Toni Sando analisa o desempenho do turismo em São Paulo durante 2018

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O DIÁRIO conversou com o presidente executivo do São Paulo Convention & Visitors Bureau; confira:

Por HUGO OKADA

Toni Sando é hoje um dos nomes mais relevantes quando o assunto é turismo em São Paulo. O São Paulo Convention & Visitors Bureau continua sendo uma força motriz na captação de eventos que colocam a cidade em evidência tanto no turismo de negócios, de lazer e também nas feiras diversas que movimentam a economia de diferentes segmentos. O DIÁRIO entrevistou Sando, que revelou as suas impressões sobre o ano de 2018.

DIÁRIO – Toni, para começar gostaríamos que compartilhasse o balanço de 2018 no que diz respeito à feiras e eventos na capital paulista.

TONI SANDO – Este foi um ano atípico com movimentos pró e contra, eleição, turbulento no ponto de vista de opiniões e de pensamentos. Em termos de negócios, observamos que estão reprimidos – há muito o que expandir e crescer e isso começa a sinalizar de alguma forma após a eleição. Mesmo assim, São Paulo é um lugar onde a crise chega por último e onde a crise sai primeiro. Você tem o comprador, o expositor e o homem de negócios concentrados na capital e isso favorece muito para os eventos. Temos centros de convenções muito bem equipados e se atualizando a cada ano e já percebemos que para o ano que vem os ventos sopram a favor. As feiras comerciais diminuíram de tamanho mas manteram e até aumentaram o número do público qualificado de negócios. Os congressos estão mais voltados para nichos, o que possibilita o aumento do seu número também, já que são direcionados para uma média de 300 pessoas. Isso também é positivo para os hotéis. A gastronomia e os shoppings também fortalecem o cenário e fazem o viajante ter um melhor aproveitamento da capital.

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DIÁRIO – Nos termos da classificação internacional da ICCA ( International Congress and Convention Association), como São Paulo está posicionada?

TONI – Na classificação da ICCA, 50% do Brasil está concentrado em São Paulo, e quando a cidade cresce no ranking, isso acaba contribuindo para que cresça também o restante. Estamos fazendo um grande movimento com a Unedestinos para que, mesmo os destinos não associados a ICCA possam identificar eventos e cadastrá-los por meio de uma força-tarefa. Quem tem feito isso são nossos parceiros do Visit Iguassu, e o objetivo é identificar todos os eventos padrão ICCA que acontecem no Brasil para que entrem no ranking. Isso aumenta a posição do Brasil e dos Estados, fazendo com que os tomadores de decisão optem pelos destinos com as melhores posições.

Room Tax: os hotéis em São Paulo têm sido muito parceiros, mantendo estável a sua arrecadação, o que já é um fator positivo

DIÁRIO – Com a proximidade de 2019 e as novas peças no xadrez da política e da economia, quais são as novidades do Convention?

TONI – A Fundação 25 de Janeiro, que é o nome oficial do Convention, acabou de fazer 35 anos no mês de novembro e temos sempre em mente evoluir e acompanhar tendências do mercado para entregar ao associado (razão da existência da entidade) o melhor em serviço e valor.

A Associação possui duas marcas – São Paulo Convention & Visitors Bureau, uma marca voltada para o mercado internacional na captação de eventos e outra marca, a Visite São Paulo, que queremos em 2019 que ela se fortaleça ainda mais por meio de parcerias com grandes players. Existe um fluxo de visitantes muito grande passando por São Paulo e existe uma série de estabelecimentos que poderiam tirar mais proveito disso se o Visite São Paulo conseguisse fazer um lead oferecendo desde a sua chegada tudo o que pode ser aproveitado durante a sua estada. As pessoas estão em busca de experiências, além do trabalho querem momentos que agreguem em sua vida e também conectados, querem tirar o máximo de proveito de onde estão.

Dessa forma, nosso planejamento para o ano que vem, é voltado para como mostrar tudo isso ao visitante e garantir que ele tire proveito de tudo, por meio de ferramentas e união de partes. Acreditamos no crescimento da economia e queremos contribuir para que todo associado seja beneficiado o máximo possível com esse momento.

Room Tax como mola propulsora dos CVB´s

DIÁRIO – Os conventions sobrevivem com a contribuição dos seus associados. O Room Tax e a entrada de novos associados teve algum decréscimo nos últimos tempos recessivos?

TONI  – Cerca de 80% da arrecadação dos Convention são provenientes da contribuição facultativa que é o room tax. Os hotéis em São Paulo têm sido muito parceiros, mantendo estável a sua arrecadação, o que já é um fator positivo. Porém, procuramos alternativas de receitas como a mensalidade dos associados e patrocínios. As ações que estamos desenhando para o Visite São Paulo devem gerar mais patrocínios que ajudarão no crescimento das ações e em recursos financeiros para que o Convention possa captar ainda mais eventos. Temos comitês mensais com gerentes gerais por região. As necessidades precisam ser debatidas por região. E o Convention tem contribuído muito com isso. Uma ação de segurança foi realizada com sucesso, inclusive com a identificação de meliantes que circulavam em hotéis.

Também queremos incrementar treinamentos e fortalecer ainda mais ações como por exemplo, com a chegada do horário de verão, o Somos Todos Happy Hour, onde todos os bares e restaurantes oferecem algum tipo de atrativo entre as 17h e 20h no sentido de aumentar o tempo de confraternização entre amigos. Não se trata de uma estratégia para o aumento de consumo de bebida e sim da celebração da amizade. O Convention tem um papel importante junto com a Abrasel e o sindicato na indução para as pessoas se reunirem, fomentando ainda mais a economia dentro desses setores.

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