemas. O regenerativo nos convida a enxergar com neutralidade e responsabilidade”, pontuou.

Luciana ressaltou que a intervenção territorial por meio do turismo deve ir além da instalação de serviços. “Não estamos apenas gerando empregos. Estamos estruturando vidas. E o turismo é uma das poucas ferramentas que pode viabilizar uma transição energética e econômica justa”, explicou, mencionando também os impactos da aviação e a necessidade de repensar o setor como vetor de soluções.

Escuta, Prototipagem e Participação

Durante a palestra, a especialista compartilhou um caso vivido no evento Climate Reality, em que um ambientalista finalmente reconheceu o turismo como parte da solução para a crise climática. “Fiquei especialmente satisfeita. Ver um ambientalista dizer isso nos dá esperança de superarmos a lógica exploratória e fomentarmos uma economia de preservação”, celebrou.

A palestrante também comentou sobre a importância de olhar para os dados com criticidade: “Dados podem ser manipulados. Precisamos ir além das estatísticas e ouvir o que as comunidades realmente precisam”. Nesse ponto, ela apresentou a Teoria da Mudança como uma ferramenta prática de transformação, explicando como a escuta ativa e a adaptação constante moldam soluções reais e duradouras.

“Projetos que escutam, que prototipam, que se adaptam — esses sim geram impacto. Não entregamos pacotes prontos. Entregamos processos vivos, moldados por quem vive o território”, analisou Luciana.

Design Regenerativo
Segundo ela, a solução para um problema reside intrinsecamente na análise de suas causas (Crédito: Eric Afonso – DT)
Público assistiu atenta a palestra (Crédito: Eric Afonso – DT)

Não só interesses comerciais

Segundo ela, a solução para um problema reside intrinsecamente na análise de suas causas. “Uma decisão não deve ser motivada unicamente por interesses comerciais, como a busca por resultados quantitativos ou a geração de impactos não avaliados de forma precisa. Estamos vivenciando um momento em que a análise de dados é crucial, mas é importante reconhecer que esses dados podem ser sujeitos a alterações e manipulações, dependendo da fonte”, pontuou.

*O jornalista Paulo Atzingen e o fotógrafo Eric Afonso viajaram a convite da FBHA

 

Segurança, regulamentação e responsabilidade: pilares sobre a hospedagem de curta temporada no RJ

 

Rede Windsor Hoteis leva reformas e lançamentos para a ABAV Expo Rio 2025

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Suíte Presidencial do Windsor Barra, recém-reformada, une sofisticação e aconchego com vista privilegiada para a orla da Barra da Tijuca - Foto: divulgação
Suíte Presidencial do Windsor Barra, recém-reformada, une sofisticação e aconchego com vista privilegiada para a orla da Barra da Tijuca - Foto: divulgação

A Rede Windsor Hoteis será uma das atrações da 52ª ABAV Expo Internacional de Turismo, que acontece de 8 a 10 de outubro, no Riocentro, na Barra Olímpica, no Rio de Janeiro. A rede, que conta com 15 hotéis na capital fluminense e dois em Brasília, terá estande próprio no evento e levará novidades de reformas e investimentos recentes.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

Um dos destaques será a apresentação da reforma do Windsor Plaza Brasília. O hotel ganhou dois novos restaurantes, modernização da recepção, lobby bar e apartamentos das categorias luxo e suítes. O espaço de eventos foi ampliado e recebeu novos ambientes, além de dois elevadores extras. A fachada também foi renovada, agora revestida em vidro acobreado antirruído.

A nova Suíte Presidencial, de 100 m², foi projetada pela arquiteta Paola Ribeiro. O espaço reúne sala de estar e jantar, bar, lavabo, quarto exclusivo e banheiro com ducha e banheira. Com vista panorâmica para Brasília, o ambiente mantém a tradição de receber personalidades internacionais.

Nova Suíte Presidencial do Windsor Plaza Brasília oferece 100 m² de conforto e sofisticação - Crédito: Divulgação.
Nova Suíte Presidencial do Windsor Plaza Brasília oferece 100 m² de conforto e sofisticação – Crédito: Divulgação.

No Rio, duas unidades também passaram por reformas. O Windsor Barra, ícone da Barra da Tijuca, revitalizou sua Suíte Presidencial, agora com atmosfera mais leve e sofisticada. Já o Windsor Leme, na zona sul carioca, apresentou uma nova Suíte Presidencial de 68 m², com sala, quarto e banheira de hidromassagem, de frente para as praias do Leme e Copacabana.

Banheiro da nova Suíte Presidencial do Windsor Plaza Brasília, com ducha, banheira e acabamentos de alto padrão — Crédito: Divulgação.
Banheiro da nova Suíte Presidencial do Windsor Plaza Brasília, com ducha, banheira e acabamentos de alto padrão — Crédito: Divulgação.

20 anos na Barra da Tijuca

Outro marco que será celebrado é o aniversário de 20 anos da rede na Barra da Tijuca. A expansão na região começou em 2004 com o Windsor Barra, seguido pelo Marapendi, Oceânico e Tower. O bairro se consolidou como destino de lazer, negócios e turismo de luxo, recebendo eventos como Rio2C, Bienal do Livro e grandes shows internacionais.

O Windsor Barra, primeiro cinco estrelas da rede no bairro, conta com 338 acomodações, piscinas na cobertura e vista para a orla. A unidade também é conhecida pela tradicional feijoada aos sábados, aberta a hóspedes e visitantes.

Suíte Presidencial do Windsor Leme: 68 m² de luxo e vista deslumbrante para as praias do Leme e Copacabana — Crédito: Divulgação.
Suíte Presidencial do Windsor Leme: 68 m² de luxo e vista deslumbrante para as praias do Leme e Copacabana — Crédito: Divulgação.

Compromisso social e cultural

A atuação da Rede Windsor vai além da hotelaria. Em 2025, a rede mantém apoio a projetos de cultura, esporte, inclusão e educação no Rio de Janeiro. Entre as iniciativas apoiadas estão o Praia Para Todos, a Escola de Artes do Spanta, o Teatro Riachuelo, o Rio Innovation Week e o Festival Carandaí.

“É uma honra estarmos novamente na ABAV, especialmente no Rio, onde a Rede nasceu. Nosso objetivo é apresentar as últimas reformas e mostrar a prioridade que damos a investimentos em melhorias. Queremos oferecer ainda mais conforto e excelência aos nossos clientes”, destaca Vitor Almeida, gerente de marketing da Rede Windsor.

Serviço

  • ABAV Expo 2025
  • De 8 a 10 de outubro
  • 13h às 20h
  • Riocentro – Av. Salvador Allende, 6555 – Barra Olímpica
  • www.abavexpo.com.br

Ícone do Rio, Hotel Nacional alia arquitetura de Niemeyer e práticas ESG

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O Hotel Nacional é um dos símbolos arquitetônicos do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação
O Hotel Nacional é um dos símbolos arquitetônicos do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

O Rio de Janeiro sempre reconheceu o Hotel Nacional como um marco. Projetado por Oscar Niemeyer, com jardins de Roberto Burle Marx, o edifício é parte viva da arquitetura moderna brasileira. Mais de meio século após sua inauguração, o ícone de São Conrado se reinventa — agora, como referência em responsabilidade ambiental.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

Entre março e julho de 2025, o empreendimento reduziu em 17% o consumo de água. O resultado veio da instalação de 1.021 válvulas inteligentes de controle de vazão da Blue World em torneiras e chuveiros. Em apenas cinco meses, a ação preservou mais de 5 milhões de litros de água e evitou o despejo de 4,2 milhões de litros de esgoto.

A mudança não comprometeu a experiência dos hóspedes. O conforto segue o mesmo, mas com menos desperdício. O retrofit sustentável trouxe ganhos ambientais, sociais e financeiros, alcançando payback em apenas quatro meses.

“O projeto desenvolvido pela Blue World para o Hotel Nacional se destaca pela eficiência em sua operação, mas, principalmente, na construção de uma gestão eficiente. A economia gerada foi fundamental, além de representar um avanço significativo no projeto de sustentabilidade já adotado pelo empreendimento”, afirma Maurício Junior, gerente geral do hotel.

Selo ESG e inspiração para o setor

O impacto da iniciativa vai além das suítes. Reservatórios ganharam maior durabilidade, o consumo de energia caiu e a operação tornou-se ainda mais eficiente. Cada litro economizado reforça a mensagem de que sustentabilidade não é retórica, mas prática com retorno real.

O esforço rendeu ao Nacional o Selo Blue World, alinhado às práticas ESG e ao ODS 6 da ONU (Água Potável e Saneamento). Mais do que um reconhecimento, é um convite ao setor: se um dos ícones da hotelaria carioca conseguiu transformar sua história pela água, outros empreendimentos também podem trilhar esse caminho.

O Hotel Nacional prova que passado e futuro podem caminhar juntos. Um patrimônio tombado, carregado de arte e memória, que hoje também simboliza compromisso com o recurso mais valioso de todos: a água.

Hotelaria brasileira em perspectiva: desafios de mão de obra, oportunidades de crescimento e caminhos sustentáveis para o futuro

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Márcio Lacerda, vice-presidente do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil e diretor geral da Hotelaria Brasil, CEO da Ventura Resorts e Presidente do Board do Conselho Administrativo da Unna Hospitality, além de Fundador da Thess Hotéis - Foto: divulgação
Márcio Lacerda, vice-presidente do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil e diretor geral da Hotelaria Brasil, CEO da Ventura Resorts e Presidente do Board do Conselho Administrativo da Unna Hospitality, além de Fundador da Thess Hotéis - Foto: divulgação

O setor hoteleiro brasileiro vive uma dicotomia: de um lado, enfrenta entraves operacionais sérios, como a escassez de mão de obra qualificada e os custos crescentes; de outro, é impulsionado pela retomada do turismo doméstico, eventos corporativos e novas frentes de desenvolvimento regional. A partir da análise do ambiente interno e externo, este artigo discute as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (análise SWOT) que moldam o setor atualmente. Propõe, ainda, estratégias realistas para contratação, retenção e qualificação de talentos, além de destacar caminhos viáveis para empreendedores e investidores superarem as barreiras de entrada e aproveitarem o potencial de geração de empregos e negócios da hotelaria nacional.

Após os abalos da pandemia e com a volta da circulação de pessoas, o mercado se aqueceu, mas o setor se deparou com uma barreira crítica: a ausência de mão de obra especializada. Recepção, governança, A&B, manutenção, marketing, distribuição e gestão comercial tornaram-se áreas sensíveis à rotatividade e à falta de talentos treinados, impactando diretamente a qualidade do serviço e a competitividade dos empreendimentos.

Oportunidades internas e externas

Ao mesmo tempo, o setor encontra um ambiente promissor no mercado interno com a expansão de rotas aéreas regionais, incentivos ao turismo nacional e crescimento da multipropriedade e produtos mistos (hotel + residência). O mercado externo, por sua vez, volta a enxergar o Brasil como destino de negócios e lazer, sobretudo, em nichos como o turismo ecológico, de luxo e de experiência. Contribui para este crescimento da hotelaria nacional o número crescente de shows de grandes artistas internacionais, as guerras no mundo, que tornam o ambiente do turismo inseguro, e a alta do dólar e euro nos grandes centros controladores do turismo mundial.

Entre as forças, o Brasil conta com uma vocação natural para o turismo e uma infraestrutura hoteleira diversificada, fatores que favorecem o crescimento do setor. A presença de grandes grupos e marcas confere robustez ao mercado, enquanto a resiliência e adaptabilidade pós-Covid-19 demonstram a capacidade do setor de se reinventar frente a adversidades.

Entretanto, as fraquezas representam desafios substanciais para a sustentabilidade do crescimento. A baixa capacitação técnica e gerencial e a alta rotatividade, muitas vezes associada à informalidade, refletem deficiências na retenção e desenvolvimento do capital humano. Além disso, a falta de investimentos contínuos em formação e a ausência de padronização na qualidade dos serviços impactam diretamente a experiência do cliente e a competitividade do setor.

No ambiente externo, as oportunidades trazem perspectivas positivas, como a revalorização do turismo interno e os novos investimentos em infraestrutura, que podem fomentar demanda e expansão. Parcerias público-privadas e a digitalização de vendas e gestão indicam caminhos potenciais para inovação e melhorias operacionais.

Por outro lado, as ameaças evidenciam riscos que agravam a dificuldade de mão de obra: a concorrência de plataformas de aluguel por temporada afeta a oferta tradicional; a carga tributária elevada e a instabilidade regulatória dificultam o ambiente de negócios; a escassez de mão de obra especializada limita o crescimento e a percepção de insegurança em regiões turísticas pode reduzir a atratividade para trabalhadores e turistas.

Barreiras de entrada e saída na hotelaria brasileira

O cenário atual revela que o crescimento do setor hoteleiro brasileiro, para ser sustentável e competitivo, precisa endereçar diretamente a questão da mão de obra. Investimentos significativos e contínuos em capacitação, a profissionalização da gestão de pessoas, a valorização do trabalhador presencial e a padronização da qualidade dos serviços são imperativos estratégicos. Assim, será possível transformar as fraquezas em pontos fortes e aproveitar as oportunidades externas, mitigando ameaças e garantindo a perenidade do crescimento.

Apesar do aquecimento do setor, abrir ou manter um hotel no Brasil ainda exige enfrentar barreiras relevantes, destacamos abaixo alguns pontos de observação: Entrada: alto custo de capital inicial, alto custo dos terrenos, principalmente em grandes cidades e áreas de turismo de lazer consolidados, burocracia para licenciamentos, dificuldade em contratar mão de obra qualificada, instabilidade jurídica e fiscal. Saída: ativos de baixa liquidez em mercados saturados, passivos trabalhistas acumulados, contratos de operação onerosos e dificuldade em vender empreendimentos de pequeno e médio porte.

Caminhos para o futuro da hotelaria nacional

Para que estas dificuldades sejam vencidas temos alguns Caminhos realistas para o avanço o principal dele passa por consolidar a formação de mão de obra especializada, sem vencer estas etapas abaixo o crescimento ficará prejudicado em algum momento:

É urgente a criação de polos regionais de qualificação técnica hoteleira com parcerias entre SENAC, grupos de representação do setor da hotelaria, restaurante e do turismo, redes hoteleiras e governos locais. Programas de capacitação prática, com bolsas de incentivo e contratos de aprendizagem, devem ser o foco imediato.

A nova geração busca mais do que salário: quer propósito, crescimento, fazer a diferença no mundo e reconhecimento. Hotéis que investem em planos de carreira, ambiente saudável, respeito ao meio ambiente, transparência no relacionamento e cultura de valorização têm menores taxas de turnover.

Automatizar processos não significa eliminar pessoas. Pelo contrário, libera o colaborador para entregar hospitalidade com mais inteligência emocional e atenção ao detalhe. O tempo livre permite a equipe criar novas experiências para os usuários frequentes.

O modelo centralizado perdeu força. A busca por talentos locais, com valorização da cultura regional e incentivo à mobilidade dentro da rede, fortalece vínculos e reduz custos com deslocamentos, moradia e adaptação a cultura local. É necessário a união de forças dos diversos atores para a estabilização do crescimento. Desenvolvedores e investidores devem mirar destinos emergentes com potencial de diversificação econômica e políticas de incentivo ao turismo.

Gestores operacionais precisam investir em cultura organizacional e gestão de pessoas como eixo estratégico, não apenas operacional. Associações e redes devem ampliar sua atuação política em prol de incentivos fiscais e regulamentações simplificadas para formação de mão de obra. Startups e soluções tecnológicas devem oferecer ferramentas customizadas que auxiliem no treinamento remoto, no engajamento da equipe e na análise preditiva de desempenho.

O descompasso entre a velocidade das transformações do mercado e a formação de talentos compromete a entrega de serviços com qualidade, consistência e valor agregado. No entanto, o ambiente atual também se mostra fértil em oportunidades, especialmente para os agentes que souberem ler o cenário com pragmatismo e visão de futuro.

Superar a crise de capital humano exigirá articulação entre empresas, instituições de ensino, entidades setoriais e poder público, com foco em soluções escaláveis de capacitação e retenção. Mais do que tecnologia ou estruturas físicas, é a dimensão humana que sustenta a essência da hospitalidade. Investir nas pessoas de forma contínua, estratégica e sensível às mudanças do comportamento do consumidor, será o principal diferencial para aqueles que desejam não apenas sobreviver, mas liderar a próxima etapa do desenvolvimento hoteleiro no Brasil.

Por Márcio Lacerda, vice-presidente do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil e diretor geral da Hotelaria Brasil, CEO da Ventura Resorts e Presidente do Board do Conselho Administrativo da Unna Hospitality, além de Fundador da Thess Hotéis