O Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, acaba de receber da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a certificação global CEIV Pharma (Centre of Excellence for Independent Validators), que atesta os mais altos índices de segurança, conformidade e eficiência em instalações, equipamentos, operações e profissionais relacionados ao setor farmacêutico mundial. Com o certificado endossado pela IATA, o terminal está de acordo com as melhores práticas internacionais do setor aéreo.
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O reconhecimento é decorrente de sucessivos investimentos em modernização e adequação das estruturas do terminal de cargas pela GRU Airport, concessionária responsável por todo o complexo logístico e aeroportuário localizado em Guarulhos. “São mais de R$ 45 milhões investidos, desde 2012, quando iniciamos a operação do TECA”, pontua Mônica Lamas, diretora Comercial e de Cargas da concessionária.
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“O transporte aéreo de produtos da indústria farmacêutica precisa trabalhar com métodos logísticos complexos para manter a integridade dessas cargas que são sensíveis ao tempo e variação de temperatura e por isso demandam equipamentos específicos, instalações de armazenamento, procedimentos harmonizados e, acima de tudo, uma forte cooperação entre os todos os parceiros da cadeia fria para superar grandes desafios como treinamento insuficiente, infraestrutura inadequada e excesso de regulações”, explica Dany Oliveira, diretor geral da IATA no Brasil. O executivo comenta ainda que as perdas anuais de produtos sensíveis à temperatura durante o transporte podem chegar a mais de US$12 bilhões devido à quebra dessa cadeia.
Em sete anos de contrato, o Terminal de Cargas avançou em diferentes segmentos do transporte aéreo e, atualmente, é o principal do país em tonelagem, seguido de Viracopos (Campinas), Galeão (Rio de Janeiro) e Confins (Belo Horizonte). No primeiro semestre deste ano, 42% de todo volume de importação e exportação foi processado no complexo logístico do Aeroporto Internacional de São Paulo. Deste volume, 45% correspondeu a carga farmacêutica, 64% do segmento automotivo e 61% do têxtil.
O certificado CEIV é emitido pela IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo, em inglês), entidade que representa comercialmente companhias aéreas de todo o mundo ou 82% do tráfego aéreo global e fomenta políticas aplicáveis ao setor aeronáutico de todos os continentes. A associação trabalhou em estreita colaboração com partes interessadas e os reguladores da indústria farmacêutica na criação do programa CEIV Pharma, que abrange todos os aspectos do transporte de cargas com controle de temperatura e sensível ao tempo incluindo o gerenciamento eficaz da cadeia fria e mitigação de riscos.
“O CEIV Pharma é uma importante certificação global que padroniza, treina e realiza avaliações para garantir o conhecimento necessário aos profissionais do segmento e que o transporte de produtos farmacêuticos da cadeia fria esteja em conformidade com as melhores práticas mundiais. Dessa forma, o certificado atesta que os terminais logísticos apresentam qualidade e confiabilidade nos serviços prestados à indústria farmacêutica além do reconhecimento global como operador logístico de produtos fármacos favorecendo a atração e crescimento de novos negócios”, lembra Oliveira.
Para Mônica, da GRU Airport, a expectativa é que o selo internacional influencie positivamente em toda a cadeia da indústria nacional de farmacêuticos. “O transporte de cadeia fria com padrão internacional é essencial para preservar a propriedade da carga de medicamentos de diferentes categorias e, como consequência, influencia os custos logísticos e operacionais de armazenagem e transporte terrestre, que chegam a ser embutidos no valor final repassado ao consumidor”, explica.
Atualmente, o Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo atende as principais distribuidoras e indústrias de medicamentos do Brasil e do mundo, como Abbott, Bayer, CEVA, DB Schenker, DHL, DSV, Expeditors Panalpina, Janssen, Kuehne +Nagel, Medley e Pfizer.
Nos últimos anos, a GRU Airport realizou melhorias operacionais e de infraestrutura, adiantando-se às exigências do setor de transporte de cargas. Os investimentos no TECA realizados desde 2013 já proporcionaram o aumento de 76% na capacidade de armazenagem. O aeroporto investe também na automação do seu processo, melhorando a eficiência dos prazos médios de desembaraço e a oferta de serviços de valor agregado para seus clientes.