Patrimônio tombado pelo Iphan, Santuário Nacional de São José de Anchieta (ES) reabre após restauro

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Monumento na cidade de Anchieta apresenta um novo conceito de museu, com interação e centro interpretativo

Edição DIÁRIO com agências

Um dos símbolos da presença dos jesuítas no Brasil, o Santuário Nacional de São José de Anchieta foi reaberto ao público. O bem cultural localizado em Anchieta, no Espírito Santo (ES), passou por obras de restauro e readequação.

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Com investimentos de R$ 10,5 milhões, as intervenções foram aprovadas e acompanhadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo.

O santuário é formado pela Igreja Nossa Senhora da Assunção e pela antiga residência jesuíta. Em 1943, o Iphan tombou a igreja. Embora suspenso na pandemia, a expectativa é de que o turismo religioso no Santuário seja retomado nos próximos meses.

O monumento religioso, um dos mais importantes do País, ficou em obras por cerca de três anos. Além de serviços de conservação e restauração, as intervenções criaram espaços para recepção e visita do público. A superintendente do Instituto no Espírito Santo, Elisa Machado Taveira, esteve presente na cerimônia de entrega.

“O complexo arquitetônico do Santuário de Anchieta é um dos mais antigos e importantes do país. Os investimentos realizados pelo BNDES e outros parceiros contribuirão para a qualificação do turismo no Espírito Santo, ampliando também o conhecimento sobre o relevante papel do Padre Anchieta na história do Brasil colônia”, avalia o diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES, Bruno Aranha.

O complexo recebeu obras civis de conservação, climatização, sonorização, restauro do patrimônio arquitetônico, iluminação monumental, sistema de proteção de descarga atmosférica, segurança e projeto de combate a incêndio. Também foram realizados levantamentos históricos, pesquisa arqueológica, restauro de imagens de santos e objetos litúrgicos, digitalização do acervo e projeto de readequação litúrgica. Os espaços de uso do Santuário agora compreendem a igreja, o centro de interpretação, o café, a loja, o centro de documentação e o paisagismo cultural.

Entre as intervenções destacam-se ainda as medidas de acessibilidade, como: banheiros adaptados conforme normas técnicas, sinalização em braile, intérprete em libras nos vídeos, passarelas acessíveis no paisagismo e plataformas elevatórias para que todos os visitantes tenham acesso à Cela de São José de Anchieta e ao Centro de Documentação. Todo o roteiro textual do Centro de Intepretação terá traduções para o inglês e o espanhol, de modo a contemplar um escopo mais amplo de visitantes.

A canonização do santo que dá nome ao monumento cresceu e multiplicou o número de pessoas interessadas em São José de Anchieta, levando em conta toda sua devoção e interesse pelos aspectos artístico e cultural do monumento. O Santuário, então revitalizado, revigora a fé do povo no santo, aumenta a devoção. Também desperta o interesse turístico, artístico, cultural.

Para a superintendente Elisa Taveira, as obras proporcionaram plena proteção e promoção a esse importante patrimônio jesuíta. “As intervenções permitirão democratizar o acesso às salas, promovendo a acessibilidade no local, e fomentarão o conhecimento do legado jesuíta na formação do nosso país com a criação dos Centros de Interpretação e de Documentação. Também possibilitarão restaurar e aflorar as belezas do conjunto arquitetônico que abriga a Igreja de Nossa Senhora da Assunção e a antiga residência dos jesuítas, tombado pelo Iphan desde 1943”.

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