Representação cultural pataxó inspira novas experiências turísticas em Porto Seguro – Foto: Divulgação
Porto Seguro, no sul da Bahia, reforça a cultura como eixo central da sua promoção turística no exterior. A proposta une a tradição indígena pataxó à força da lambada, ritmo que consagrou o destino mundialmente nos anos 1980 e 1990.
REDAÇÃO DO DIÁRIO — com assessorias
O secretário municipal de Turismo, Guto Jones, apresentou a iniciativa nesta quarta-feira (24), durante a feira IFTM Top Resa, em Paris, um dos maiores encontros do trade europeu. Ele se reuniu com Rebeca Lang, ex-integrante do lendário grupo Kaoma, conhecido pelo sucesso “Lambada”. Hoje, Rebeca mantém projetos de ensino e difusão do ritmo na Europa, abrindo espaço para parcerias estratégicas.
“A lambada é um patrimônio cultural que conquistou a Europa e o mundo inteiro, representa a alma de Porto Seguro. É uma alegria enorme fazer parte deste projeto ao lado de Didi, Patrícia e outros integrantes do grupo”, afirmou Rebeca.
Guto Jones destacou que a diversidade cultural é um diferencial para ampliar a presença do município em mercados internacionais. “A cultura de Porto Seguro é vasta e enriquece nosso portfólio em ações de promoção. A lambada é envolvente, conquista corações e, quando apresentada em feiras internacionais, abre caminhos para mostrar ao mundo a diversidade e autenticidade do nosso destino”, disse.
Equipe de Porto Seguro apresenta propostas culturais e turísticas na feira IFTM Top Resa – Foto: Divulgação
Tradições dos povos pataxós
Além da lambada, a gestão municipal quer dar visibilidade às tradições dos povos pataxós, fortalecendo a identidade local e gerando oportunidades para as comunidades indígenas. A meta é oferecer aos visitantes experiências autênticas, que conectem música, dança, história e natureza.
Com essa abordagem, Porto Seguro busca reforçar sua imagem como destino turístico completo. Ao unir manifestações culturais marcantes e iniciativas de sustentabilidade, a cidade se posiciona não apenas como um lugar de belas praias, mas também como um polo de vivências culturais únicas, alinhado às novas demandas do turismo internacional.
Parceria com o Discover SP leva a UBRAFE a sua estreia como co-expositora na principal FIT 2025 - Foto: divulgação
A UBRAFE (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios), única entidade que representa oficialmente o setor de feiras e centros de eventos B2B no Brasil, participa pela primeira vez como co-expositora na FIT 2025 – Feira Internacional de Turismo da América Latina. O evento acontece de 26 a 29 de setembro, em Buenos Aires, reunindo destinos, empresas e profissionais de turismo de todo o mundo.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com informações da UBRAFE
A presença da entidade é resultado de uma parceria com o programa Discover SP (Descubra SP), iniciativa da Prefeitura de São Paulo e da InvestSP. O objetivo é fortalecer a imagem da capital paulista como destino turístico global, atrair investimentos e ampliar a presença de empresas do setor em feiras nacionais e internacionais.
No estande da Prefeitura de São Paulo, a UBRAFE vai apresentar a relevância das feiras de negócios realizadas no Brasil e promover a Experience Expo 2025, que acontece em dezembro, em São Paulo, e é apontada como um dos destaques do calendário de turismo de negócios do país.
“A participação da UBRAFE na FIT 2025 reforça o papel estratégico das feiras de negócios na geração de oportunidades para o Brasil e para São Paulo, ampliando a visibilidade internacional do setor de eventos B2B e promovendo conexões que impactam diretamente a economia”, afirma Paulo Ventura, presidente do conselho de administração da entidade.
Considerada a principal feira de turismo da América Latina, a FIT é reconhecida por identificar mercados emergentes, impulsionar inovações e consolidar alianças estratégicas. A edição de 2025 volta a ser um palco essencial para acompanhar as tendências que irão redefinir a experiência turística nos próximos anos.
Fundada em 1986, a UBRAFE reúne as principais promotoras e organizadoras de feiras e os maiores recintos de eventos do país. Segundo a entidade, o Brasil realiza mais de 2 mil feiras e eventos anualmente, movimentando mais de R$ 1 trilhão em negócios.
Bancada geral durante a apresentação oficial da ABAV Expo 2025, no Rio de Janeiro - Crédito: Reprodução/Youtube
A ABAV Expo 2025 chega ao Rio de Janeiro com fôlego renovado e números que devem superar as edições anteriores. De 8 a 10 de outubro, o Riocentro receberá mais de 42 mil visitantes e mais de 2 mil marcas expositoras, em dois pavilhões dedicados a negócios, networking e capacitação. A feira, referência do turismo brasileiro, promete fortalecer ainda mais o setor ao reunir companhias aéreas, redes de hospedagem, cruzeiros, operadoras, agências de viagem, empresas de tecnologia, seguros e transporte.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
A secretária de Turismo da cidade, Daniela Maia, celebrou a volta do evento. “Com grande alegria que a cidade do Rio recebe a ABAV Expo 52. Esse evento é um marco para o setor. O Rio vem se consolidando como um dos principais destinos de grandes eventos. Foram R$ 7,9 bilhões na economia do turismo, crescimento de 20%”, afirmou.
Daniela Maia – Secretária de Turismo do Rio reforça o papel estratégico da feira para a economia e geração de empregos – Foto: Reprodução Youtube
Ela destacou que o turismo internacional em 2025 já superou o ano anterior, com 1,5 milhão de visitantes, e que “esse aumento da atividade turística tem impacto direto na geração de empregos. São 147 mil postos de trabalho e incremento na arrecadação do ISS”.
Para Antonio Florencio, presidente da Fecomercio RJ, o retorno da feira à cidade tem valor simbólico. “Muito felizes mais uma vez receber a ABAV em nossa cidade e nosso estado. Um resgate que conseguimos graças à própria ABAV, que tem um simbolismo muito grande para o RJ, porque ela acontecia no Rio e deixou de acontecer há 10 anos atrás”, disse.
Antonio Florencio – Presidente da Fecomercio RJ destaca o simbolismo do retorno da ABAV Expo à capital fluminense – Foto: Reprodução Youtube
A presidente da ABAV Nacional, Ana Carolina, reforçou a preparação para a edição histórica: “Nós, enquanto ABAV, temos noção dos números que a feira representa. Estamos prontos para receber turistas de todo o mundo.”
Ana Carolina Medeiros – Presidente da ABAV Nacional ressalta a força do evento e a expectativa de público recorde – Foto: Reprodução Youtube
Já Jerusa Hara, diretora executiva, detalhou as expectativas: “15 mil inscritos até o momento. Estamos projetando passar de 24 mil antes da feira e, durante o evento, devemos chegar a 40 mil. Desse total, 46% do público é formado por agentes de viagens.”
Além da área de exposição, a ABAV TALKS contará com cinco arenas e mais de 60 capacitações, reforçando a proposta de atualização profissional e troca de conhecimento. Com mais de 500 jornalistas e influenciadores credenciados, a feira consolida o Rio como palco global para negócios e inovação no turismo. Saiba mais no site.
Brasil compartilha experiência em Destinos Turísticos Inteligentes (DTIs) durante Semana do Turismo no Peru - Crédito: Bárbara Blaudt Rangel
O Brasil foi convidado a compartilhar sua experiência em Destinos Turísticos Inteligentes (DTIs) na Semana do Turismo da Universidade de Ciências Aplicadas, em Lima, no Peru. O evento, que segue até sexta-feira (26), reúne especialistas, gestores públicos e representantes do setor para debater soluções inovadoras que aumentem a competitividade e a sustentabilidade do turismo internacional.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com informações de MTur
Representando o Ministério do Turismo (MTur), Bárbara Blaudt Rangel, coordenadora-geral de Inovação, Inteligência e Estatísticas do Turismo, participou do painel sobre inovação. Ela apresentou o modelo brasileiro de transformação de destinos, considerado referência em inovação e sustentabilidade.
Durante sua fala, Bárbara destacou o case de Curitiba (PR), que aplica práticas sustentáveis e de inteligência turística em áreas como gastronomia e hotelaria. “Ao reunir destinos e instituições em torno da inovação, reforçamos que a cooperação é essencial para fortalecer o turismo. A Rede transforma conhecimento em práticas concretas e ajuda a tornar o Brasil mais competitivo, sustentável e preparado para os desafios globais do setor”, afirmou.
A coordenadora também sublinhou o papel da Rede DTI, iniciativa que articula municípios e instituições para difundir boas práticas. Atualmente, 28 cidades brasileiras desenvolvem projetos de transformação inteligente, sendo 21 já com a metodologia oficial de DTIs.
A participação do Brasil reforça a importância da troca internacional de experiências e consolida o país como referência em turismo inovador e sustentável.
Fato ou Fake: saiba tudo sobre a Ficha Nacional de Registro de Hóspedes Digital - Foto: Freepik
A Ficha Nacional de Registro de Hóspedes (FNRH) ganhou uma versão totalmente digital, regulamentada pelo Ministério do Turismo. A nova ferramenta, já disponível na Plataforma FNRH Digital, moderniza um procedimento que já existia em papel, sem criar novas obrigações para hotéis, pousadas e outros meios de hospedagem.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com informações do MTur
A ficha deve continuar sendo preenchida por todos os hóspedes, com dados básicos de identificação, mas agora de maneira mais ágil e segura. O objetivo é facilitar o check-in e o check-out, além de gerar estatísticas qualificadas em tempo real sobre o fluxo de visitantes, fortalecendo o planejamento público e a competitividade do turismo brasileiro.
Fato ou fake: o que é verdade sobre a FNRH Digital
Fato – As informações registradas servem a fins oficiais, como segurança pública, produção de estatísticas e formulação de políticas para o setor de turismo, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Fake – Os dados ficam disponíveis ao público. Na realidade, o acesso é restrito aos órgãos competentes.
Fato – O modelo digital simplifica o processo, permitindo até o pré-preenchimento online e diminuindo filas nas recepções.
Fake – A novidade aumenta a burocracia para o turista. A proposta é justamente o contrário: reduzir etapas e otimizar o tempo de hospedagem.
Fato – A FNRH sempre existiu. A digitalização apenas moderniza o procedimento, trazendo mais eficiência e redução de custos para os empreendimentos.
Fake – A ficha eletrônica é uma obrigação inédita do Ministério do Turismo. Trata-se de uma evolução do modelo em papel.
Fato – A mudança melhora a experiência de quem viaja e ajuda na formulação de políticas para o setor.
Fake – Não há impacto para o turismo. Pelo contrário, a coleta de dados em tempo real favorece planejamento, segurança e promoção de destinos.
A FNRH Digital reforça a transformação tecnológica do turismo brasileiro, unindo agilidade e proteção de dados em benefício de viajantes e empreendedores.
Estande da Cidade de São Paulo promove a capital e seus atrativos turísticos - Foto: divulgação Discover/Descubra São Paulo
O Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo abriram inscrições para levar até dez empresas de turismo à Feira Internacional de Turismo (Festuris), em Gramado (RS). O evento, que acontece de 5 a 10 de novembro, é considerado um dos maiores do setor na América Latina. Em 2024, a Festuris reuniu cerca de 15 mil participantes de mais de 50 países e movimentou quase meio bilhão de reais em negócios.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias
A missão integra o programa Discover/Descubra São Paulo, iniciativa da Secretaria Municipal de Turismo (SMTUR) e da InvestSP, agência ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Além de um estande para divulgar os atrativos da capital, a comitiva terá agenda de reuniões e rodadas de negócios.
Empresas interessadas devem se inscrever até 5 de outubro no site da InvestSP. As selecionadas terão reembolso de até US$ 1 mil em despesas elegíveis, podendo cobrir 50% de custos como produção de brindes, ações promocionais e encontros com parceiros. O programa também oferece consultoria, networking e acompanhamento pós-evento.
“O posicionamento de São Paulo no mercado doméstico é uma prioridade, pois queremos estar na prateleira das agências de turismo com nossas experiências exclusivas. Nosso foco será credenciar empresas que abordem os temas de inovação, sustentabilidade e gastronomia”, destaca o secretário municipal de Turismo, Rui Alves.
Entre os objetivos da missão estão fortalecer a imagem da cidade no turismo nacional, estimular novos negócios e atrair visitantes. A capital paulista também quer mostrar sua infraestrutura logística, com fácil acesso por rodovias, terminais rodoviários e três aeroportos – Congonhas, Guarulhos e Viracopos.
O Discover/Descubra São Paulo foi lançado no início de 2025 e já realizou sete missões no primeiro semestre, com projeção de R$ 80 milhões em negócios. Próximas participações incluem a WTM Londres, de 3 a 7 de novembro, e a ILTM Cannes, de 30 de novembro a 5 de dezembro.
Vista do restaurante do Hotel Fazenda Morros Verdes Ecolodge – Foto: Denis Rugeri.
No coração da Mata Atlântica, a gerente geral Gabriela Cardozo nos recebe no Hotel Fazenda Morros Verdes Ecolodge para contar a história do empreendimento, as iniciativas de sustentabilidade, cultura e projetos futuros. Em uma conversa detalhada, Gabriela revela como o hotel se tornou referência em turismo ecológico e experiências de imersão na natureza.
Entrevista por Denis Rugeri, do DIÁRIO
Gabriela Cardozo, gerente geral do Hotel Fazenda Morros Verdes Ecolodge, destaca os projetos de sustentabilidade e as experiências de imersão na natureza – Foto: Denis Rugeri / DT
Como surgiu a ideia do Hotel Fazenda Morros Verdes Ecolodge?
A ideia do Ecolodge nasceu da vontade da família Haberkorn de deixar um legado. O Sr. Ernesto Haberkorn, fundador da TOTVS, vendeu a empresa e buscava um novo projeto. A Patrícia, filha mais velha, queria criar um espaço de conexão. Ela havia estudado Medicina e feito uma transição de carreira de Recursos Humanos para algo mais voltado ao cuidado com as pessoas.
Os outros filhos também tinham vocações distintas, como o Alexandre, que sempre trabalhou com meio ambiente e sustentabilidade. Os três filhos se juntaram ao pai para encontrar o lugar ideal. Patrícia descobriu uma área degradada — justamente porque queriam recuperar o espaço, não ocupar algo pronto.
Compraram a primeira propriedade e, com o tempo, foram adquirindo outras áreas ao redor, que também tinham manejo de gado. Desde o início, a intenção foi criar um lugar que conectasse pessoas com a natureza, o esporte e alimentação saudável, pilares que continuam sendo prioridade no Ecolodge.
Fogueira no Hotel Fazenda Morros Verdes Ecolodge cria clima aconchegante para momentos de convivência em meio à Mata Atlântica – Foto: Denis Rugeri
Capacidade do hotel e eventos
Hoje, temos capacidade máxima para 160 hóspedes e oferecemos também a opção de Day use. Como o hotel possui 300 hectares e 43 acomodações, mesmo com lotação máxima, a sensação é de amplitude. Dividimos atividades e horários, oferecendo muitas opções de programação. Assim, conseguimos atender bem todos, garantindo conforto e exclusividade.
Temos duas tirolesas gigantes, com 580 metros de extensão, que podem ser complementadas com trilhas, como a trilha das samambaias, passando por três pontos mágicos: a Cachoeira do Vale, a Cachoeira da Araponga e a Cachoeirinha do Sacia trilha da cachoeira. Além disso, contamos com academia, piscina climatizada, jacuzzi, sauna, arco e flecha, ginásio poliesportivo de padrão internacional e o lago para práticas como stand up paddle e canoagem.
Nos eventos corporativos, nos destacamos como referência em sustentabilidade. Somos uma empresa certificada pelo selo B, então já nascemos com a filosofia ESG. Grandes empresas, como Natura, Heineken, Boticário, Natural One e Shell, já realizaram eventos aqui, incluindo diretores internacionais.
Estar em meio à floresta agrega muito ao encontro, seja ele de vendas, lançamento ou reunião. Também oferecemos experiências diferenciadas, como jantar na Ípica ou festas no polo esportivo com DJ. Dessa forma, conseguimos atender tanto o público corporativo quanto os hóspedes de lazer, sem que uma experiência interfira na outra.
Projetos ambientais e relação com a comunidade
Nosso grande projeto ambiental foi o reflorestamento de 150 hectares de Mata Atlântica que estavam degradados. O Alexandre, filho mais novo do Sr. Ernesto, coordenou o trabalho com agrofloresta.
Primeiro, foi feita a recuperação natural e orgânica do solo, que estava muito degradado após pastagem de 400 cabeças de gado durante anos. Depois, iniciamos o plantio de mudas de Mata Atlântica no sistema de agrofloresta, combinando produção de cítricos, biomassa e árvores nativas.
É um processo mais lento, mas muito mais perene. Por exemplo, em geadas, árvores plantadas em agrofloresta ficam protegidas, enquanto árvores em monocultura sofrem danos.
A região foi escolhida por seu histórico como polo de agricultura orgânica. Hoje, pequenos agricultores enfrentam dificuldades para manter certificação e práticas sustentáveis, mas buscamos apoiar esses produtores, incentivando a continuidade da agricultura orgânica.
Em relação aos funcionários, 95% são do bairro próximo, muitas vezes em famílias inteiras — mãe, pai, filhos, tios, sogros. O bairro fica a 40 km de Ibiúna, e isso nos proporciona contato próximo com a comunidade.
Oferecemos treinamento e capacitação, aproveitando as características naturais dessas pessoas: hospitalidade, alegria e felicidade. Isso permite atender hóspedes acostumados com serviço de alto padrão. É gratificante, pois eles aprendem rapidamente e ajudam a compartilhar a cultura do interior.
Temos também um projeto de visitação que aproxima hóspedes da vida dos colaboradores. Alguns recebem os visitantes em suas casas, oferecendo chá da tarde, por exemplo. Temos vizinhos produtores, como o Tuia, que cria 600 galinhas. Levamos os hóspedes para acompanhar a ‘fuga das galinhas’, quando elas saem para se alimentar. Essas experiências fortalecem a conexão entre hóspedes e comunidade local.”
Varanda com jogos onde é servido também o café da tarde – Foto: Denis Rugeri
Iniciativas culturais e educacionais
Temos três projetos que unem cultura e sustentabilidade. Um é o Reveste, que transforma uniformes em roupas de brechó. Outro é o projeto Acorde, com aulas de canto para funcionários, estendido para apresentações em festivais. E temos a Biblioteca Ernesto Haberkorn, com títulos nacionais e internacionais.
A biblioteca começou com a doação de livros do Sr. Ernesto e da família, e hoje conta também com doações de hóspedes e apoiadores. A ideia é ampliar o acervo e reconectar as pessoas à leitura. É muito bonito ver jovens curiosos pegando livros e começando a ler — um convite para desconectar e ficar offline.
O projeto permite que hóspedes levem livros emprestados, com cadastro na recepção, por até 30 dias. Se não devolverem, há a opção de reembolso da taxa correspondente. Assim, o hóspede não se sente impedido de começar a ler.
Além disso, o lançamento do projeto incluirá a presença de uma escritora, entre outubro e novembro, para lançamento de seu livro, oferecendo uma experiência cultural única aos hóspedes presentes.
Sustentabilidade no dia a dia
O hotel precisa manter práticas sustentáveis para conservar a certificação. Nosso buffet, por exemplo, é caprichado, mas não exagerado em opções, evitando desperdício. Sempre temos três proteínas — peixe, frango e carne — em quantidades moderadas. O que sobra vai para a criação de porcos ou para compostagem, retornando como adubo para a horta.
O lixo seco é recolhido pela Cooperativa de Ibiúna. O hotel é zero plástico: garrafas Tetra Pak e sacos de papel. Fornecedores que trabalham com embalagens sustentáveis realizam logística reversa quando necessário. Tudo isso faz parte da filosofia ESG, incorporada desde o início do projeto.”
Restaurante e piscina externa do Hotel Fazenda Morros Verdes Ecolodge integrados à paisagem natural – Foto: Denis Rugeri.Piscina aquecida – Foto: Denis Rugeri
O futuro do turismo ecológico no Brasil
“Acredito que o turismo de natureza está passando por uma grande transformação. Antes, era ou luxo extremo ou turismo de ‘fazendinha’, com zoológicos. Hoje, os visitantes buscam experiências reais: dormir na natureza, ouvir pássaros, vivenciar fauna e flora de perto.
É um caminho sem volta, também ligado à saúde. Caminhar em trilhas, respirar ar puro e se reconectar à natureza faz parte de um estilo de vida saudável.
O hotel participará do Congresso de Medicina do Estilo de Vida no Espírito Santo, mostrando que estar em contato com a natureza é essencial para qualidade de vida. O futuro do turismo sustentável é a emoção que a pessoa sente ao se aproximar da natureza, sem necessidade de luxo, mas com conforto e conexão.”
Sobre o Sr. Ernesto Haberkorn
Ele é incrível. Fundou a Microsiga em 1964 e trouxe a ideia do computador para o Brasil. Criou o primeiro curso de computação do país, sempre à frente do tempo. Com mais de 80 anos, continua estudando, desenvolvendo e fundando empresas.
Trouxe a primeira usina solar privada do Brasil há 12 anos, construiu chalés sustentáveis sem geração de resíduos, usando biodigestor, fossa séptica, captação de água da chuva e tratamento adequado antes mesmo do conceito ESG existir.
Sempre quis que a fazenda fosse um espaço para esportes, alimentação saudável e conforto. Hoje, mora em São Paulo com a esposa, mas visita a fazenda. Patrícia é CEO, Alexandre cuida da sustentabilidade, Daniela da ambientação, e todos contribuem de forma conjunta.”
Hóspede contempla a natureza durante trilha no Hotel Fazenda Morros Verdes Ecolodge – Foto: Denis Rugeri.Ginásio esportivo – Foto: Denis Rugeri
Planos futuros
Queremos alcançar excelência em tudo que oferecemos. Algumas trilhas serão adaptadas para acessibilidade, permitindo experiências para hóspedes com dificuldades de locomoção ou sensoriais.
Queremos integrar arte e natureza, com galerias, festivais, música, dança e teatro. Os funcionários já têm aulas de coral, e poderão se apresentar tanto no hotel quanto em escolas da região.
Também desenvolvemos o projeto Reveste, transformando uniformes em roupas de brechó, reduzindo impacto ambiental e permitindo que funcionários mantenham sua individualidade no modo de vestir. O lançamento oficial será em breve, e o projeto já está em execução, com compras de roupas em brechós e produção de material audiovisual.”
Experiência dos hóspedes e plantio de mudas
Quando o hóspede chega, sente como se tivesse viajado horas e se embrenhado na floresta. Andar entre árvores, ver cachoeiras e rios é marcante.
Temos o programa de compensação da hospedagem, em que hóspedes podem plantar mudas de árvores. Elas ficam sob nossa responsabilidade e, conforme o hóspede retorna, pode acompanhar o crescimento da sua muda. É uma forma concreta de criar conexão com o meio ambiente.
Bangalô do Hotel Fazenda Morros Verdes Ecolodge em meio à Mata Atlântica – Foto: Denis Rugeri.Academia – Foto: Denis Rugeri
"A governança hoteleira é o coração da operação" (Crédito: arquivo pessoal)
Governança hoteleira é mais do que um setor operacional — é a espinha dorsal que sustenta a excelência, a reputação e a rentabilidade dos meios de hospedagem. Quem afirma isso é Thais Pauluci, consultora hoteleira especializada em governança, que há anos dedica sua trajetória a valorizar esta área ainda subestimada em muitas gestões hoteleiras.
Nesta entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO TURISMO, Thais revela como a governança pode ser uma aliada estratégica na experiência do hóspede, na redução de custos, na padronização de processos e, principalmente, na valorização dos profissionais que fazem o dia a dia dos hotéis. Ela desmistifica conceitos ultrapassados e mostra por que investir na governança é investir no futuro do setor.
DIÁRIO: Qual é o papel da governança hoteleira no fortalecimento da gestão empresarial dos hotéis? THAÍS: A governança hoteleira é o coração da operação. Ela garante que o principal produto de um hotel — o quarto — seja entregue com qualidade, consistência e eficiência. Quando bem estruturada, cria padrões claros, facilita a tomada de decisão e fortalece a imagem do hotel diante de investidores e parceiros, porque traduz a gestão em resultados palpáveis: menos desperdício, mais controle e hóspedes satisfeitos.
DIÁRIO: Quais são os principais desafios enfrentados pelos gestores hoteleiros ao implementar práticas de governança? THAÍS: O maior desafio ainda é cultural. Muitas vezes, a governança é vista apenas como “setor de limpeza”, quando na verdade é uma área estratégica que movimenta custos, impacta receitas e sustenta a experiência do hóspede. Essa visão limitada gera resistência e falta de clareza. Mas quando os líderes percebem os benefícios: redução de turnover, melhor produtividade e mais credibilidade, a resistência dá lugar ao engajamento.
DIÁRIO: Como a governança pode apoiar a sustentabilidade financeira e operacional dos hotéis? THAIS: A governança é uma das áreas que mais conseguem equilibrar qualidade e custos. Com processos claros, enxoval bem administrado e equipe engajada, evitam-se desperdícios e retrabalhos, o que se traduz em economia direta. Além disso, a padronização dá previsibilidade, reduz riscos e aumenta a competitividade, porque garante que cada hóspede receba sempre o mesmo nível de excelência.
DIÁRIO: Quais exemplos de boas práticas de governança você destacaria entre redes ou hotéis independentes? THAÍS: Boas práticas que costumo implantar incluem: padronização de carrinhos e bases de limpeza, uso consciente do enxoval com inventários regulares, rotinas de inspeção compartilhadas entre liderança e operação, treinamentos contínuos e comunicação integrada entre governança, manutenção e recepção. São práticas que, independentemente de rede ou hotel independente, elevam a eficiência e valorizam o setor.
“A governança é invisível quando funciona bem, mas é sentida em cada detalhe”. (Crédito: arquivo pessoal – divulgação)
Governança Hoteleira para Hóspedes de Lazer
DIÁRIO: De que maneira a governança hoteleira impacta a experiência dos hóspedes de lazer? THAÍS: A governança é invisível quando funciona bem, mas é sentida em cada detalhe. O hóspede pode não ver a camareira dobrando lençóis ou o supervisor inspecionando o quarto, mas ele sente o cuidado no aroma, no brilho do banheiro, na cama bem arrumada. Esse conjunto cria sensação de acolhimento e confiança, fatores decisivos para a fidelização.
DIÁRIO: Como os protocolos de governança podem ajudar a alinhar expectativas entre hóspedes e a operação hoteleira? THAÍS: Protocolos são como um “acordo silencioso” com o hóspede. Garantem segurança, higiene, conforto e confiabilidade, sem surpresas desagradáveis. Isso vai desde a padronização da limpeza e reposição até protocolos de segurança, garantindo que a operação entregue exatamente aquilo que foi prometido na reserva.
DIÁRIO: Considerando o atual apagão de mão de obra no setor hoteleiro, como a governança pode contribuir para atrair, reter e capacitar profissionais? THAÍS: A governança tem um poder enorme nesse sentido. Quando a equipe se sente valorizada, bem treinada e parte de algo maior, a rotatividade cai. Criar planos de capacitação, oferecer feedbacks claros, celebrar conquistas e investir em liderança humanizada tornam o ambiente mais saudável. Assim, o setor deixa de ser visto apenas como um “trabalho pesado” e passa a ser uma carreira de propósito, cuidando de pessoas por meio do cuidado com os espaços.
“O hóspede pode não ver a camareira dobrando lençóis ou o supervisor inspecionando o quarto, mas ele sente o cuidado no aroma, no brilho do banheiro, na cama bem arrumada.” (Crédito: davidlee – pixabay – divulgação)
Rota das Falésias se destaca como destino de turismo de aventura no Litoral Leste do Ceará - Foto: MTur Destinos
Com 215 km de praias e falésias coloridas, a Rota das Falésias consolida-se como um dos principais produtos turísticos do Ceará. O roteiro integra oito municípios do Litoral Leste e oferece paisagens marcantes, além de atividades de ecoturismo e aventura.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com informações do MTur
Segundo pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com a Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, 11% dos brasileiros com mais de 16 anos têm interesse em turismo de aventura. O levantamento, feito em agosto de 2025, com 2.503 entrevistas em todo o país, indica que o nicho segue em expansão.
“O turismo de aventura é um dos segmentos estratégicos para o Brasil, e a Rota das Falésias é um exemplo de como a natureza, a cultura e a hospitalidade podem se unir em experiências únicas para os visitantes. O Ministério do Turismo tem trabalhado para apoiar iniciativas como essa, que fortalecem destinos, geram emprego e renda e ampliam a competitividade do setor”, destaca o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Roteiro de belezas naturais
A rota percorre Eusébio, Aquiraz, Pindoretama, Cascavel, Beberibe, Fortim, Aracati e Icapuí, passando por 35 praias e chegando até o Rio Grande do Norte. Entre os destaques estão Canoa Quebrada, Morro Branco, Praia das Fontes, Ponta Grossa, Redonda e Porto das Dunas.
Além do visual, a região atrai praticantes de passeios de buggy, kitesurfe, mergulho, trilhas e caminhadas. Experiências que reforçam o contato direto com a natureza e proporcionam vivências autênticas aos visitantes.
Parceria que impulsiona o turismo
O fortalecimento da Rota das Falésias é resultado da união entre poder público, iniciativa privada e entidades. O trabalho inclui qualificação de empreendedores e estruturação de pequenos negócios, garantindo atendimento de qualidade e geração de renda para as comunidades locais.
“Quando unimos esforços entre municípios, empreendedores e governo federal, conseguimos estruturar destinos mais preparados para atender às expectativas do turista e para gerar oportunidades para as comunidades locais”, completa o ministro Celso Sabino.
A iniciativa reforça o turismo de aventura como vetor de desenvolvimento regional, ampliando a atratividade do Ceará no cenário nacional e internacional.
Brasileiros que pretendem passar as festas de fim de ano em um destino caribenho podem continuar contando com a Azul Linhas Aéreas. A companhia confirmou, em parceria com o Escritório de Turismo de Curaçao (Curaçao Tourist Board – CTB), a continuidade da rota direta entre o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, e a ilha.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias
A operação segue ativa até 28 de setembro de 2025. Em 1º de dezembro, os voos voltam a decolar com quatro frequências semanais, oferecendo comodidade e conectividade para os viajantes durante toda a temporada de férias.
“Estamos muito felizes em reforçar a conectividade entre Brasil e Curaçao. Oferecer voos diretos nesse período garante praticidade e conforto aos nossos passageiros, além de fortalecer o turismo local”, afirma Elaine Hart-Francisca, gerente regional para América Latina e Caribe do CTB.
Segundo Marcelo Simões, gestor de marketing promocional da Azul, “continuar a rota faz parte do nosso compromisso em proporcionar uma experiência de viagem completa, com segurança, pontualidade e conforto”.
Destino caribenho em destaque
A ligação aérea direta também reforça os laços entre Brasil e Curaçao, facilitando o acesso às praias de águas cristalinas, à arquitetura histórica e à rica diversidade cultural da ilha. Com mais de 35 praias, 55 influências culturais e um centro histórico tombado pela Unesco, Curaçao se consolida como um dos destinos mais desejados do Caribe.
Mergulhos e passeios de snorkel em mais de 80 pontos, gastronomia variada e um clima tropical com toque europeu completam o apelo. Para visitar a ilha, é necessário passaporte, Certificado Internacional de Vacina contra a febre amarela e o preenchimento do DI Card, disponível em www.dicardcuracao.com.
Com aeronaves modernas e serviços diferenciados, a Azul e o CTB reforçam o compromisso de oferecer previsibilidade e conforto, tornando a viagem entre Belo Horizonte e Curaçao ainda mais atraente para quem busca férias de sol, cultura e experiências únicas no Caribe.
Para saber mais sobre Curaçao, visite o site. Acompanhe Curaçao através das redes sociais nos seguintes canais: Facebook; Instagram e TikTok.
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